Narrativas que deambulam

transgredindo potências coloridas na linguagem dos bebês

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24220/2318-0870v29a2024e12895

Palavras-chave:

Cartografia, Currículos, Educação Infantil, Inventividade, Linguagem

Resumo

O artigo tem por objetivo percorrer os processos inventivos dos bebês que deambulam em currículos não visibilizados na Educação Infantil, camuflados em uma aparente inexistência, mas permeados por suas manifestações corporais e narrativas compostas por palavras não ditas, comunicando novos mundos aprendentes que transbordam e rompem as bordas do som em que os bebês experienciam movimentos de invenção e resistência em suas ações no cotidiano. Possui como metodologia a cartografia, traçada em meio ao percurso das experiências vivenciadas em um Centro Municipal de Educação Infantil. O estudo permeia tessituras que afirmam uma vida comunicante e potente dos bebês, (des)viando de padronizações e plataformizações para alçar modos singulares e múltiplos, diante de aberturas para reverberar, com os que se ajuntam ao texto, encontrando veios para resistir a dogmatizações em meio ao pulsar das linguagens, criações, buscas e aprendizagens junto às veredas de outros corpos, afetos e inventividades.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Barros, M. Escova. In: Barros, M. Memórias inventadas. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2018.

Benjamin, W. O Narrador. In: Benjamin, W. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. 2. ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 1994. (Obras escolhidas v. 1).

Carvalho, J. M. Currículos tecidos em redes de conversações: para além da objetivação do outro. Revista Internacional de Formação de Professores, v. 4, n. 3, p. 90-107, 2019. Disponível em: https://periodicoscientificos.itp.ifsp.edu.br/index.php/rifp/article/download/133/78/424. Acesso em: 30 dez. 2022.

Deleuze, G. A dobra: Leibniz e o barroco. Tradução de Luiz B. L. Orlandi. 6. ed. Campinas: Papirus, 2012.

Deleuze, G. Conversações. Tradução de Peter Pál Pelbart. 3. ed. São Paulo: Editora 34, 2013.

Deleuze, G. Diferença e repetição. Rio de Janeiro; São Paulo: Paz e Terra, 2021.

Deleuze, G. Foucault. Tradução de Claudio Sant’Anna Martins. São Paulo: Brasiliense, 2005.

Deleuze, G.; Guattari, F. Mil platôs. Tradução de Aurélio Guerra Neto, Ana Lúcia de Oliveira, Lúcia Cláudia Leão e Sueli Rolnik. São Paulo: Ed. 34, 2012. v. 3.

Deligny, F. O aracniano e outros textos. Tradução de Lara de Alimpensa. São Paulo: n-1 Edições, 2015.

Foucault, M. Prefácio à transgressão. In: Foucault, M. Estética: literatura e pintura, música e cinema. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2009. (Ditos e Escritos III).

Foucault, M. Microfísica do poder. Tradução de Roberto Machado. Rio de Janeiro: Editora Graal, 1995.

Foucault, M. Vigiar e punir. Petrópolis: Vozes, 2004.

Lapoujade, D. Deleuze, os movimentos aberrantes. Tradução de Laymert Garcia dos Santos. São Paulo: n-1 Edições, 2015.

Larrosa Bondía, J. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, n. 19, p. 20-28, 2002. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/Ycc5QDzZKcYVspCNspZVDxC. Acesso em: 27 dez. 2022.

Passos, E.; Kastrup, V.; Escóssia, L. (org.) Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2009.

Silva, S. K. Des/obedecer, des/dobrar, des/fiar e tecer uma nova ética da existência nos cotidianos escolares. Educar em Revista, v. 36, p. 1-15, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/er/a/nqC993J3ppKnBrZQqmdnk4r/?lang=pt. Acesso em: 10 mar. 2023.

Sociedade Brasileira de Pediatria. Manual de Orientações: #MenosTelas #Mais Saúde. [s. l.]: Sociedade Brasileira de Pediatria, 2016.

Thrift, N. Space. Theory, Culture & Society, v. 23, n. 2-3, p. 139-146, 2006. Doi: http://dx.doi.org/10.1177/0263276406063780.

Downloads

Publicado

2024-11-21

Como Citar

Touret, F. B. A., & Silva, S. K. da. (2024). Narrativas que deambulam: transgredindo potências coloridas na linguagem dos bebês. Revista De Educação PUC-Campinas, 29. https://doi.org/10.24220/2318-0870v29a2024e12895

Edição

Seção

Dossiê: A construção de âncoras narrativas em tempos de plataformização digital