Saber, agir e educar: o ensino-aprendizagem em serviços de saúde

Autores/as

  • Maria Alice Amorim Garcia

Palabras clave:

ensino-aprendizagem, integração docente-assistencial, modelos tecnoassistenciais em saúde

Resumen

Este artigo aborda a questão do processo ensino-aprendizagem em serviços de saúde. Com base na revisão de algumas teorias pedagógicas, procurou-se construir um referencial, que permitisse repensar aspectos do ensino experimentado através do trabalho cotidiano. É este trabalho, realizado nos serviços de saúde, que possibilita articular a educação a suas dimensões sociais, ideológicas e técnicas e, por outro lado, defini-lo não somente pelas necessidades dos profissionais, mas principalmente, como resposta à realidade do serviço e suas finalidades. A dialética entre a prática educacional e a atenção tem gerado correntes de pensamento inovadoras. De uma maneira geral, pode-se dizer que a educação em serviços ressalta o potencial educativo do trabalho cotidiano e orienta a aprendizagem enquanto um processo contínuo e de natureza participativa, possibilitando a articulação entre o fazer, o educar, o saber e o porquê o não fazer o não educar e/ou o não saber. Enquanto um processo pedagógico que integra o individual, o grupal, o institucional e o social, como também, o cognitivo e o afetivo, orienta-se pelo compromisso com a transformação das práticas.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

ALVES, R.Sobre otempo ea eternidade. 3. ed. Campinas: Papirus, 1993.

CAMPOS, G.W.S. A saúde pública e a defesa da vida. São Paulo: Hucitec, 1991.

CAMPOS, G.W.S. Reforma da reforma. São Paulo: Hucitec, 1992a.

____ . Modelos de atenção em saúde pública: um modo mutante de fazer saúde. Saúde em Debate, n.37, p.16-19, 1992b.

CHAVES, M.M. Educação das profissões da saúde: perspectiva para o século XXI. Revista Brasileira de Educação Médica, n. 20, v .1, p.21-8, jan./abr., 1996.

DONNANGELO, M.C.F. & PEREIRA, L. Saúde e Sociedade. 2. ed. São Paulo: Duas Cidades, 1979.

FONTANA, R.A.C. A elaboração conceituai: a dinâmica das interlocuções na sala de aula. ln: GÓES, M.C.R. e SMOLKA, A.L. A linguagem e o outro no espaço escolar: Vygotsky e a construção do conhecimento, p. 121-52, Campinas: Papirus, 1991.

FREIRE, P.Pedagogia do oprimido.13. ed. Rio de janeiro: Paz e Terra, 1983.

GALLO, E. & NASCIMENTO, P.C. Hegemonia, bloco histórico e movimento sanitário. ln: FLEURY, S.M. (org.) Reforma sanitária: em busca de uma teoria. São Paulo: Cortez/ Rio de Janeiro: ABRASCO, 1989. p. 91-118.

GERALDI, C.M.G. A produção do ensino e pesquisa na educação: estudo sobre o trabalho docente no Curso de Pedagogia­-FE/U N ICAMP. Tese (Doutorado). Faculdade de Educação, UNICAMP, Campinas, 1993.

GÓES, M.C. A natureza social do desenvolvimento psicológico. Caderno CEDES, n.24. Pensamento e linguagem: estudos na perspectiva da psicologia soviética. São Paulo: Papirus, 1991. p.17-31.

GÓMEZ, A.P. O pensamento prático do professor: a formação do professor como profissional reflexivo. ln: NÓVOA,A. Os professores e sua formação. Lisboa: Instituto de Renovação Educacional, 1992. p. 95-113.

GONÇALVES, R.B.M. Tecnologiaeorganização das práticas de saúde: características tecnológicas do processo de trabalho na rede estadual de Centros de Saúde - SP. São Paulo: Hucitec, 1994.

L'ABBATE, S. Agentes de trabalho/sujeitos? Repensando a capacitação de recursos humanos em saúde Coletiva. ln: CANESQUI, A.M. Dilemas e desafios das ciências sociais na Saúde Coletiva, p.151-61, São Paulo, Rio de Janeiro: Hucitec, ABRASCO, 1995.

____ . Comunicação e educação: uma prática em saúde. ln: MERHY,E.E. e ONOCKO,R. (orgs) Agir em saúde: um desafio para o público, p. 267-92, São Paulo: Hucitec, Buenos Aires: Lugar Ed., 1997.

LUZ, M.T. Natural, racional e social: razão medica e racionalidade científica moderna. Rio de Janeiro: Campus, 1988.

MACEDO, E.F. Conhecimento cotidiano e currículo. 1994 (mimeogr.).

MELO, J.A.C.;RAMOS, C.L. & SOARES, J.C.R.S. Quem educa quem? Repensando a relação médico-paciente. ln:COSTA, N.R.

Demandas populares, políticas públicas e saúde. Vol.11, p.145-64, Petrópolis: Vozes, 1989.

MERHY, E.E. Em busca do tempo perdido: a micropolítica do trabalho vivo em saúde ln: MERHY,E.E. &ONOCKO,R. (orgs)Agir em saúde: umdesafioparaopúblico. (p.71-112), São Paulo: Hucitec, Buenos Aires: Lugar Ed., 1997.

NÁJERA, E. La salud pública, una teoria para una practica: se precisa su reconstrucción? ln: Situação e tendências da saúde pú­blica na região das Américas, p.123-32, Washington/EUA: OPAS, 1991.

OLIVEIRA, M.K. Vygotsky. aprendizado e desenvolvimento, um processo sócio­-histórico. 2. ed. São Paulo: Scipione, 1995.

PAIM, J.S. Marco de referência para um programa de educação continuada em Saúde Coletiva. Revista Brasileira de Educação Médica, v.17, n.3, p. 1-44, set./dez., 1993.

PIMENTEL, M.G. O professor em construção. Campinas, SP: Papirus, 1993.

PINO, A. O conceito de mediação semiótica em Vygotsky e seu papel na explicação do psiquismo humano. Caderno CEDES, n.24. Pensamento e linguagem: estudos na perspectiva da psicologia soviética, p.32-43, São Paulo: Papirus, 1991.

SAVIANI, D. Escola e democracia. Coleção polêmicas do nosso tempo. 3. ed. São Paulo: Cortez, 1984.

TESTA, M. Análisis de instituciones hipercomplejas.ln: MERHY,E.E. & ONOCKO,R. (orgs) Agir em saúde: um desafio para o público, p.17-70, São Paulo: Hucitec, Buenos Aires: Lugar Ed., 1997.

VALENTE, J.P. Resgatando sentidos. ln: MELO, J. A.C. (org.) Educação: razão e paixão. Rio de Janeiro: ENSP, 1993.

Publicado

2000-12-31

Cómo citar

Garcia, M. A. A. (2000). Saber, agir e educar: o ensino-aprendizagem em serviços de saúde. Revista De Educação PUC-Campinas, (9). Recuperado a partir de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/reveducacao/article/view/409

Número

Sección

Artículos