O EMPIRISMO LÓGICO E A TEORIA DOS PARADIGMAS

ALGUMAS ANOTAÇÕES

Autores/as

  • Rui Ribeiro de CAMPOS Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Resumen

O artigo procura caracterizar o neopositivismo, o empírismo de Popper e a posição de Thomas Kuhn. Quanto ao empirismo lógico, tenta explicar o “princípio de verificabilidade" e a influência da lógica matemática, que o levou a eliminar as considerações de ordem psicológica - na tentativa de ser objetivo - , a aplicar a lógica à própria lógica e ao emprego do formalismo, do qual deriva o uso de modelos. Do empirismo de Popper procura analisar seu ideal de refutabilidade, a substituição da indução por uma “concepção hipotético dedutiva” e seu questionamento da concepção de objetividade do positivismo clássico.
Após relacionar a Física de Newton, Einstein e Heisenberg com a objetividade científica, coloca-se a posição de Thomas Kuhn, que realça o papel das revoluções científicas no estabelecimento de novos paradigmas; no entanto, apesar de valorizar o contexto, ele não coloca a importância da ideologia na ação científica e sua análise permanece mais restrita às ciências naturais. A finalidade do texto é mostrar que não há objetividade absoluta, que as posições dos empiristas-lógicos, de Popper e de Kuhn não solucionam o problema das ciências sociais, pois estas necessitam de um estatuto epistemológico diferente daquele das ciências naturais.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

ABBAGNANO. Nicola. Dicionário de Filosofia. 2ª ed. - São Paulo: Mestre Jou, 1982.

ARANHA, M. L. de Arruda e MARTINS, M. H. Pires. Filosofando introdução à filosofia. - São Paulo: Moderna,1986.

BOCHENSKI, 1. M. A filosofia contemporânea ocidental. - São Paulo: Herder 1962.

CARDOSO, Ciro Flamarion S. Uma introdução à história. 98 ed. - São Paulo: Brasiliense,1992.

CARVALHO, M. Cecília Maringoni de. A construção do saber científico : algumas posições. In: CARVALHO, M. C. M.de(org.) Construindo o saber: técnicas de metodologia científica. - Campinas, SP: PapÊrus,1988, p. 65-94.

COMTE, Auguste. Auguste Comte: sociologia. 2ª ed. - São Paulo: Ática, 1983 (c. Grandes cientistas sociais, 7).

FERREIRA, Aurélio Buarque de Língua Portuguesa Holanda. Novo Dicionário da Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1975.

FGV, Instituto de Documentação. Dicionário de ciências sociais. 2ª ed. - Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1987.

HEISENBERG, Werner. Física e Filosofia - Brasília: Editora Universidade de Brasília,1981 (c. Pensamento Científico,1).

KUHN, Thomas S. A estrutura das revoluções científicas - São Paulo: Perspectiva,1975.

LÔWY, Michael, As aventuras de Karl Marx contra o Barão de Münchhausen: marxismo e positivismo na sociologia do conhecimento. 2ª ed. - São Paulo: Busca Vida,1988.

PIMENTEL, Maria da Glória B. O Professor em Construção - São Paulo: PUC. Tese de doutoramento,1992. (mimeo.)

SANTOS, Milton. Responsabilidade social dos geógrafos. In: SÃO PAULO. Secretaria da Educação. CENP. Fundamentos para o ensino de geografia. São Paulo: SE/CENP,1989, p. 7-13.

SILVA, L. A. Machado e RIBEIRO, Ana Clara T. Paradigma e movimento social: por onde andam nossas ideias?. Boletim Paulista de Geografia. São Paulo: AGB, nº 62, 1985, p. 67-87.

Publicado

2024-02-20

Cómo citar

CAMPOS, R. R. de. (2024). O EMPIRISMO LÓGICO E A TEORIA DOS PARADIGMAS: ALGUMAS ANOTAÇÕES. Reflexão, 21(64/65). Recuperado a partir de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/reflexao/article/view/11495