Campi Universitários e repercussões morfológicas em cidades de pequeno porte

Autores/as

  • Bruna Cristina Lermen Universidade Federal do Rio Grande do Sul | Centro de Ciências Sociais Aplicadas | Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional https://orcid.org/0000-0002-0947-5251
  • Fábio Lúcio Lopes Zampieri Universidade Federal do Rio Grande do Sul | Centro de Ciências Sociais Aplicadas | Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional https://orcid.org/0000-0002-8020-4083
  • Clarice Maraschin Universidade Federal do Rio Grande do Sul | Centro de Ciências Sociais Aplicadas | Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional https://orcid.org/0000-0001-5360-9686

DOI:

https://doi.org/10.24220/2318-0919v20e2023a5432

Palabras clave:

Configuração espacial , Sintaxe Espacial, Crescimento urbano, Universidades

Resumen

A descentralização de instituições de ensino superior e suas implantações em cidades de pequeno porte tendem a ocasionar impactos de diversas ordens. Campi universitários atuam como polos geradores de tráfego, modificando a dinâmica socioespacial das cidades a partir de tais empreendimentos e, sobretudo, pelas ações comandadas pelo mercado imobiliário. O objetivo deste artigo é analisar as transformações na configuração espacial de cidades de pequeno porte a partir da implantação desses equipamentos de ensino. Questiona-se: quais as possíveis consequências da implantação dos campi
universitários na evolução da configuração espacial de cidades de pequeno porte? A metodologia adota a modelagem espacial através da teoria da Sintaxe Espacial. A análise sintática constitui um modo de leitura sistemático da estrutura das cidades e
suas dinâmicas, permitindo a compreensão das propriedades configuracionais da cidade objeto de estudo e suas alterações ao longo dos anos. O estudo empírico do trabalho é o município de Frederico Westphalen, Rio Grande do Sul, analisado em quatro períodos de seu crescimento urbano. As medidas sintáticas de Integração Global, Local e Choice são utilizadas como indicadores de acessibilidade e centralidade configuracional. Os resultados evidenciam um impacto de crescimento da malha urbana nas regiões próximas dos campi analisados, com características de descontinuidade e fragmentação.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

BAUMGARTNER, W. H. Universidades públicas como agentes de desenvolvimento urbano e regional de cidades médias e pequenas: uma discussão teórica, metodológica e empírica. GeoTextos, v. 11, n. 1, p. 91-111, 2015. Doi: http://dx.doi.org/10.9771/1984-5537geo.v11i1.12013

CUTINI, V. Configuration and Centrality: Some evidence from two Italian case studies. In: INTERNATIONAL SPACE SYNTAX SYMPOSIUM, 3., 2001, Atlanta. Anais [...]. Atlanta: Stati Uniti D’America, 2001.

CROWTHER, D.; ECHENIQUE, M. Desarrollo de um modelo de estructura espacial. In: MARTIN, L. et al. (org.). La Estructura Del Espacio Urbano. Barcelona: G. Gili, 1975. p. 249-307.

GEREMIA, A. Efeitos na malha urbana ocasionados pela duplicação de rodovias: análise da resiliência urbana sob a perspectiva da Sintaxe Espacial. 2018. Dissertação (Mestrado em Planejamento Urbano e Regional) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2018.

GIL, J. Space Syntax Toolkit – versão 0.2.1. Laboratório de Sintaxe Espacial, The Bartlett, UCL, 2018. Disponível em: https://github.com/SpaceGroupUCL/qgisSpaceSyntaxToolkit. Acesso em: 8 mar.2019.

HILLIER, B. et al. Space syntax. Environment and planning B: Planning and design, v. 3, n. 2, p. 147-185, 1976.

HILLIER, B. Space is the machine: A Configurational Theory of Architecture. Cambridge: Cambridge University Press, 2007.

HILLIER, B.; HANSON, J. The social logic of space. Cambridge, Inglaterra: Cambridge University Press, 1984.

HILLIER, B.; VAUGHAN, L. The city as one thing. Progress in Planning, v. 67, n. 3, p. 205-230, 2007. Disponível em: http://discovery.ucl.ac.uk/3272/. Acesso em: 23 abr. 2019.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo 2010: Frederico Westphalen. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/rs/fredericowestphalen.html. Acesso em: 12 abr. 2019.

MARASCHIN, C. Shopping Centers e estrutura espacial urbana. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL LARES, 8., 2008, São Paulo. Anais [...]. São Paulo: LARES, 2008. Disponível em: http://lares.org.br/2008/img/Artigo016-Maraschin.pdf. Acesso em: 2 jun. 2019.

PANERAI, P. Análise Urbana. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2006.

PORTA, S. et al. Street Centrality and Densities of Retail and Services in Bologna, Italy. Environment and Planning B: Planning and Design, v. 36, n. 3, p. 450-465. 2009. Doi: https://doi.org/10.1068/b34098

PORTUGAL, L. S.; GOLDNER, L. G. Estudo de polos geradores de tráfego e de seus impactos nos sistemas viários e de transportes. São Paulo: Edgard Blücher, 2003.

RECHE, D. A produção do espaço urbano de pequenas cidades no contexto regional de inserção da Universidade Federal da Fronteira Sul. 2018. Dissertação (Mestrado em Planejamento Urbano e Regional) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2018.

RIGATTI, D. Do espaço projetado ao espaço vivido: Modelos de morfologia urbana no Conjunto Rubem Berta. 1997. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1997.

RIGATTI, D. Loteamentos, expansão e estrutura urbana. Revista Paisagem e Ambiente, n. 15, p. 35–69, 2002.

RORATO, G. Z. Expansão do ensino superior federal, atores territoriais e emergência de novas escalas de poder e gestão: a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). 2016. Tese (Doutorado em Planejamento Urbano e Regional) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2016.

SALAMONI, G. F. O crescimento urbano por extensão e suas repercussões morfológicas em estruturas urbanas: Estudo de caso Santa Maria, RS. 2008. Dissertação (Mestrado em Planejamento Urbano e Regional) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2008.

SILVA JUNIOR, S.; FERREIRA, M. A. G. Rodovias em áreas urbanizadas e seus impactos na percepção dos pedestres. Sociedade & Natureza, v. 20, p. 221-237, 2008.

SILVEIRA, I. T. Análise de Polos Geradores de Tráfego Segundo sua Classificação, Área de Influência e Padrões de Viagem. 1991. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Transportes) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1991.

UGALDE, C. M. Movimento e Hierarquia Espacial na Conurbação: O caso da região Metropolitana de Porto Alegre. 2013. 473 f. Tese (Doutorado em Planejamento Urbano e Regional) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2013.

WIEWEL, W.; PERRY, D. C. Global Universities and Urban Development. Case studies and analysis. Cambridge: Lincoln Institute; M.E.Sharpe, 2008. 338p.

VAUGHAN, L. The spatial syntax of urban segregation. Progress in Planning, v. 67, n. 3, p. 205-294, 2007.

VARGAS, H. C. Comércio: Localização Estratégica ou Estratégia na Localização, São Paulo. 1992. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1992.

VAROUDIS, T. DepthmapX Multi-Platform Spatial Network Analysis Software (Version 0.35). London: Space Syntax Laboratory, UCL, 2016. Disponível em: http://archtech.gr/varoudis/depthmapX/.Acesso em: 12 abr. 2019.

VILLAÇA, F. Espaço intra-urbano no Brasil. 2. ed. São Paulo: Studio Nobel, 2001.

Publicado

2023-12-20

Cómo citar

Lermen, B. C., Zampieri, F. L. L., & Maraschin, C. (2023). Campi Universitários e repercussões morfológicas em cidades de pequeno porte. Oculum Ensaios - ISSNe 2318-0919, 20, 1–20. https://doi.org/10.24220/2318-0919v20e2023a5432

Número

Sección

Artículo de Investigación