Padrões alimentares de adolescentes obesos e diferentes repercussões metabólicas

Autores

  • Vera Regina Mello DISHCHEKENIAN Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Medicina, Departamento de Pediatria
  • Maria Arlete Meil Schimith ESCRIVÃO Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Medicina, Departamento de Pediatria
  • Domingos PALMA Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Medicina, Departamento de Pediatria
  • Fábio ANCONA-LOPEZ Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Medicina, Departamento de Pediatria
  • Eutália Aparecida Candido de ARAÚJO Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem, Departamento Médico-Cirúrgico.
  • José Augusto de Aguiar Carrazedo TADDEI Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Medicina, Departamento de Pediatria

Palavras-chave:

Adolescente, Comportamento alimentar, Consumo alimentar, r. Doenças cardiovasculares, Fatores de risco, Obesidade

Resumo

Objetivo
Avaliar a associação de padrões alimentares com alterações metabólicas em adolescentes obesos.
Métodos
Estudo transversal envolvendo 76 estudantes (ambos os sexos, 14-19 anos, IMC≥P95 e Tanner ≥4) de escolas públicas da cidade de São Paulo, Brasil. Foram coletados dados antropométricos e bioquímicos, e aplicados questionários com informações sociodemográficas e registro alimentar de 4 dias, entre 2006 e 2007. Escores fatoriais foram obtidos na análise fatorial e, após ajustes, três padrões alimentares identificados foram associados a fatores de risco biológico por regressão linear múltipla.
Resultados
O padrão Tradicional (arroz e massas, feijões, carnes vermelhas, embutidos, óleos e doces) foi positivamente associado com insulina, glicemia e triglicérides e negativamente associado com lipoproteína de alta densidade. O padrão Em Transição (peixe, aves, ovos, pães, manteiga, leite e derivados, hortaliças, frutas, sucos de frutas e açúcar refinado) apresentou as mesmas associações, além de associação similar com a pressão arterial diastólica. O padrão Fast Food (cafeteria, hambúrguer, maionese, bolacha, bolos e tortas, chocolate e refrigerantes) apresentou associação positiva com o colesterol, lipoproteína de baixa densidade e pressão arterial sistólica e diastólica, e associação negativa com insulina e lipoproteína de alta densidade.

Conclusão
Os padrões Tradicional e Em transição apresentaram associações diferentes com o metabolismo lipídico e glicídico quando comparados com o padrão Fast Food. Os três padrões podem ser considerados obesogênicos, porém o padrão Fast Food pareceu ser o mais aterogênico e promotor de hipertensão arterial.

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Publicado

23-08-2023

Como Citar

DISHCHEKENIAN, V. R. M. ., ESCRIVÃO, M. A. M. S., PALMA, D. ., ANCONA-LOPEZ, F., ARAÚJO, E. A. C. de ., & TADDEI, J. A. de A. C. (2023). Padrões alimentares de adolescentes obesos e diferentes repercussões metabólicas. Revista De Nutrição, 24(1). Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/nutricao/article/view/9254

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS