Doença celíaca, hábitos e práticas alimentares e qualidade de vida

Autores/as

  • Halina Mayer Chaves ARAÚJO Universidade de Brasília
  • Wilma Maria Coelho ARAÚJO Universidade de Brasília
  • Raquel Braz Assunção BOTELHO Assunção BOTELHO Universidade de Brasília
  • Renata Puppin ZANDONADI Universidade de Brasília

Palabras clave:

Alergias alimentares, Doença celíaca, Hábitos alimentares, Intolerância ao glúten, Qualidade de vida

Resumen

Esta comunicação apresenta o cenário da doença celíaca e suas implicações em hábitos, práticas alimentares e qualidade de vida de indivíduos intolerantes ao glúten. Apresenta dados importantes sobre a questão que, mundialmente, é considerada problema de saúde pública. Por ser uma doença cujo tratamento é fundamentalmente dietético, a terapia durante a transição alimentar deve ser bem conduzida pelo nutricionista para melhor adesão do paciente à dieta, considerando que a inclusão de novas práticas alimentares pode significar uma ruptura com a identidade individual e cultural: a alimentação de cada cidadão não pode ser deslocada da sociedade. Nesse contexto, a melhoria da qualidade de vida passa a ser um dos resultados esperados tanto das práticas assistenciais quanto das políticas públicas para o setor nos campos da promoção da saúde e da prevenção de doenças. A vigilância sanitária contempla as ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde. O conhecimento do cenário da doença celíaca no País se justifica pela necessidade de fundamentar as ações da política de alimentação e nutrição ancoradas no conceito de alimentação saudável com ênfase na dieta isenta de glúten. Os artigos pesquisados foram selecionados nas bases de dados MedLine e SciELO, considerando o período de 1995 a 2006.

Citas

Sdepanian VL, Morais MB, Fagundes-Neto U. Doença celíaca: a evolução dos conhecimentos desde sua centenária descrição original até os dias atuais. Arq Gastroenterol. 1999; 36(4):244-57.

Pratesi R, Gandolfi L. Doença celíaca: a afecção com múltiplas faces. J Pediatr. 2005; 81:357-8.

Catassi C, Fornaroli F, Fasano A. Celiac disease: from basic immunology to bedside practice. Clin Appl Immunol Rev. 2002; 3(2):61-71.

Gandolfi L, Pratesi L, Cordoba JC, Tauil Pl, Gasparin M, Catassi C. Prevalence of celiac disease among blood donors in Brazil. Am J Gastroenterol. 2000; 95:689-92.

Rauen MS, Back JCV, Moreira EAM. Doença celíaca: sua relação com a saúde bucal. Rev Nutr. 2005; 18(2):271-6. doi: 10.1590/S141552732005000200011.

Garcias SG. Rastreamento de prováveis casos de doença celíaca entre pacientes adultos usuários de laboratórios de análises clínicas em Hospital Geral, no Distrito Federal [dissertação]. Brasília: Universidade de Brasília; 1999.

Modelli ICS. Rastreamento de prováveis casos de doença celíaca entre crianças usuárias de laboratório de análises clínicas em Hospital Geral, no Distrito Federal [dissertação]. Brasília: Universidade de Brasília; 2001.

Pratesi R, Gandolfi L, Garcia SG, Modelli IC, Almeida PL. Prevalence of coeliac disease: unexplained age-related variation in the same population. Scand J Gastroenterol. 2003; 38:747-50.

Thompson T, Dennis M, Higgins LA, Lee AR, Shavrett MK. Gluten-free diet survey: are Americans with celiac disease consuming recommended amounts of fibre, iron, calcium and grain foods? J Hum Nutr Diet. 2005; 18:163-9.

Pratesi R, Gandolfi L. Doença celíaca: a afecção com múltiplas faces. J Pediatr. 2005; 81(5): 357-8.

Sdepanian VL, Morais MB, Fagundes-Neto U. Doença celíaca: a evolução dos conhecimentos desde sua centenária descrição original até os dias atuais. Arq Gastroenterol. 1999; 36(4):244-57.

Brasnki D, Troncone R. Celiac disease: a reappraisal. J Pediatr. 1998, 133:181-7.

Picolloto FMBB. Determinação do teor de glúten por ensaio imunoenzimático em alimentos industrializados [tese]. São Paulo: Faculdade de Engenharia de Alimentos; 2002.

Food and Agriculture Organization of the United Nations. Codex Alimentarium Commission. Proposed draft revised standard for gluten-free foods (At Step 5 of the Procedure). In: Food and Agriculture Organization of the United Nations. Codex Alimentarium Commission. Codex alimentarius. Report of the 20th Session of the Codex Committee on Nutrition and Foods for Special Dietary Uses; Bonn-Bad 1997 October 7-11; Godesberg, Germany. Roma: FAO; 1997. p.5-6, 33-41. (ALINORM 97/26).

Sdepanian VL, Morais MB, Fagundes-Neto U. Doença celíaca: avaliação da obediência à dieta isenta de glúten e do conhecimento da doença pelos pacientes cadastrados na Associação dos Celíacos do Brasil (ACELBRA). Arq Gastroenterol. 2001; 38(4):232-9.

Cranney A, Zarcadas M, Graham ID, Switzer C. The Canadian celiac health survey: the Ottawa chapter pilot. In: Butterworth JR, Banfield LM, Iqbal TH, Cooper BT. Factors relating to compliance with a gluten-free diet in patients with celiac disease: comparison of with Caucasian and South Asian patients. Clin Nutr. 2004; 23(5):1-8.

Sood A, Midha V, Sood N, Malhotra V. Adult celiac disease in Northern India. In: Butterworth JR, Banfield LM, Iqbal TH, Cooper BT. Factors relating to compliance with a gluten-free diet in patients with celiac disease: comparison of with Caucasian and South Asian patients. Clin Nutr. 2004; 23(5):1-8.

Lamontagne P, West GE, Galibois I. Quebecers with celiac disease: analysis of dietary problems. Can J Diet Pract Res. 2001; 62(4):175-80.

Zarcadas M, Case S. The gluten-free diet: its impact on the quality of life of adult patients with celiac disease. In: Zarcadas M, Case S. Celiac disease and the Gluten-free Diet. Top Clin Nutr. 2005; 20(2): 127-38.

Associação de Celíacos do Brasil. [acesso 2004 nov 15]. Disponível em: <http://www.acelbra.org.br>.

Botelho RBA. Culinária regional: o Nordeste e a alimentação saudável [tese]. Brasília: Universidade de Brasília; 2006.

Garcia RWD. Práticas e comportamento alimentar no meio urbano: um estudo no centro da cidade de São Paulo. Cad Saúde Pública. 1997; 13(3): 455-67.

Poulain JP, Proença RPC. Reflexões metodológicas para o estudo das práticas alimentares. Rev Nutr. 2003; 16(4):365-86. doi: 10.1590/S1415-52732003000400011.

Rogerson RJ. Environmental and health-related quality of life: conceptual and methodological similarities. In: Seidl EMF, Zannon CMLC. Qualidade de vida e saúde: aspectos conceituais e metodológicos. Cad Saúde Pública. 2004; 20(2):580-8.

Schuttinga JA. Quality of life from a federal regulatory perspective. In: Seidl EMF, Zannon CMLC. Qualidade de vida e saúde: aspectos conceituais e metodológicos. Cad Saúde Pública. 2004; 20(2):580-8.

Teixeira-Salmela LF, et al. Adaptação do perfil de saúde de Nottingham: um instrumento simples de avaliação da qualidade de vida. Cad Saúde Pública. 2004; 20(4):905-14.

Organización Panamericana de la Salud. La crisis de la salud pública: Reflexiones para el debate. In: Costa EA. Vigilância sanitária e proteção da saúde. [acesso 2006 maio 15]. Disponível em: <http://www.saude.ba.gov.br/conferencia>.

Costa, EA. Vigilância Sanitária e Proteção da Saúde. [acesso 2006 jun 1]. Disponível em: <http://www.saude.ba.gov.br/conferencia>.

Mancuso RC. Interesses difusos: conceito e legitimação para agir. In: Costa, EA. Vigilância sanitária e proteção da saúde. [acesso 2006 jun 1]. Disponível em: <http://www.saude.ba.gov.br/conferencia>.

Publicado

2023-08-28

Cómo citar

Mayer Chaves ARAÚJO, H. ., Coelho ARAÚJO, W. M. ., Assunção BOTELHO, R. B. A. B., & Puppin ZANDONADI, R. . (2023). Doença celíaca, hábitos e práticas alimentares e qualidade de vida. Revista De Nutrição, 23(3). Recuperado a partir de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/nutricao/article/view/9382