O EMPIRISMO LÓGICO E A TEORIA DOS PARADIGMAS

ALGUMAS ANOTAÇÕES

Autores

  • Rui Ribeiro de CAMPOS Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Resumo

O artigo procura caracterizar o neopositivismo, o empírismo de Popper e a posição de Thomas Kuhn. Quanto ao empirismo lógico, tenta explicar o “princípio de verificabilidade" e a influência da lógica matemática, que o levou a eliminar as considerações de ordem psicológica - na tentativa de ser objetivo - , a aplicar a lógica à própria lógica e ao emprego do formalismo, do qual deriva o uso de modelos. Do empirismo de Popper procura analisar seu ideal de refutabilidade, a substituição da indução por uma “concepção hipotético dedutiva” e seu questionamento da concepção de objetividade do positivismo clássico.
Após relacionar a Física de Newton, Einstein e Heisenberg com a objetividade científica, coloca-se a posição de Thomas Kuhn, que realça o papel das revoluções científicas no estabelecimento de novos paradigmas; no entanto, apesar de valorizar o contexto, ele não coloca a importância da ideologia na ação científica e sua análise permanece mais restrita às ciências naturais. A finalidade do texto é mostrar que não há objetividade absoluta, que as posições dos empiristas-lógicos, de Popper e de Kuhn não solucionam o problema das ciências sociais, pois estas necessitam de um estatuto epistemológico diferente daquele das ciências naturais.

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Publicado

2024-02-20

Como Citar

CAMPOS, R. R. de. (2024). O EMPIRISMO LÓGICO E A TEORIA DOS PARADIGMAS: ALGUMAS ANOTAÇÕES. Reflexão, 21(64/65). Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/reflexao/article/view/11495

Edição

Seção

Artigos