Análise da estrutura fatorial dos Testes de Torrance em estudantes portugueses

Autores

  • Ricardo PRIMI Universidade São Francisco, Laboratório de Avaliação Psicológica e Educacional, Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia.
  • Tatiana de Cássia NAKANO Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Centro de Ciências da Vida, Programa de Pós-Graduação em Psicologia.
  • Maria de Fátima MORAIS Universidade do Minho, Instituto de Educação.
  • Leandro Silva ALMEIDA Universidade Católica Portuguesa, Instituto de Psicologia
  • Ana Paula Marques DAVID Universidade Católica Portuguesa, Instituto de Psicologia

Palavras-chave:

Medidas de criatividade, Análise fatorial, Validade do teste, Teste de Torrance

Resumo

Com a finalidade de verificar a estrutura fatorial dos testes de Torrance, duas atividades verbais e duas figurais foram aplicadas em 193 estudantes do 10º e 12º ano do ensino secundário de Portugal. Tentou-se demonstrar que a colinearidade das variáveis fluência e flexibilidade podem criar artefatos metodológicos que dificultam o entendimento da estrutura interna subjacente ao teste. A análise fatorial dos componentes principais, sem controle da colinearidade, indicou uma solução composta por quatro fatores que separam basicamente as atividades. Controlando-se a colinearidade, encontrou-se uma nova solução, também composta por quatro fatores, que, diferentemente da anterior, organizou variáveis com processos semelhantes, mas de diferentes atividades. O tipo de conteúdo, verbal e figural, mostrou-se ainda um importante elemento na organização dos fatores. Esse novo arranjo fez mais sentido diante da teoria que embasa os instrumentos, ao separar os diferentes processos e conteúdos por eles avaliados.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Almeida, L. S., Prieto, L. P., Ferrando, M., Oliveira, E., & Ferrándiz, C. (2008). Torrance Test of Creative Thinking: The question of its construct validity. Thinking Skills and Creativity, 3(1), 53-58.

Antunes, A. M. P. (2008). O apoio psico-educativo a alunos com altas habilidades: um programa de enriquecimento numa escola inclusiva (Tese de doutorado não-publicada). Universidade do Minho, Portugal.

Azevedo, I. (2007). Criatividade e percurso escolar: um estudo em jovens do ensino básico e secundário (Tese de doutorado não-publicada). Universidade do Minho, Portugal.

Belcher, T. L., Rubovits, J. J., & Di Meo, P. A. (1981). Measurement of creativity: A factor analytic study. Psychological Reports, 48, 819-825.

Chase, C. I. (1985). Review of the Torrance Tests of Creative Thinking. In J. V. Mitchell Jr. (Org.), The ninth mental measurements yearbook (pp.1631-1632). Lincoln: University of Nebraska Press.

Chen, S. A., & Michael, W. B. (1993). First-order and higherorder factors of creative social intelligence within Guilford’s structure of intellect model: A reanalysis of a Guilford data-base. Educational and Psychological Measurement, 53(3), 619-641.

Clapham, M. M. (1998). Structure of figural forms A and B of the Torrance Tests of Creative Thinking. Educational and Psychological Measurement, 58 (2), 275-283.

Clapham, M. M. (2004). The convergent validity of the Torrance Tests of Creative Thinking and creativity interest inventories. Educational and Psychological Measurement, 64(5), 828-841.

Cropley, A. (2009). Creativity in education and learning: A guide for teachers and educators. New York: Routledge.

Davis, G. A. (1998). Creativity is forever. Dubuque: Kendall/ Hunt.

De la Torre, S., & Violant, V. (2006). Compreender y evaluar la creatividad. Malaga: Ediciones Algibe.

Guilford, J. P. (1956). The structure of intellect. Psychological Bulletin, 53(4), 267-293.

Guilford, J. P. (1960). The structure of the intellect model: Its use and implications. New York: McGraw-Hill.

Heausler, N. L., & Thompson, B. (1988). Structure of the Torrance Tests of Creative Thinking. Educational and Psychological Measurement, 48, 463-468.

Johnson, A., & Fishkin, A. (1999). Assessment of cognitive and affective behaviours related to creativity. In A. Fishkin, B. Cramond & P. Olszewski-Kubilius (Orgs.), Investigating creativity in youth: Research and methods (pp.265-306). New Jersey: Hampton.

Kim, K. H. (2006). Is creativity unidimensional or mmultidimensional? Analyses of the Torrance Tests of Creative Thinking. Creativity Research Journal, 18, 251-259.

Kim, K. H., Cramond, B., & Bandalos, D. L. (2006). The latente structure and measurement invariance of scores on the Torrance Tests of Creative Thinking-Figural. Educational and Psychological Measurement, 66(3), 459-477.

Kirton, M. J. (1994). Adaptors and innovators: Styles of creativity and problem solving. London: Routledge.

Millar, G. (2002). The Torrance kids at mid-life. Westport: Ablex.

Morais, M. F., & Azevedo, I. (2009). Avaliação da criatividade como um contexto delicado: revisão de metodologias e problemáticas. Avaliação Psicológica, 8(1), 1-15.

Nakano, T. C., & Primi, R. (2012). Teste de criatividade figural infantil: estrutura fatorial. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 28(3), 275-283.

Oliveira, M. (1992). A criatividade, o pensamento critico e o aproveitamento escolar em alunos de ciências (Dissertação de mestrado não-publicada). Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa, Portugal.

Oliveira, E. P., Conde, S., Pessoa, P. E., Batista, C. J., & Fernandes, H. (2006). Testes de pensamento criativo de Torrance: contributos para a sua aferição. Anais da XI Conferência Internacional de Avaliação Psicológica: formas e contextos (pp.357-367). Braga: Psiquilíbrios.

Plass, H., Michael, J. J., & Michael, W. B. (1974). The factorial validity of the Torrance Tests of Creative Thinking for a sample of 111 sixth-grade children. Educational and Psychological Measurement, 34(2), 413-414.

Runco, M. A., & Mraz, W. (1992). Scoring divergent thinking tests using total ideational output and a creativity index. Educational and Psychological Measurement, 52, 213-221.

Swartz, J. (1988). Torrance Tests of Creative Thinking. In D. Keyser & R. Sweetland (Orgs.), Test critique (Vol.7, pp.619-622). Kansas: Test Corporation of America.

Torrance. E. P. (1966). Torrance Tests of Creative Thinking. Lexington: Personnel Press.

Torrance, E. P. (1969). Prediction of adult creative achievement among high school seniors. Gifted Child Quaterly, 13(4), 223-252.

Torrance, E. P. (1972). Predictive validity of “bonus” scoring for combinations on repeated figure tests of creative thinking. Journal of Psychology: Interdisciplinary and Applied, 81(1), 167-171.

Torrance, E. P. (1980). Empirical validation of criterion-referenced indicators of creative hability through a longitudinal study. Creative Child and Adult Quaterly, 6(3), 136-140.

Torrance, E. P. (1990). Torrance Tests of Creative Thinking: manual for scoring and interpreting results. Benseville: Scholastic Testing Service.

Torrance, E. P. (1998). The Torrance Tests of Creative Thinking norms: technical manual figural (streamlined) forms A & B. Benseville: Scholastic Testing Service.

Torrance, E. P. (1999). Forty years of watching creative ability and creative achievement. Newsletter of the Creative Division of the National Association for the Gifted Children, 10(1), 3-5.

Torrance, E. P. (2000). Research review for the Torrance Tests of Creative Thinking: Figural and verbal form A and B. Bensenville: Scholastic Testing Service.

Wechsler, S. M. (2002). Avaliação da criatividade por figuras e palavras: testes de Torrance - versão brasileira. Campinas: Lamp/Impressão Digital do Brasil.

Wechsler, S. M. (2006). Validity of the Torrance Tests of Creative thinking to the Brazilian culture. Creativity Research Journal, 18(1), 15-25.

Downloads

Publicado

2013-03-31

Como Citar

PRIMI, R., NAKANO, T. de C., MORAIS, M. de F., ALMEIDA, L. S., & DAVID, A. P. M. (2013). Análise da estrutura fatorial dos Testes de Torrance em estudantes portugueses. Estudos De Psicologia, 30(1). Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/8531