Sentidos atribuídos à adoção da amamentação nos dois primeiros anos de vida da criança: estudo com mulheres de dois municípios do Recôncavo da Bahia

Authors

  • Franklin DEMÉTRIO Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
  • Maria da Conceição Monteiro da SILVA Universidade Federal da Bahia
  • Sandra Maria CHAVES-dos-SANTOS Universidade Federal da Bahia
  • Ana Marlúcia Oliveira ASSIS Universidade Federal da Bahia

Keywords:

Breastfeeding, Suckling, Child nutrition, Prenatal nutrition, Qualitative research

Abstract

Objective
This study aimed to determine the maternal meanings attributed to breastfeeding during the child’s first two years of life.

Methods
This qualitative, exploratory and analytical study involved mothers that participated in a cohort from a larger study done in the municipalities of Mutuipe and Laje in the Recôncavo area of the State of Bahia, Brazil. The methodological resources included thorough individual interviews and thematic analysis. The meanings were analyzed by the theoretical framework of sociological phenomenology.

Results
The meanings stated by the mothers show the singularity of breastfeeding, the importance of family, spousal and health practitioner support, and knowledge about the benefits of breastfeeding for the mother’s and child’s health and nutritional status.

Conclusion
The meanings attributed to breastfeeding in the child’s first two years of life reflected the influences of complex networks of social relationships of the mother’s social and cultural context and of the scientific and biomedical discourse.

References

World Health Organization. Indicators for assessing infant and young child feeding practices. Conclusions of consensus meeting held 6-8 November 2007. Washington (DC): WHO; 2007.

United Nations Children’s Fund. Baby friendly initiative. The effectiveness of baby friendly accreditation in increasing breastfeeding rates. London: UNICEF [cited 2010 Oct 23]. Available from <http://www.unicef.org.uk/BabyFriendly/Newsand-Research/Research/Baby-Friendly-Initiative/Baby-Friendly-accreditation-increasesbreastfeeding-rates/>.

Martins EJ, Giugliani ER. Which women breastfeed for 2 years or more? J Pediatr. 2012; 88(1):67-73.

Almeida JAG, Novak FR. Amamentação: um híbrido natureza-cultura. J Pediatr. 2004; 80(Supl 5): S119-S25.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. II Pesquisa de prevalência de aleitamento materno nas capitais brasileiras e Distrito Federal. Brasília: MS; 2009.

Baptista GH, Andrade AHHKG, Giolo SR. Fatores associados à duração do aleitamento materno em crianças de famílias de baixa renda da Região Sul da cidade de Curitiba, Paraná, Brasil. Cad Saúde Pública. 2009; 25(3):596-604.

Caminha MFC, Serva VB, Arruda IKG, Batista Filho M. Aspectos históricos, científicos, socioeconômicos e institucionais do aleitamento materno. Rev Bras Saúde Matern Infant. 2010; 10(1):25-37.

Demétrio F, Pinto EJ, Assis AMO. Fatores associados à interrupção precoce do aleitamento materno: um estudo de coorte de nascimento em dois municípios do Recôncavo da Bahia, Brasil. Cad Saúde Pública. 2012; 28(4):641-54. doi: 10.1590/S0102-311X2012000400004.

Schmied V, Beake S, Sheehan A, McCourt C, Dykes F. Women’s perceptions and experiences of breastfeeding support: a metasynthesis. Birth. 2011; 38(1):49-60. doi: 10.1111/j.1523-536X.2 010.00446.x.

Bosi MLM, Machado MT. Amamentação: um resgate histórico. Cad ESP. 2005; 1(1):17-25.

Araújo RMA, Almeida JAG. Aleitamento materno: o desafio de compreender a vivência. Rev Nutr. 2007; 20(4):431-8. doi: 10.1590/S1415-52732007000400010.

Sandre-Pereira G, Colares LGT, Carmo MGT, Soares EA. Conhecimentos maternos sobre amamentação entre puérperas inscritas em programa de pré-natal. Cad Saúde Pública. 2000; 16(2):457-66.

Trostle JA. Epidemiology and culture. Cambridge: University Press; 2005.

Barona-Vilar C, Escribá-Aguir V, Ferrero-Gandía R. A qualitative approach to social support and breastfeeding decisions. Midwifery. 2007; 25(2):187-94. doi:10.1016/j.midw.2007.01.013.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE cidades. Brasília: IBGE [acesso 2008 ago 31]. Disponível em:

http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1>.

Schutz A. Fenomenologia e relações sociais. Rio de Janeiro: Zahar; 1979.

Souza MHN, Souza IEO, Tocantins FR. Abordagem da fenomenologia sociológica na investigação da mulher que amamenta. Rev Enferm UERJ. 2009; 17(1):52-6.

Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 12ª ed. São Paulo: Hucitec; 2010.

Fontanella BJB, Luchesi BM, Saidel MGB, Ricas J, Turato ER, Melo DG. Amostragem em pesquisas qualitativas: proposta de procedimentos para constatar saturação teórica. Cad Saúde Pública. 2011; 27(2):389-94. doi: 10.1590/S0102-311X2011000200020.

Machado MMT, Bosi MLM. Compreendendo a prática do aleitamento exclusivo: um estudo junto a lactantes usuárias da Rede de Serviços em Fortaleza, Ceará, Brasil. Rev Bras Saúde Matern Infant.2008; 8(2):187-96.

Kandel L. Reflexões sobre o uso da entrevista, especialmente a não-diretiva, e sobre as pesquisas de opinião. In: Thiollent MJM. Crítica metodológica, investigação social e enquete operária. 5ª ed. São Paulo: Polis; 1987.

Boltanski L. As classes sociais e o corpo. Rio de Janeiro: Graal; 1989.

Demétrio F, Paiva JB, Fróes AAG, Freitas MCS, Santos LAS. A nutrição clínica ampliada e a humanização da relação nutricionista-paciente: contribuições para reflexão. Rev Nutr. 2011; 24(5):663-796. doi: 10.1590/S1415-52732011000500008.

Nakano AMS. As vivências da amamentação para um grupo de mulheres: nos limites do ser “o corpo para o filho” e de ser “o corpo para si”. Cad Saúde Pública. 2003; 19(Supl 2):S355-S63.

Fujimori E, Nakamura E, Gomes MM, Jesus LA, Rezende MA. Aspectos relacionados ao estabelecimento e manutenção do aleitamento materno exclusivo na perspectiva de mulheres atendidas em uma maternidade básica de saúde. Interface. 2010;

(33):315-27.

Barreira SMC, Machado MFAS. Amamentação: compreendendo a influência familiar. Acta Scientiarum Health Sci. 2004; 26(1):11-20.

Assis AMO, Prado MS, Freitas MCS, Silva RCR, Ramos LB, Machado AD. Prática do aleitamento materno em comunidades rurais do semi-árido baiano. Rev Saúde Pública. 1994; 28(5):380-4.

Lynch S, Bethe J, Chowdhury N, Moore JB. Rural and urban breastfeeding initiation trends in lowincome women in North Carolina from 2003 to 2007. J Hum Lact. 2012; 28(2):226-32. doi:10.1177/0890334411430086.

Moussa Abba A, De Koninch M, Hamelin AM. A qualitative study of the promotion of exclusive breastfeeding by health professionals in Niamey, Niger. Inter Breastfeeding J. 2010; 5(8):1-7. doi:10.1186/1746-4358-5-8.

Leite AM, Silva IA, Scochi CGS. Comunicação nãoverbal: uma contribuição para o aconselhamento em amamentação. Rev Latino-Am Enfermagem. 2004; 12(2):258-64.

American Academy of Pediatrics. Breastfeeding and the use of human milk. Pediatrics. 2012; 129(3): 827-41.

Silva JMO, Lopes RLM, Diniz NKF. Fenomenologia. Rev Bras Enferm. 2008; 61(2):254-7.

Downloads

Published

2023-04-19

How to Cite

DEMÉTRIO, F., Monteiro da SILVA, M. da C., CHAVES-dos-SANTOS, S. M. ., & Oliveira ASSIS, A. M. . (2023). Sentidos atribuídos à adoção da amamentação nos dois primeiros anos de vida da criança: estudo com mulheres de dois municípios do Recôncavo da Bahia. Brazilian Journal of Nutrition, 26(1). Retrieved from https://periodicos.puc-campinas.edu.br/nutricao/article/view/8376

Issue

Section

ORIGINAL ARTICLE