Nutrição e doenças cardiovasculares: os marcadores de risco em adultos

Autores

  • Luiza Carla Vidigal CASTRO Universidade Federal de Viçosa
  • Sylvia do Carmo Castro FRANCESCHINI Universidade Federal de Viçosa
  • Sílvia Eloíza PRIORE Universidade Federal de Viçosa
  • Maria do Carmo Gouveia PELÚZIO Universidade Federal de Viçosa

Palavras-chave:

doenças cardiovasculares, nutrição, marcadores de risco, morbidade, adulto

Resumo

As doenças cardiovasculares contribuem significativamente, como grupo causal, para a taxa de mortalidade em todas as regiões brasileiras, principalmente na Região Sudeste. Além disso, constituem uma das principais causas de permanência hospitalar prolongada e são responsáveis pela principal alocação de recursos públicos em hospitalizações no Brasil. O ônus econômico das doenças cardiovasculares tem crescido exponencialmente nas últimas décadas. O risco de se desenvolver doença cardiovascular é avaliado com base na análise conjunta de características que aumentam a chance do indivíduo vir a apresentar a doença. O conhecimento desses fatores associados ao risco é de grande importância para o estabelecimento de estratégias de prevenção. Este artigo em questão revisa os principais marcadores de risco para doenças cardiovasculares em adultos, relacionados à nutrição, como os antropométricos, dietéticos e bioquímicos. Além disso, enfatiza o impacto destas morbidades na sociedade, bem como a necessidade de serem estabelecidas medidas de prevenção primária no controle das mesmas.

Referências

Barata RCB. O desafio das doenças emergentes e a revalorização da epidemiologia descritiva. Rev Saúde Publica 1997; 31(5):531-7.

Ministério da Saúde. Brasil. Informações em Saúde – Mortalidade. [online] [citado 2000 abr 4] Disponível em: http://www.saude.gov.br/inform/indica/indica

III Diretrizes brasileiras sobre dislipidemias e diretriz de prevenção de aterosclerose do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol 2001; 77 Supl 3:S1-S48.

Grundy SM, et al. Primary prevention of coronary heart disease: guidance from Framingham: a statement for healthcare professionals from the AHA task force on risk reduction. Circulation 1998; 97:1876-87.

Armaganijan D, Batlouni M. Impacto dos fatores de risco tradicionais. Rev Soc Cardiol 2000; 10(6):686-93.

Mendonça GAS. Tendência de investigação epidemiológica em doenças crônicas. Cad Saude Publica 2001; 17(3):697-703.

Krauss RM, et al. AHA Dietary guidelines. Revision 2000: a statement for healthcare professionals from the Nutrition Committee of the American Heart Association. Circulation 2000; 102(31):2284-99.

National Cholesterol Education Program. Summary of the Third Report of the National Cholesterol Education Program Expert Panel on Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults (Adults Treatment Panel III). JAMA 2001; 285:2486-97.

World Health Organization. Physical Status: the use and interpretation of anthropometry. Geneva: WHO; 1995. Report of a WHO Expert Commitee. WHO Report Series 854.

World Health Organization. Obesity: preventing and managing the global epidemic. Geneva: WHO; 1998. Report of a WHO Consultation on Obesity.

Janssen I, Heymsfield SB, Allison DB, Kotler DP, Ross R. Body mass index and waist circumference independently contribute to the prediction of nonabdominal, abdominal subcutaneous, and visceral fat. Am J Clin Nutr 2002; 75:683–8.

Bray GA. Classification and evaluation of the obesities. Med Clin North Am 1989; 73:161-84.

Lee JS, Aoki K, Kawakubo K, Gunji A. A study on indices of body fat distribution for screening for obesity. Sangyo Eiseigkaku Zasshi 1995; 37:9-18.

Lean MEJ, Han TS, Morrison CE. Waist circumference as a measure for indicating need for weight management. Br Med J 1995; 311:158-61.

Egger G. The case for using waist to hip ratio measurements in the routine medical checks. Med J Aust 1992; 156:280-5.

Beegon R, Beegon R, Niaz MA, Singh RB. Diet, central obesity and prevalence of hypertension in the urban population of South India. Int J Cardiol 1995; 51:183-91.

Marti B, Tuomilehto J, Salomaa V, Karto-Vaara L, Korhonen H J, Pietinen P. Body fat distribution in the Finnish population: environmental determinants and predictive power for cardiovascular risk factor levels. J Epidemiol Comm Health 1991; 45:131-7.

Keenan NI, Strogatz DS, James SA, Ammerman AS, Rice BL. Distribution and correlates of waist-to-hip ratio in black adults: the Pitt County Study. Am J Epidemiol 1992; 135(6):678-84.

Pereira R, Sichieri R, Marins VMR. Razão cintura/quadril como preditor de hipertensão arterial. Cad Saude Publica 1999; 15(2):333-44.

Lerario DDG, Gimeno SG, Franco LJ, Iunes M, Ferreira SRG. Excesso de peso e gordura abdominal para síndrome plurimetabólica em nipo-brasileiros. Rev Saude Publica 2002; 36(1):4-11.

Conway JM, Chatnetsa FF, Wang P. Intraabdominal adipose tissue and anthropometric surrogates in African American women with upper and lower body obesity. Am J Clin Nutr 1997; 66:1345-51.

Han TS, Van Leer EM, Seidll JC, Lean ME. Waist circumference action levels in the identification of cardiovascular risk factors: prevalence study in a random sample. Br Med J 1995; 311:1401-5.

Velásquez-Meléndez G, Kac G, Valente JG, Tavares R, Silva CQ, Garcia ES. Evaluation of waist circumference to predict general obesity and arterial hypertension in women in Greater Metropolitan Belo Horizonte, Brazil. Cad Saude Publica 2002; 18(3):765-71.

Cervato AM, Mazzilli RN, Martins IS, Marucci MFN. Dieta habitual e fatores de risco para doenças cardiovasculares. Rev Saude Publica 1997; 31(3):227-35.

Mustad VA, Kris-Etherton PM. Além da redução do colesterol: decifrando os benefícios da intervenção alimentar para a doença cardiovascular. Curr Atheroscler Reports Brasil 2001; 1:2-7.

Schaefer EJ. Lipoproteins, nutrition, and heart disease. Am J Clin Nutr 2002; 75(2): 191-212.

Martins IS, et al. Hábitos alimentares aterogênicos de grupos populacionais em área metropolitana da região sudeste do Brasil. Rev Saude Publica 1994; 28(5):349-56.

Parada NM, Cozza E, Parada JL. Relación entre hábitos alimentarios y niveles de colesterol serico en una populación suburbana de Argentina. Arch Latinoam Nutr 1999; 49(4):333-7.

Fornes NS, et al. Food frequency consumption and Lipoproteins serum levels in the population of na urban area, Brazil. Rev Saude Publica 2000; 34(4):380-7.

Guedes DP, Guedes JERP. Physical activity, cardiorespiratory fitness, dietary content, and risk factor that cause a predisposition towards cardiovascular disease. Arq Bras Cardiol 2001; 77(3):251-7.

Delgado M, Gutierrez A, Cano MD. Elimination of meat, fish and derived products from the Spanish-Mediterranean diet: effect on the plasma lipid profile. Ann Nutr Metab 1996; 40:202-11.

Rajaram S, et al. A Monounsaturated Fatty Acid: rich pecan enriched diet favorable alters the serum lipid profile of healthy men and women. J Nutr 2001; 131:2275-9.

Dewailly E, et al. Relations between n-3 Fatty-Acid status and cardiovascular disease risk factors among Quebecers. Am J Clin Nutr 2001; 74(5):603-11.

Djossé L, et al. Relations between dietary Linolenic Acid and coronary artery disease in the NationalHeart, Lung, and Blood Institute Family Heart Study. Am J Clin Nutr 2001; 74(5):612-9.

Oliveira SP, Tahin QS, Cavalcanti TC. Epidemiologia das doenças isquêmicas do coração: papel da dieta. Rev Nutr PUCCAMP 1991; 4(1/2):146-53.

Fornes NS, Martins IS, Velásquez-Meléndez G, Latorre MRDO. Escores de consumo alimentar e níveis lipêmicos em população de São Paulo, Brasil. Rev Saude Publica 2002; 36(1):12-8.

Keys A. The diet and 15-year death rate in the seven countries study. Am J Epidemiol 1986; 124:903-15.

Monteiro JBR, Rosado LEFL. Nutrição e doenças cardiovasculares. Viçosa: Imprensa Universitária; 1993.

Santos TM. Lipídios. In: Dutra-de-Oliveira JE, Marchini JS. Ciências nutricionais. São Paulo: Sarvier; 1998. p.87-97.

Mustad VA, et al. Reducing saturated fat intake is associated with increased levels of LDL receptors on mononuclear cells in healthy men and women.J Lipid Res 1997; 38:459-68.

Caggiula AW, Mustad VA. Effects of dietary fat and fatty acids on coronary artery disease risk and total and lipoprotein cholesterol concentrations: epidemiologic studies. Am J Clin Nutr 1997; 65(Suppl):1597s-610s.

Mattson FH, Erickson BA, Kligman AM. Effect of dietary cholesterol on serun cholesterol in man. Am J Clin Nutr 1972; 25:589-94.

Moura EC, Sonati JG. Perfil lipídico de dietas e sua relação com os níveis de colesterolemia em escolares de uma escola pública de Campinas, São Paulo [Brasil]. Rev Nutr 1998; 11(1):69-75.

Schulte H, Cullen P, Assmann G. Obesity, mortality and cardiovascular disease in the Munster Heart Study (PROCAN). Atherosclerosis 1999; 144:199-209.

Kannel WB. The Framingham Study: its 50 years legacy and future promise. J Atheroscler Thromb 2000; 6:60-6.

Bertolami MC. A conexão entre as lipoproteínas e a aterosclerose. Rev Soc Cardiol 2000; 10(6):694-9.

Gold AL, et al. Cholesterol reduction yields clinical benefit: impact of statin trials. Circulation 1998; 97:946-52.

Santos RD, Maranhão RC. Importância da lipoproteína(a) na aterosclerose. Rev Soc Cardiol 2000; 10(6):723-7.

Danesh J, et al. Low grade inflammation and coronary heart disease: prospective study and updated meta-analyses. Br Med J 2000; 321:199-204.

Ridker PM. High-Sensitivity C-Reactive protein: potential adjunct for global risk assessment in the primary prevention of cardiovascular disease. Circulation 2001; 103:1813-8.

Downloads

Publicado

11-08-2023

Como Citar

Vidigal CASTRO, L. C. ., Castro FRANCESCHINI, S. do C. ., PRIORE, S. E. ., & Gouveia PELÚZIO, M. do C. . (2023). Nutrição e doenças cardiovasculares: os marcadores de risco em adultos. Revista De Nutrição, 17(3). Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/nutricao/article/view/9199

Edição

Seção

Comunicação