ALFACE MINIMAMENTE PROCESSADA: UMA REVISÃO

Autores/as

  • Liliane Corrêa MAISTRO Universidade Metodista de Piracicaba

Palabras clave:

minimamente processados, alface, vida-de-prateleira, qualidade, produção de alimentos, embalagem de alimentos

Resumen

Segurança e qualidade na produção de alimentos frescos são dependentes da microflora. Cada etapa da cadeia de produção desde o plantio até o consumo final influencia a qualidade microbiológica do alimento. Manipulação inadequada e ausência de procedimentos adequados, como a não sanitização dos equipamentos utilizados no beneficiamento, levam a um incremento do crescimento microbiano, podendo comprometer a qualidade e segurança de frutas e vegetais frescos. Por razões de ordem econômica e higiênica, o consumo de vegetais frescos pré-preparados, “prontos para consumo” (ready-to-eat), tornou-se bastante popular, pois se encontram disponíveis já higienizados e embalados nos mais diversos formatos, isto é, minimamente processados. Etapas de processamento como a picagem e o corte normalmente incrementam a população de microorganismos, diminuindo, conseqüentemente, a vida-de-prateleira do alimento. A utilização de técnicas para estender a vida-de-prateleira de um produto alimentício pode incrementar os riscos com problemas correlacionados com a segurança alimentar. O uso adequado de desinfetantes pode complementar um programa de sanitização, mas pode não obter sucesso absoluto na erradicação de microorganismos patogênicos em alimentos pré-contaminados. O objetivo desta revisão é apresentar os principais aspectos envolvendo a qualidade e segurançana produção da alface picada minimamente processada. 

Citas

AHVENAINEN, R. New approaches in improving the shelf life of minimally processed fruits and vegetables. Trends in Food Science and Technology, v.7, n.6, p.179-187, 1996.

BALLANTYNE, A., STARK, R., SELMAN, J. D. Modified atmosphere packing of shredded lettuce. International Journal of Food Science and Technology, v.23, n.2, p.267-274, 1998.

BIASI, L.A., LIMA, M.R., GABARDO, N.P., SCHMID, M.L., MARTHAUS, P.S., ZAMBON, F.R.A. Competição de cultivares de alface na região metropolitana de Curitiba. Horticultura Brasileira, v.9, n.1, p.14-15, 1991.

BLEINROTH, E.W. Armazenamento de frutas e hortaliças: fundamentos teóricos da conservação pelo frio das frutas e hortaliças. Boletim do Ital, Campinas, v.34, p.35-53, 1973.

BOLIN, H. R., HUXSOLL, C.C. Effect of preparation procedures and storage parameters on quality retention of salad cut lettuce. Journal of Food Science, Chicago, v.56, n.1, p.60-67, 1991.

BRACKETT, R.E. Shelf stability and safety of fresh produce as influenced by sanitation and disinfection. Journal of Food Protection, v.55, n.10, p.808-814, 1992.

CAMARGO FILHO, W.P., MAZZEI, A.R. Hortaliças prioritárias no planejamento da produção orientada: estacionalidade da produção e dos preços. Informações Econômicas-IEA, São Paulo, v.24, n.12, 1994.

CHINNAN, M.S. Modeling gaseous envinroment and physicalchemical changes of fresh fruit and vegetables in modified atmospheric storage. In: JEN, J.J. (Ed.). Quality Factors of fruits and vegetables. Washington DC : American Chemical Society, 1989. p.189-210.

CHITARRA, M.I.F., CHITARRA, A.B. Pós-colheita de frutas e hortaliças: fisiologia e manuseio. São Paulo : Nagy, 1990. 320p.

CONTI, J.H. Caracterização de cultivares de alface (Lactuca sativa L.) adaptadas aos cultivos de inverno e verão. São Paulo, 1994. 107p. Dissertação (Mestrado em Genética e Melhoramento de Plantas) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, 1994.

ESKIN, N.A.N. Biochemical changes in raw foods: fruits and vegetables. In: BIOCHEMISTRY of foods. San Diego : Academic Press, 1991. p.71-165.

EXAMA, A., ARUL, J., LENCKI, R.W., LEE, L.Z., TOUPIN, C. Suitability of plastics films for modified atmosphere packing of fruits and vegetables. Journal of Food Science, Chicago, v.58, n.6, p.1365-1370, 1993.

FARIA, J.A.F. Estabilidade de alimentos em embalagens plásticas. Apostila da Disciplina TP - 244 - Embalagem e Estabilidade de Alimentos. Campinas : Faculdade de Engenharia de Alimentos, Unicamp, 1990. 84p.

GARG, N., CHUREY, J.J., SPLITTSTOESSER, D.F. Effect of processing conditions on the microflora of fresh-cut vegetables. Journal of Food Protection, v.53, n.8, p.701-703, 1990.

HEIMDAL, H., KUHN, B.F., POLL, L., LARSEN, L.M. Biochemical changes and sensory quality of shredded and ma - package iceberg lettuce. Journal of Food Science, Chicago, v.60, n.6, p.1265-1268, 1995.

HOTCHKISS, J.H. Experimental approaches to determining the safety of food packed in modified atmospheres. Food Technology, Chicago, v.42, n.9, p.55-64, 1988.

HURST, W.C., SCHULLER, G.A. Fresh produce processing: an industry perspective. Journal of Food Protection, v.55, n.10, p.824-827, 1992.

HYDO, H., KURODA, H., YANG, S.F. Introduction of phenylanine ammonia-liase and increase in phenolics in lettuce leaves in relation to the development of Russet Spotting caused by ethylene. Plant Physiology, Lancaster, v.62, n.1, p.31-35, 1978.

KE, D., SALTVEIT, M.E. Developmental control of Russet Spotting, phenolic enzymes, and IAA oxidase in cultivares of iceberg lettuce. Journal of American Society Horticultural Science, Alexandria (USA), v.114, n.3, p.472-477, 1978.

LEITÃO, M.F. et al. Eficiência de desinfetantes na redução da contaminação bacteriana da alface. Boletim do ITAL, Campinas, v.18, n.2, p.201-226, 1981.

LINDIQUIST, K.B. In the origin of cultivated lettuce. Hereditas, Lund, v.46, p.319-350, 1960.

MARTINEZ, M.V., WHITAKER, J.R. The biochemistry and control of enzymatic browning. Trends in Food Science and Technology, v.6, n.6, p.195-200, 1995.

MATHEW, A.G., PARPIA, H.A.B. Food browning as a polyphenoloxidase reaction. Advances in Food Research, San Diego, v.19, n.1, p.75-145, 1971.

OHTA, H., SUGAWARA, W. Influence of processing and storage conditions on quality stability of shredded lettuce. Journal of Japanese Society Food Science and Technology, Tokyo, v.34, n.7, p.432, 1987.

PONTING, J.D. The control of enzymatic browning of fruits. In: SCHULTZ, H.W. (Ed.). Food Enzymes. Westport : AVI Publishers, 1960. p.105-124.

REED, G., UNDERKOFLER, L.A. Enzymes in food processing. New York : Academic Press, 1966. 483p.

SHEWFELT, R.L., HEATON, E.K., BATAL, K.M. Non destructive color measurement of fresh broccoli. Journal of Food Science, Chicago, v.49, n.8, p.1612, 1987. SKURA, B.J., POWRIE, W.D. Modified atmosphere packing of fruits and vegetables. In: VEGETABLE processing. New York : VCH Publishers, 1995. 279p.

SWANSON, B.G., BERRIOS, J.J., PATTERSON, M.E. Selection of packing materials for minimally processed foods: safety considerations. In: ATTERSSON, M.E. (Ed.). Advances in minimally processed food packing. [s.l.] : Blackin Academic and Professional, 1995. 465p.

WATADA, A.E., KAZUHIRO, A., YAMUCHI, N. Physiological activities of partially processed fruits and vegetables. Food Technology, Chicago, v.44, n.5, p.116-122, 1990.

Publicado

2001-12-25

Cómo citar

Corrêa MAISTRO, L. . (2001). ALFACE MINIMAMENTE PROCESSADA: UMA REVISÃO. Revista De Nutrição, 14(3). Recuperado a partir de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/nutricao/article/view/8990

Número

Sección

ARTIGOS DE REVISÃO