Hipovitaminose A em pré-escolares de creches públicas do Recife

indicadores bioquímico e dietético

Autores

  • Taciana Fernanda dos Santos FERNANDES Departamento de Nutrição, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Pernambuco.
  • Alcides da Silva DINIZ Departamento de Nutrição, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Pernambuco.
  • Poliana Coelho CABRAL Doutoranda em Nutrição, Departamento de Nutrição, Universidade Federal de Pernambuco.
  • Rejane Santana OLIVEIRA Centro de Investigação em Micronutrientes (CIMICRON), Universidade Federal da Paraíba.
  • Margarida Maria de Freitas LÓLA Centro de Investigação em Micronutrientes (CIMICRON), Universidade Federal da Paraíba.
  • Solange Maria Miranda SILVA Centro de Investigação em Micronutrientes (CIMICRON), Universidade Federal da Paraíba.
  • Patrick KOLSTEREN Head of Nutrition and Child Health Unit, Prince Leopold Institute of Tropical Medicine.

Palavras-chave:

deficiência de vitamina A, ingestão de nutrientes, pré-escolares

Resumo

Objetivo
Estimar a prevalência de hipovitaminose A em pré-escolares de creches públicas da cidade do Recife, Estado de Pernambuco, Brasil.
Métodos
Estudo de corte transversal, envolvendo 311 crianças menores de cinco anos, de ambos os sexos, aleatoriamente selecionadas, e avaliadas pelos indicadores bioquímico (retinol sérico), dietético (inquérito de consumo alimentar) e antropométrico (peso/idade, altura/idade e peso/altura).
Resultados
A prevalência de níveis de retinol sérico baixos (<0,70µmol/L) foi de 7,0%, caracterizando a deficiência de vitamina A como problema de saúde pública do tipo leve, segundo critérios da Organização Mundial de Saúde. Cerca de 78,0% das crianças apresentaram adequação do consumo de vitamina A, considerando-se as cifras recomendadas pela Dietary Reference Intakes, 2001. A distribuição dos níveis séricos de retinol e do consumo alimentar de vitamina A foi homogênea, segundo o sexo. No entanto, crianças na faixa etária de 12 a 48 meses mostraram menor consumo de alimentos fonte de vitamina A em relação às crianças das demais faixas etárias (p<0,05). A prevalência de baixo peso foi de 7,5%, de retardo do crescimento linear de 8,1% e de desnutrição aguda de 1,8%. A hipovitaminose A não mostrou correlação com a desnutrição energético-protéica (p>0,05). O consumo dietético de vitamina A mostrou sensibilidade reduzida (43,0%) e baixíssimo valor preditivo positivo (6,8%) no diagnóstico da hiporretinolemia.
Conclusão
A identificação de grupos populacionais vulneráveis, bem como a seleção de indicadores fidedignos do estado nutricional de vitamina A, são elementos essenciais para o diagnóstico e o planejamento de ações visando à prevenção e ao controle dessa carência nutricional específica.

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Publicado

02-10-2023

Como Citar

FERNANDES, T. F. dos S. ., DINIZ, A. da S. ., CABRAL, P. C. ., OLIVEIRA, R. S. ., LÓLA, M. M. de F., SILVA, S. M. M. ., & KOLSTEREN, P. (2023). Hipovitaminose A em pré-escolares de creches públicas do Recife: indicadores bioquímico e dietético. Revista De Nutrição, 18(4). Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/nutricao/article/view/9930

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS