Indicadores de problemas avaliados por pais e crianças estratificadas pelo peso ao nascer
Palavras-chave:
Comportamento, Peso ao nascer, Depressão, Relações pais-filhoResumo
Estudos sobre o impacto do peso ao nascer para o desenvolvimento infantil carecem da inclusão das crianças como informantes. Objetivou-se comparar os indicadores de problemas comportamentais e de depressão apresentados por crianças, em idade escolar, de uma coorte estratificada pelo peso ao nascer, e verificar as possíveis associações entre os indicadores comportamentais, avaliados pelos pais, e de depressão, informados pelas crianças. Foram avaliadas 665 crianças, aos 10-11 anos de idade, distribuídas em cinco grupos de peso ao nascer. Os pais responderam ao Questionário de Capacidades e Dificuldades, e as crianças responderam ao Inventário de Depressão Infantil. Constatou--se: (a) significativamente mais indicadores de hiperatividade e de depressão nas crianças nascidas com muito baixo peso; (b) associações entre os indicadores de depressão infantil e os problemas comportamentais gerais para todos os grupos de peso, com exceção do muito baixo peso. Verificou-se consistência na avaliação de problemas por parte das crianças e pais.
Downloads
Referências
Achenbach, T. M. (1992). Developmental psychopatology. In M. H. Bornstein & M. E. Lamb. Developmental psychopatology: An advanced textbook (pp.629-676). New York: Lawrence Erlbaum Associates.
Achenbach, T. M., McConaughy, S. H., & Howell, C. T. (1987). Child/adolescent behavioral and emotional problems: Implications of cross-informant correlations for situational specificity. Psychological Bulletin, 101(2), 213-232. http://dx.doi.org/10.1037/0033-2909.101.2.213
Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. (2008). Questionário de Classificação Socioeconômico: 2008. Recuperado em fevereiro 15, 2013, de http://www.abep.org/novo/CMS/Utils/FileGenerate.ashx?id=22
Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. (2008). Questionário de Classificação Socioeconômico: 2008. Recuperado em fevereiro 15, 2013, de http://www. abep.org/novo/CMS/Utils/FileGenerate.ashx?id=22
Bahls, S. C. (2002). Aspectos clínicos da depressão em crianças e adolescentes. Jornal de Pediatria (Rio de Janeiro), 78(5), 359-366. http://dx.doi.org/10.1590/S0021-75572002000500004
Berg-Nielsen, T. S., Solheim, E., Belsky, J., & Wichstrom, J. (2012). Preschoolers’ psychosocial problems: In the eyes of the beholder? Adding teacher characteristics as determinants of discrepant parent-teacher reports. Child Psychiatry and Human Development, 43(3), 393-413. http://dx.doi.org/10.1007/s10578-011-0271-0
Bohnert, K. M., & Breslau, N. (2008). Stability of psychiatric outcomes of low birth weight. Archives of General Psychiatry, 65(9), 1080-1086. http://dx.doi.org/10.1001/archpsyc.65.9.1080
Cardoso, V. C., Simões, V. M. F., Barbieri, M. A., Silva, A. A. M., Bettiol, H., Alves, M. T. S. S. B., & Goldani, M. Z. (2007). Profile of three brazilian birth cohort studies in Ribeirão Preto, SP, and São Luís, MA. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, 40(9), 1165-1176. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-879X2006005000148
Conrad, A. L., Richman, L., Lindgren, S., & Nopoulos, P. (2010). Biological and environmental predictors of behavioral sequelae in children born preterm. Pediatrics, 125(1), 83-89. http://dx.doi.org/10.1542/peds.2009-0634
Coutinho, M. P. L., Carolino, Z. C. G., & Medeiros, E. D. (2008). Inventário de Depressão Infantil (CDI): evidências de validade de constructo e consistência interna. Avaliação Psicológica, 7(3), 291-300.
Cruvinel, M., Boruchovitch, E., & Santos, A. A. A. (2008). Inventário de Depressão Infantil (CDI): análise dos parâmetros psicométricos. Fractal: Revista de Psicologia, 20(2), 473-490. http://dx.doi.org/10.1590/S1984-02922008000200013
Dahl, L. B., Kaaresen, P. I., Tunby, J., Handegard, B. H., Kvernmo, S., & Ronning, J. A. (2006). Emotional, behavioral, social, and academic outcomes in adolescents born with very low birth weight. Pediatrics, 118(2), 449-460. http://dx.doi.org/10.1542/peds. 2005-3024
Espírito Santo, J. L., Portuguez, M. W., & Nunes, M. L. (2009). Cognitive and behavioral status of low birth weigth preterm children raised in a developing country at preschool age. Journal of Pediatrics, 85(1), 35-41. http://dx.doi.org/0021-7557/09/85-01/35
Fan, R. G., Portuguez, M. W., & Nunes, M. L. (2013). Cognition, behavior and social competence of preterm low birth weight children at school age. Clinics, 68(7), 915-921. http://dx.doi.org/10.6061/clinics/2013(07)05
Fleitlich, B., Cortázar, P. G., & Goodman, R. (2000). Questionário de capacidades e dificuldades (SDQ). Infanto: Revista de Neuropsiquiatria da Infância e Adolescência, 8(1), 44-50.
Gallo, E. A. G., Anselmi, L., Dumith, S. C., Scazufca, M., Menenzes, A. M. B., Hallal, P. C., & Matijasevich, A. (2011). Tamanho ao nascer e problemas de saúde mental aos 11 anos em uma coorte brasileira de nascimentos. Cadernos de Saúde Pública, 27(8), 1622-1632. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2011000800017
Goodman, R. (1997). The Strengths and Difficulties Questionnaire: A research note. The Journal of Child Psychology and Psychiatric, 38(5), 581-586. http:// dx.doi.org/10.1111/j.1469-7610.1997.tb01545.x
Goodman, R. (2001). Psychometric properties of the strengths and difficulties questionnaire. Journal of the American Academy of Child & Adolescent Psychiatric, 40(11), 1337-1345. http://dx.doi.org/10.1097/00004 583-200111000-00015
Golfeto, J. H., Veiga, M. H., Souza, L., & Barbeira, C. (2002). Propriedades psicométricas do Inventário da Depressão Infantil (CDI) aplicado em uma amostra de escolares de Ribeirão Preto. Revista de Psiquiatria Clínica, 29(2), 66-70.
Goulart, A. L. (2004). Assistência ao recém-nascido prétermo. In B. I. Kopelman, A. M. N. Santos, A. L. Goulart, M. F. B. Almeida, M. H. Miyoshi, & R. Guinsburg. Diagnóstico e tratamento em neonatologia (pp.17-24). São Paulo: Atheneu.
Gouveia, V. V., Barbosa, G. A., Almeida, H. J. F., & Gaião, A. A. (1995). Inventário de Depressão Infantil - CDI: estudo de adaptação com escolares de João Pessoa. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 44(7), 345-349.
Hack, M., Forrest, C. B., Schluchter, M., Taylor, H. G., Drotar, D., Holmbeck, G. & Andreias, L. (2011). Health status of extremely low-birth-weight children at 8 years of age: Child and parent perspective. Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine, 165(10), 922-927. http://dx.doi.org/10.1001/archpediatrics.2011.149
Hayes, B., & Sharif, F. (2009). Behavioural and emotional outcome of very low birth weight infants: Literature review. Journal of Maternal-Fetal and Neonatal Medicine, 22(10), 849-856. http://dx.doi.org/10.1080/14767050902994507
Hourigan, S. E., Goodman, K. L., & Southam-Gerow, M. A. (2011). Discrepancies in parents’ and children’s reports of child emotion regulation. Journal of Experimental Child Psychology, 110(2), 198-212. http://dx.doi.org/10.1016/j.jecp.2011.03.002
Kóvacs, M. (1983). The Children’s Depression Inventory: A self-rated depression scale for school aged youngsters. Pittsburg: University of Pittsburgh.
Lieshout, R. J. V., & Boylan, K. (2010). Increased depressive symptoms in female but not male adolescents born at low birth weight in the offspring of a national cohort. La Revue Cannadienne de Psychiatrie, 55(7), 422-430.
Masten, A. S., & Gewirtz, A. H. (2006). Vulnerability and resilience in early child development. In K. McCartney & D. Phillips (Eds.), Blackwell handbook of early childhood development (pp.22-43). Oxford: Blackwell Publishing.
Michels, N., Vanaelst, B., Stoppie, E., Huybrechts, I., Bammann, K., Henauw, S. & Sioen, I. (2013). Parental and children’s report of emotional problems: Agreement, explanatory factors and event-emotion correlation. Child and Adolescent Mental Health, 18(3), 180-186. http://dx.doi.org/10.1111/j.1475-3588.2012.00672.x
Oliveira, G. E., Magalhães, L. C., & Salmela, L. F. T. (2011). Relação entre muito baixo peso ao nascimento, fatores ambientais e o desenvolvimento motor e o cognitivo de crianças aos 5 e 6 anos. Revista Brasileira de Fisioterapia, 15(2), 138-145. http://dx.doi.org/10.1590/S141335552011000200009
Orchinik, L. J., Taylor, H. G., Espy, K. A., Minich, N., Klein, N., Sheffield, T., & Hack, M. (2011). Cognitive outcomes for extremely preterm/extremely low birth weight children in Kindergarten. Journal of the International Neuropsychological Society, 17(6), 1067-1079. http://dx.doi.org/10.1017/S135561771100107X
Organização Mundial da Saúde. (1994). CID-10: Classificação estatística internacional de doenças e problemas relacionados à saúde. São Paulo: Edusp.
Pettersson, E., Sjölander, A., Almqvist, C., Anckarsäter, H., D’Onofrio, B. M., Lichtenstein, P., & Larsson, H. (2014). Birth weight as an independent predictor of ADHD symptoms: A within-twin pair analysis. Journal of Child Psychology and Psychiatry, 56(4), 453-459. http://dx.doi.org/10.1111/jcpp.12299
Primi, R., Muniz, J., & Nunes, C. H. S. S. (2009). Definições contemporâneas de validade de testes psicológicos. In C. S. Hutz (Ed.), Avanços e polêmicas em avaliação psicológica (pp.243-265). São Paulo: Casa do Psicólogo.
Reijneveld, S. A., Kleine, M. J. K., van Baar, A. L., Kollée, L. A. A., Verhaak, C. M., Verhulst, F. C., & VerlooveVanhorick, S. P. (2006). Behavioural and emotional problems in very preterm and very low birthweight infants at age 5 years. Archives of Disease in Childhood, Fetal & Neonatal Edition, 91(6), 423-428. http://dx.doi.org/10.1136/adc.2006.093674
Rochette, S. E. (2008). The relationship between parent and teacher ratings on the Adjustment Scales for Children and Adolescents (Masther’s thesis unplublished). The Pennsylvania State University, United States. Retrieved January 16, 2015, from http://gateway.proquest.com/openurl?url_ver=Z39.88-2004&res_dat=xri:pqdiss&rft_val_fmt=info:ofi/fmt:kev:mtx:dissertation&rft_dat=xri:pqdiss:3336116
Rodrigues, M. C. C., Mello, R. R., & Fonseca, S. C. (2006). Learning difficulties in schoolchildren born with very low birth weight. Jornal de Pediatria, 82(1), 6-14.
Rothbart, M. K., & Bates, J. E. (2006). Temperament. In W. Damon, R. M. Lerner, & N. Eisenberg (Eds.), Handbook of child development, Vol. 3: Social, emotional and personality development (6th ed., pp.99-166). New York: John Wiley & Sons
Saur, A. M. (2012). Riscos biológicos e aspectos cognitivos, comportamentais e emocionais de uma coorte de escolares (Tese de doutorado nãopublicada). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. Recuperado em janeiro 16, 2015, de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-16082012-143656/pt-br.php
Scott, M. N., Taylor, H. G., Fristad, M. A., Klein, N., Espy, K. A., Minich, N., & Hack, M. (2012). Behavior disorders in extremely preterm/extremely low birth weight in kindergarten. Development Behavior Pediatric, 33(3), 202-213. http://dx.doi.org/10.1097/DBP.0b013e3182475287
Silva, A. A., Barbieri, M. A., Cardoso, V. C., Batista, R. F., Simões, V. M., Vianna, E. O., ... Bettiol, H. (2011). Prevalence of non-communicable diseases in Brazilian children: Follow-up at school age of two Brazilian birth cohorts of the 1990’s. BMC Public Health, 11, 486-518. http://dx.doi.org/10.1186/1471-2458-11-486
Singh, G. K., Kenney, M. K., Ghandour, R. M., Kogan, M. D., & Lu, M. C. (2013). Mental health outcomes in US children and adolescents born prematurely or with low birthweight. Depression Research and Treatment, 2013; 2013 [ID 570743]. http://dx.doi.org/10.1155/2013/570743
Stegge, H., & Terwogt, M. M. (2007). Awareness and regulation of emotion in typical and atypical development. In J. J. Gross (Ed.), Handbook of emotion regulation (pp.269-286). New York: Guilford.
Tanabe, K., Tamakoshi, K., Kikuchi, S., & Murotsuki, J. (2014). Learning disability in 10- to 16-year-old adolescents with very low birth weight in Japan. The Tohoku Journal of Experimental Medicine, 232(1), 27-33.
Van Roy, B., Groholt, B., Heyerdahl, S., & Clench-Aas, J. (2010). Understanding discrepancies in parent-child reporting of emotional and behavioural problems: Effects of relational and socio-demographic factors. BMC Psychiatry, 10, 56. http://dx.doi.org/10.1186/1471-244X-10-56
Vanderbilt, D., & Gleason, M. M. (2010). Mental health concerns of the premature infant through the lifespan. Child and Adolescent Psychiatric Clinics of North America, 19(2), 211-228. http://dx.doi.org/10.1016/j.chc.2010.02.003
Vederhus, B. J., Eide, G. E., Natvig, G. K., Markestad, T., Graue, M., & Halvorsen, T. (2015). Health-related quality of life and emotional and behavioral difficulties after extreme preterm birth: Developmental trajectories. PeerJ, 3, e738. http://dx.doi.org/10.7717/peerj.738
Wathier, J. L., Dell’Aglio, D. D., & Bandeira, D. R. (2008). Análise fatorial do Inventário de Depressão Infantil (CDI) em amostra de jovens brasileiros. Avaliação Psicológica, 7(1), 75-84.
Woerner, W., Fleitlich-Bylik, B., Martinussen, R., Fletcher, J., Cucchiaro, G., Dalgalarrondo, P., Lui, M., & Tannock, R. (2004). The strengths and difficulties questionnaire overseas: Evaluations and applications of the SDQ beyond Europe. European Child & Adolescent Psychiatry, 13(Suppl.2), 47-54. http://dx.doi.org/10.1007/s00787-004-2008-0
Zukauskiene, R., Pilkauskaite-Valickiene, R., Malinauskiene, O., & Krataviciene, R. (2004). Evaluating behavioral and emotional problems with the Child Behavior Checklist and Youth Self-Report scales: Cross-informant and longitudinal associations. Medicina, 40(2), 169-177.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Claudia Mazzer RODRIGUES-PALUCCI, Sonia Regina LOUREIRO
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.