O problema do vínculo da essência do humano com o deus derradeiro em Heidegger
DOI:
https://doi.org/10.24220/2447-6803v40n1a3235Palavras-chave:
Deus derradeiro. Humano. Origem.Resumo
O artigo presente pretende indicar algumas direções para se pensar a relação entre um deus não metafísico, ou ainda, um deus pós-morte de Deus, na articulação com a essência de um humano que a esse momento histórico espiritual – da morte de Deus –, possa corresponder. Essas indicações, encontramos a partir do escrito póstumo de Martin Heidegger, Contribuições à filosofia: do acontecimento-apropriação (Beiträge zur Philosophie. Vom Ereignis), redigido entre 1936 e 1938. Nesse texto, Heidegger prefigura um deus, o deus da ausência, isto é, um deus que não se pode cultuar, um deus não universal, não metafísico, como a possibilidade de um redimensionamento do vínculo do humano com o divino. A esse deus prefigurado chama de “deus derradeiro” (Der letzte Gott). O “deus derradeiro” de Heidegger atende a um pensar que se dispõe a abandonar as categorias que delineiam os traços de uma relação cristalizada entre humano e divino, configurando uma abertura à origem, ao movimento que inicia uma relação, e que a iniciando pode dar a pensar o vínculo primordial da essência do humano com o divino, o “totalmente outro”. O que queremos indicar, a partir disso, é de que modo origem e “deus derradeiro” podem coincidir na e desde a tarefa do pensamento.
Palavras-chave: Deus derradeiro. Humano. Origem.
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Referências
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