The causality of nutrition and food insecurity of quilombola communities with the construction of the BR-163, highway, Pará, Brazil

Authors

  • Denise OLIVEIRA e SILVA Diretoria Regional de Brasília da Fundação Oswaldo Cruz
  • Ana Felisa Hurtado GUERRERO Centro de Pesquisas Leônidas Maria Deane
  • Camilo Hurtado GUERRERO Diretoria Regional de Brasília da Fundação Oswaldo Cruz
  • Luciano Medeiros de TOLEDO Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca

Keywords:

Anthropology, cultural, African continental ancestry group, Food insecurity, Social perception, Qualitative research

Abstract

Objective
This work describes results based on the participative and encompassing development of a model of causal determination done in six quilombola communities of Santarém, Pará State, regarding the causality of food and nutrition insecurity with the construction of the BR-163 highway.

Methods
The research process used socio-anthropological approach methods based on the development of a causality model constructed by forming focal groups with community representatives.

Result
The results of the study show that the use of participative approaches stimulates the community’s self-esteem and takes control of the factors that determine its problems. The causal model reveals that, for the communities, nutrition and food insecurity establish that historical factors associated with land ownership and current use based on predatory practices are essential to understand the causal determination of food and nutrition insecurity.

Conclusion
Racism and its social nuances have contributed for the social invisibility of these communities in public Brazilian policies. The quilombola communities consider themselves in a state of nutritional and food insecurity and indicate that the construction of the BR-163 highway can be a threat to the sustainable ethnic development in the region. They also state that the economic development expected with the construction of this highway can increase hunger, poverty and racism if the communities do not participate.

References

Parodi TC. Equidad en salud: uma mirada desde la perspectiva de la etnicidad [versión preliminar]. Washington (DC): OPS/OMS; 2001. p.24.

Brasil. Fundação Cultural Palmares. Sistema de informações de comunidades afro-brasileiras: SICAB; 2007 [acesso 2004 Set 24]. Disponível em: .

Valente FLS. Segurança Alimentar Nutricional. [acesso 2007 jul 23]. Disponível em: .

Belik W. Perspectivas para segurança alimentar e nutricional no Brasil. Rev Saúde Soc. 2003; 12(1): 12-20.

Brasil. Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. III Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional: documento de base. Brasília; 2007. p.6.

Brasil. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico. Edital MCT/CNPq/MS-SCTIE-DECIT, nº 034/2005 [acesso 2007 maio 17]. Disponível em: .

Lefevre P, Suremain CE, Sejas E. Combining causal model and focus group discussions experiences learned from a socio-antropological research on the differing perceptions of caretakers and health professionals on children’s health (Bolivia/Peru). Qualitative Rep. 2004; 9(1):1-17.

Víctora CG. Pesquisa qualitativa em saúde: uma introdução ao tema. Porto Alegre: Tomo; 2000.

Minayo MC. Pesquisa social: teoria método e criatividade. Petrópolis: Vozes; 2003.

Beghin I, Dujardin B. A guide to nutritional assessment. Geneva: World Health Organization; 1988.

Beghin I. L’Approche causale en nutrition. In: Lemmonier D, Ingenbleek Y, editors. La malnutrition dans le pays du Tiers-Monde. Paris: INSERM; 1989. p.615-28.

Gomes R, Alves EM, Pontes MLM.As representações sociais e a experiência da doença. Cad Saúde Pública. 2002; 18(5):1207-14.

Gomes FS. Histórias de Quilombolas: mocambos a comunidades de senzalas no Rio de Janeiro, século XIX. São Paulo: Companhia das Letras; 2006. p.430.

Santos G, Santos AC. Sustentabilidade da pesca na Amazônia. Estud Av. 2005; 19(54):165-82.

Oliveira PTR. O sistema único de saúde, descentralização e a desigualdade regional. Um enfoque sobre a região da Amazônia Legal [tese]. Rio de Janeiro: ENSP; 2005.

Buainain AM, Romeiro A, Guanziroli R. A agricultura familiar e o novo mundo rural. Sociologias. 2003; 10:312-47.

Brasil. Diagnóstico sócio-econômico-cultural das comunidades remanescentes de quilombos. Relatório geral. Brasília: Fundação Cultural Palmares; 2004.

Silva DO, Guerrero AFH, Toledo LM. Reflexos do singular na desigualdade social: os diversos sentidos da fome em quilombos na Região Norte, Brasil. In: Lienhard M, organizador. Discursos sobre a pobreza: América Latina e países africanos. Zurique: Ibero-Americana Libros; 2006. p.442.

Almeida AFWB. Terras de quilombos, terras de indígenas, babaçuas livres, castanhas do povo, faxinais de pastos: terras tradicionalmente ocupadas. Manaus: UFAM; 2006.

Heringer R. Desigualdades raciais no Brasil: síntese de indicadores e desafios no campo das políticas públicas. Cad Saúde Pública. 2002; 18(Suplemento):57-65.

Oliveira F. Saúde reprodutiva, etnicidade e políticas públicas no Brasil. In: Monteiro S, Sansone O, organizadores. Etnicidade na América Latina: um debate sobre raça e direitos reprodutivos. Rio de Janeiro: FIOCRUZ; 2004. p.344.

Guerrero AFH, Silva DO, Guerrero CH, Toledo LM, Teixeira P. Mortalidade infantil em remanescentes de quilombos do município de Santarém, Pará, Brasil. Saúde Soc. 16(2):103-10.

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Projeto do Milênio das Nações Unidas investindo no desenvolvimento: um plano para atingir objetivos de desenvolvimento do milênio. Washington (DC): Grundy & Northedge; 2005.

Brasil. Ministério da Saúde. Estimativas de mortalidade infantil por micro-regiões e municípios. Brasília; 2005. [acesso 2006 set]. Disponível em: <http://www.datasus.gov.br>.

Foller ML. Intermedicalidade: a zona de contato criada por povos indígenas e profissionais de saúde. In: Langdon EJ, Garnelo L, organizadores. Saúde dos povos indígenas: reflexões sobre antropologia participativa. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Antropologia; 2004. p.129-47.

Gil LP. Políticas de saúde, pluralidade terapêutica e identidade na Amazônia. Saúde Soc. 2007; 16(2): 48-60

Coelho AW. Amazônia, mito e realidade. [acesso 2001 jul 10]. Disponível em: .

Domingues P. Ações afirmativas para negros no Brasil: o início de uma reparação histórica. Rev Bras Educ. 2005; 29:164-76.

Henriques R. Desigualdade racial no Brasil: evolução das condições de vida na década de 90. Brasília: IPEA; 2001. p.52.

Camino L, Silva P, Machado A, Pereira AC. A face oculta do racismo no Brasil: uma análise psicossociologica. Rev Psicol Política. 2001; 1(1):13-36.

Myers A. O valor da diversidade racial nas empresas. Estud Afro-Asiat. 2003; 25(3):483-515.

Silverio VR. Ação afirmativa e o combate do racismo institucional no Brasil. Cad Pesq. 2002; 117:219-46.

Sampaio EQ. Discriminação racial e políticas públicas de caráter afirmativo no Brasil. Dados. 2004; 14(1):165-72.

Diniz SC, Magalhães FNC, Monte-Mór RLM. Economia e etnodesenvolvimento no território indígena Xakriabá, MG. Anais do XII Seminário sobre Economia Mineira. Diamantina: CEDEPLAR; 2006. p.22.

Little PE. Territórios sociais e povos tradicionais no Brasil: por uma antropologia de territorialidade. Série antropológica. Brasília: Universidade de Brasília; 2002. p.332.

Lopes F. Para além da barreira dos números: desigualdades raciais e saúde. Cad Saúde Pública. 2005; 21(5):1595-601.

Fundação Oswaldo Cruz. Rede de causalidade, Santarém, Brasília, Distrito Federal. [elaborado em maio de 2006] Rio de Janeiro; 2006.

Published

2023-09-05

How to Cite

OLIVEIRA e SILVA, D. ., Hurtado GUERRERO, A. F., Hurtado GUERRERO, C., & Medeiros de TOLEDO, L. (2023). The causality of nutrition and food insecurity of quilombola communities with the construction of the BR-163, highway, Pará, Brazil. Brazilian Journal of Nutrition, 21(Suplemento). Retrieved from https://periodicos.puc-campinas.edu.br/nutricao/article/view/9641