Indicadores antropométricos na avaliação nutricional de idosos: um estudo comparativo

Autores/as

  • Analia Nusya de Medeiros GARCIA Universidade de Pernambuco
  • Sylvia de Azevedo Mello ROMANI Universidade Federal de Pernambuco
  • Pedro Israel Cabral de LIRA Universidade Federal de Pernambuco

Palabras clave:

circunferência braquial, idoso, índice de massa corporal, antropometria

Resumen

Objetivo
Comparar as medidas antropométricas da envergadura e circunferência braquial para avaliação do estado nutricional de idosos em relação ao Índice de Massa Corporal.

Métodos
Foram estudados 308 idosos residentes em instituições asilares públicas e particulares em Pernambuco, Brasil.

Resultados
A sensibilidade do Índice de Massa Corporal, tendo a envergadura como preditora da estatura, no diagnóstico da desnutrição, foi de 93,5%, com especificidade de 82,0%. Com relação ao diagnóstico de sobrepeso e obesidade, o cálculo do Índice de Massa Corporal, utilizando a envergadura, demonstrou sensibilidade de 44,5% e 83,3% e especificidade de 87,0% e 100,0%, respectivamente. A circunferência braquial apresentou, no diagnóstico de desnutrição, sensibilidade e especificidade de 89,0% e 87,0%,  espectivamente.

Conclusão
Em idosos, o uso da envergadura em substituição à altura no cálculo do Índice de Massa Corporal, mostrou-se um bom indicador no diagnóstico de desnutrição e de obesidade, no entanto não se observou o mesmo em relação ao diagnóstico de sobrepeso. A medida da circunferência braquial foi também um bom indicador para determinar desnutrição em idosos.

Citas

Kalache A, Veras R, Ramos L. O envelhecimento da população mundial: um desafio novo. Rev Saúde Pública. 1987; 21(3):200-10.

Ramos LR. A explosão demográfica da terceira idade no Brasil: uma questão de saúde pública. Gerontologia. 1993; 1(1):3-8.

Beltrão ML, Laurenti R. Saúde, bem-estar e envelhecimento. Rev Bras Epidemiol. 2005; 8(2): 127-41

Jee SH, Sull JW, Park J, Lee S-Y, Ohrr H, Guallar E, et al. Body-Mass Index and Mortality in Korean Men and Women. N Engl J Med. 2006; 355(B):779-87

McGee DL. Body mass index and mortality: a meta analysis based on person level data fromtwenty-six observational studies. Ann Epidemiol. 2005; 15:87-97

Najas MS. Padrão alimentar de idosos de diferentes estratos sócio econômicos residentes em localidade urbana da região Sudeste Brasil. Rev Saúde Pública. 1994; 28(3):187-91.

Chapman KM, Ham JO, Pearlman RA. Longitudinal assessment of the nutritional status of elderly veterans. J Geront. 1996; 51:261-5.

Otero U, Rozenfeld S, Gadelha A, Carvalho M. Mortalidade por desnutrição em idosos, região sudeste do Brasil,1980-1997. Rev Saúde Pública. 2002; 36(2):141-8.

Pirlich M, Lochs H. Nutrition in the elderly. Best Pract Res Clin Gastroenterol. 2001; 15(6):869-84. 10. Lukaski H. Methods for the assessment of human body composition: traditional and new. Am J Clin Nutr. 1997; 46:537-56.

De Luis D, Aller R, Cabezas G, Terroba C, Cuellar L. A comparison of 2 reference tables in nutritional antropometric assesment. Nutr Hosp. 2000; 15 (3):114-7.

Butters M, Straub M, Kraft K, Bittner R. Studies on nutritional status in general surgery patients by clinical, anthropometric, and laboratory parameters. Nutrition. 1996; 12(6):405-10.

Carvalho Filho ET, Papaléo Neto M. Geriatria: fundamentos, clínica, terapêutica. São Paulo: Atheneu; 2005.

Chapman N, Bannerman E, Cowen S, MacLennan W. The relationship of anthropometry and bio-electrical impedance to dual energy X-ray absorptiometry in elderly men and women. Age and Ageing. 1998. 27(3):363-7.

Gibson RS. Principles of nutritional assessment. New York: Oxford University Press; 1990.

Chumlea WC, Guo S, Vellas B, Guigoz Y. Techniques of assessing muscle mass and function for epidemiological studies of the elderly. J Gerontol. 1990; 50-A:45-52.

Chilima DM, Ismail SJ. Anthropometric characteristics of older people in rural Malawi. Eur J Clin Nutr. 1998; 52:643-9.

James WPT, Ferro-Luzzi A, Waterlow C. Definition of chronic energy deficiency in adults. Eur J Clin Nutr. 1998; 42:969-81.

Habicht JP. Estandarizacion de métodos epidemiológicos cuantitativos sobre el terreno. Bol Of Sanit Panam. 1974; 76(5):375-81.

Frisancho AR. Anthropometric standards for the assessment of growth and nutritional status. Michigan: University Michigan Press; 1990.

Dean AG, Dean JA, Coulombier D, Brendel KA, Smith DC, Burton AH, et al. Epi Info [computer program]. Version 6: a word processing, database, and statistics program of epidemiology on micro-computers. Atlanta, Gerogia: Centers os Disease Control and Prevention; 1994.

Mijares A, Taberner R, Triguero M, Fandos J, Garcia A, Suarez-Varela M. Prevalencia de malnutrición entre ancianos institucionalizados en la Comunidad Valenciana. Med Clin. 2001; 117(8): 289-94.

Perissinotto E, Pisent C, Sergi G, Grigoletto F. Anthropometric measurements in the elderly: age and gender differences. Br J Nutr. 2002; 87(2): 177-86.

Cabrera M, Wajngarten M, Gebara O, Diament J. Relação do índice de massa corporal, da relação cintura-quadril e da circunferência braquial com a mortalidade em mulheres idosas: seguimento de 5 anos. Cad Saúde Pública. 2005; 21(3): 767-77.

Santos D, Sichieri R. Índice de massa corporal e indicadores antropométricos de adiposidade em idosos. Rev Saúde Pública. 2005; 39(2):163-8.

Sampaio LR, Figueiredo VC. Correlação entre o índice de massa corporal e os indicadores antropométricos de distribuição de gordura corporal em adultos e idosos. Rev Nutr. 2005; 18(1):53-61.

Cervi A, Franceschini SC, Priori SE. Análise crítica do uso de índice de massa corporal para idosos. Rev Nutr. 2005; 18(6):765-75

Pieterse S, Manandhar M, Ismail S. The nutritional status of older Rwandan refugees. Pub Health Nutr. 1998; 1(4):259-64.

Menezes T, Marucci M. Antropometria de idosos residentes em instituições geriátricas Fortaleza, CE. Rev Saúde Pública. 2005; 39(2):169-75.

Publicado

2023-09-14

Cómo citar

Nusya de Medeiros GARCIA, A. ., de Azevedo Mello ROMANI, S. ., & Cabral de LIRA, P. I. . (2023). Indicadores antropométricos na avaliação nutricional de idosos: um estudo comparativo. Revista De Nutrição, 20(4). Recuperado a partir de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/nutricao/article/view/9692

Número

Sección

ARTIGOS ORIGINAIS