Alimentos ultra-processados: consumo entre crianças em creches públicas e análise da composição nutricional segundo a ferramenta “Traffic Light Labelling”
Palavras-chave:
Creches, Consumo de alimentos, Hábitos alimentares, Alimentos industrializados, LactenteResumo
Objetivo
Identificar a idade de introdução de alimentos ultra-processados na alimentação de lactentes matriculados em creches públicas e analisar suas composições nutricionais segundo a ferramenta de classificação nutricional Traffic Light Labelling, adaptada às normas e recomendações brasileiras.
Métodos
Estudo transversal com 636 crianças de berçários de creches, cujas mães foram entrevistadas sobre idade de introdução de macarrão instantâneo, salgadinhos, embutidos, chocolate, sorvete e bolacha recheada. Avaliaram-se as composições centesimais desses alimentos comparando-as com a ferramenta Traffic Light Labelling, adaptada às normas e recomendações brasileiras. Esta ferramenta classifica as quantidades de gordura total, gordura saturada, gordura trans, fibra e sódio em verde, amarelo ou vermelho.
Resultados
Verificou-se que, antes dos 12 meses de idade, 70,6% das crianças haviam consumido macarrão instantâneo, 65,9% salgadinhos, 54,7% embutidos, 67,1% chocolate, 36,9% sorvete e 68,7% bolacha recheada. Em adição, todos os alimentos foram classificados como vermelho para gordura saturada e sódio, e 50,0% obteve classificação vermelha para gordura total.
Conclusão
A introdução dos alimentos ultra-processados ocorreu precocemente na dieta das crianças, ressaltando que os mesmos apresentaram composição nutricional inadequada, fornecendo excesso de gordura total, gordura saturada, sódio e baixa quantidade de fibras.
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