Descrição sócio-demográfica, laboral e de saúde dos trabalhadores do setor de serviços de alimentação dos restaurantes populares do estado do Rio de Janeiro
Palavras-chave:
Alimentação coletiva, Ambiente de trabalho, Condições de trabalho, TrabalhadoresResumo
Objetivo
Este artigo tem o objetivo de descrever uma população de trabalhadores de alimentação coletiva com foco nos perfis sócio-demográfico, laboral e de saúde.
Métodos
O estudo, do tipo seccional, foi realizado com 426 trabalhadores dos restaurantes populares do Estado do Rio de Janeiro, com um questionário aplicado por entrevistadores treinados. Os testes para fins de verificação de associação foram o qui-quadrado de Pearson, e, alternativamente, o teste exato de Fisher para amostras pequenas.
Resultados
Os homens representaram 62,7% do total de trabalhadores. A idade média dos funcionários foi de 35,1 anos, (DP=10,3). Quanto à escolaridade, somente 11,3% possuíam escolaridade menor que quatro anos e 42,2% entre cinco e oito anos de escolaridade. Os incômodos ambientais apresentaram a seguinte ordem decrescente de importância na percepção dos trabalhadores: temperatura (90,1%), ruído (51,2%), esforço físico (36,2%) e luminosidade (10,5%). Os relatos de doenças com diagnóstico médico apresentaram prevalência de: 15,0% “doença osteomusculares relacionadas ao trabalho (DORT)”; 14,3% hipertensão arterial sistêmica; 12,7%, gastrite e 2,1%, diabete Mellitus tipo II. Em relação aos acidentes de trabalho 20,2% relataram ter sofrido corte, seguido de contusão com 16,0%, nos últimos doze meses.
Conclusão
A análise dos dados permitiu concluir que, embora os diferentes cargos sofram a ação do ambiente de trabalho, da remuneração e da qualificação, estas questões estiveram mais associadas aos auxiliares de serviços gerais.
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