Religião e Decolonialidade | Religion and Decoloniality

Autores/as

  • Ana Rosa Cloclet da Silva Pontifícia Universidade Católica de Campinas
  • Douglas Ferreira Barros Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, Brasil. http://orcid.org/0000-0002-7030-1031
  • Glauco Barsalini Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.24220/2447-6803v45e2020a5012

Resumen

 A perspectiva pós-colonial ganha espaço na recente produção acadêmica latino-americana, tributária das clássicas contribuições de Franz Fanon (1925-1961) (FANON, 2010), de Aimé Césaire (1913-2008) (CÉSAIRE, 1978) e Albert Memmi (1920-2020) (MEMMI, 1974) e, mais recentemente, de Edward Said (1935-2003) (SAID, 1990), entre outros autores. Apesar disso, é possível identificar, já durante século XIX, o problema da “colonialidade” como marca do pensamento político no continente. Segundo Ballestrin (2013, p. 91), foi então que um conjunto de escritores, de políticos e de ativistas (Bolívar, Bilbao, Torres-Caicedo, Martí, José Rodó e Manuel Bonfim, entre outros), preocupados com o “sentido” e com o “destino” da América e de seus povos, posicionaram-se criticamente em relação ao referencial da “latinidade”, atribuído a “uma estratégia imperial francesa adotada pelas elites criollas do continente, na segunda metade do século XIX”.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Douglas Ferreira Barros, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, Brasil.

Douglas Ferreira Barros é Professor de Filosofia na PUC-Campinas. Doutor e Pós-doc em Filosofia pela Universidade de São Paulo. Iniciou os estudos sobre a relação entre política e religião no período de doutorado sanduíche na EHESS – Paris (2001-2003). Tem se dedicado à pesquisa, entre outros temas, da relação entre soberania e a Teologia-Política na modernidade e na contemporaneidade. Vinculado ao PPG em Ciências da Religião da mesma Universidade é autor de, entre outros, Julgar a República: método, soberania e crítica à liberdade no Methodus de Jean Bodin. São Paulo: Loyola/FAPESP/Discurso, 2012. Lattes: id=K4736867U1. Email: douglasfbarros@gmail.com.

Citas

ALENCASTRO, L. F. Parecer sobre a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, ADPF/186, apresentada ao Supremo Tribunal Federal. JusBrasil, [S.l.], 2012. Disponível em: http:// www.stf.jus.br/arquivo/cms/.../stf_alencastro_ definitivo_audiencia_publica.doc. Acesso em: 21 fev. 2017.

BALLESTRIN, L. América Latina e o giro decolonial. Revista Brasileira de Ciência Política, n. 11, p. 89-117, 2013.

CÉSAIRE, A. Discurso sobre o Colonialismo. Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora, 1978.

FANON, F. Os condenados da terra. Juiz de Fora: Editora UFJF, 2010.

GONZÁLEZ CASANOVA, P. Colonialismo interno (uma redefinição). Buenos Aires: CLACSO, 2007.

GROSFOGUEL, R. Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós-coloniais: transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 80, p. 115-147, 2008.

KUZMA, C.; ANDRADE, P. F. (org.). Decolonialidade e práticas emancipatórias: novas perspectivas para a área de Ciências da Religião e Teologia. São Paulo: Paulinas, 2019. p. 10.

GRUPO LATINOAMERICANO DE ESTUDIOS SUBALTERNOS. Manifiesto Inaugural. In: CASTRO-GÓMEZ, S.; MENDIETA, E. (ed.). Teorías sin disciplina: latinoamericanismo, poscolonialidad y globalización en debate. Ciudad de México: Miguel Ángel Porrúa, 1998. Disponible en: http://www.ensayistas.org/critica/teoria/castro/manifiesto.htm. acceso en: 29 ago. 2020.

MEMMI, A. Retrato do Colonizado precedido de Retrato do Colonizador. Lisboa: Mondar Editores, 1974.

MIGNOLO, W. El pensamiento decolonial: desprendimento y apertura: un manifiesto. In: CASTRO-GOMEZ, S.; GROSFOGUEL, R. (coord.). El giro decolonial: reflexiones para uma diversidad epistêmica más allá del capitalismo global. Bogota: Siglo del Hombre Editores, 2007.

MIGNOLO, W. La opcion decolonial: desprendimiento y apertura: um manifiesto y un caso. Tabula Rasa, n. 8, p. 243-282, 2008,

MIGNOLO, W. Desobediencia epistémica: retórica de la modernidad, lógica de la colonialidad y gramática de la descolonialidad. Argentina: Ediciones del Signo, 2010.

MONTERO, P. Secularização e espaço público: a reinvenção do pluralismo religioso no Brasil. Etnográfica, v. 13, n. 1, p. 7-16, 2009.

NASCIMENTO, A. Teatro experimental do negro: trajetória e reflexões. Estudos Avançados, v. 18, n. 50, p. 209-224, 2004. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ea/v18n50/a19v1850.pdf. Acesso em: 20 jun. 2020

QUIJANO, A. Raza, etnia y nación en Mariátegui: cuestiones abiertas. In: FORGUES, R. (org.). José Carlos Mariátegui y Europa. Lima: Amauta, 1993.

QUIJANO, A. Colonialidad del poder y clasificación social. Journal of World-System Research, v. 11, n. 2, p. 549- 557, 2000.

QUINTERO, P. Colonialismo interno, neocolonialismo, colonialidade do poder: contribuições, limites e problemas dos modelos teóricos sobre os povos indígenas e as situações coloniais na América Latina. In: REUNIÃO BRASILEIRA DE ANTROPOLOGIA, 31., 2018, Brasília. Anais [...]. Brasília: Universidade de Brasília, 2018. p. 1-12.

SAID, E. W. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

WALLERSTEIN, I. The modern World-System: capitalist agriculture and the origins of the European world-economy in the sixteenth Century. New York: Academic Press, 1976. p. 229-233.

Publicado

2020-09-29

Cómo citar

Silva, A. R. C. da, Barros, D. F., & Barsalini, G. (2020). Religião e Decolonialidade | Religion and Decoloniality. Reflexão, 45, 1–6. https://doi.org/10.24220/2447-6803v45e2020a5012

Número

Sección

Editorial - Religião e decolonialidade