O rosto do outro como fundamento ético em Emmanuel Lévinas

Autores/as

  • Marcelo Sales

Palabras clave:

Ética, Alteridade, Rosto, Subjetividade, Lévinas

Resumen

O pensamento de Lévinas se encontra no confronto das idéias da fenomenologia e da filosofia existencial. Ele questiona os fundamentos da ontologia quando apresenta o humanismo como “a ética” da transcendência. É notável que Lévinas articule os conceitos do seu pensamento a partir de certo acontecimento histórico fundador, que é o contexto histórico da segunda guerra mundial, de onde elabora uma ética da responsabilidade. A acolhida da palavra do outro – acolhida da epifania do rosto – consiste em colocar-se como responsável, ou se preferir, a serviço do outro. A partir de sua experiência da guerra nos campos de concentração, Lévinas desmonta a filosofia do Ser e propõe uma filosofia do Outro. Sua ética – surge como crítica à ontologia que resume o Outro ao Mesmo- que ao seu ver questiona a espontaneidade do Mesmo quando este está na presença do Outro. Outro, visto como estrangeiro, pobre, o homem de corpo nu e marcado pelas violências. Agora, a nudez vista como sofrimento dos outros não é mais conhecimento e sim sinônimo de responsabilidade; que é a outra forma de acolher como primeiro discurso a nudez do rosto.

 

 

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Biografía del autor/a

Marcelo Sales

Citas

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Publicado

2015-08-11

Cómo citar

Sales, M. (2015). O rosto do outro como fundamento ético em Emmanuel Lévinas. Reflexão, 30(88). Recuperado a partir de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/reflexao/article/view/3181

Número

Sección

Artigos