75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) e os limites de sua representação na América Latina e África

Autores

  • Carolyne Santos Lemos Universidade Federal do Espírito Santo, Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas, Programa de Pós-Graduação em Política Social. https://orcid.org/0000-0002-5046-4183

DOI:

https://doi.org/10.24220/2675-9160v5a2024e13044

Palavras-chave:

Colonialismo, Estado democrático de direito, Liberalismo

Resumo

Mesmo representando uma nova consciência em relação à dignidade da pessoa humana, a Declaração Universal dos Direitos humanos é destoante da realidade das nações de economia periférica. Nesta lógica, a partir da pesquisa bibliográfica e da abordagem de natureza qualitativa, este estudo discute as limitações da representação da Declaração Universal dos Direitos Humanos na América Latina e na África. Não há o resgate das especificidades de cada continente, mas a incorporação de aspectos sócio-históricos que aproximam as experiências desses continentes, a saber, o colonialismo, a instabilidade democrática e a existência de países com baixo Índice de Desenvolvimento Humano. A pesquisa se apropria de autores que discutem a representação em estudos pós-coloniais, de modo a associar o anacronismo entre a realidade das comunidades não ocidentais e a representação que o Ocidente realiza acerca delas. Delimitamos as categorias basilares colonialismo, pobreza e subdesenvolvimento para compor este estudo. A título de considerações finais, propomos um processo educativo em direitos humanos capaz de desafiar e transformar as estruturas que perpetuam as desigualdades.

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Publicado

2024-12-03

Como Citar

Lemos, C. S. (2024). 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) e os limites de sua representação na América Latina e África. Revista De Direitos Humanos E Desenvolvimento Social, 5. https://doi.org/10.24220/2675-9160v5a2024e13044

Edição

Seção

Originais