Cidades resilientes: discussão sobre a criação de mecanismos para possíveis enfrentamentos às catástrofes urbanas

Abstract

Os eventos externos que atingem as regiões urbanas merecem atenção especial no planejamento das cidades para torná-las mais resilientes. Ainda que um grande número de cidades tenha um plano de ação bem estruturado para atendimento de eventos adversos com múltiplas vítimas, nenhuma parece ter um mecanismo para resposta rápida e eficiente no enfrentamento das catástrofes (naturais ou não). Neste contexto, o objetivo deste artigo é propor ações para o enfrentamento de catástrofes urbanas na cidade de São Paulo. Para tanto, foi adotada nesta pesquisa a abordagem qualitativa para a construção de um estudo de caso. As fontes de evidências utilizadas foram informações em sites institucionais, relatórios e outros documentos oficiais. Os resultados apresentados sugerem um modelo de infraestrutura a ser criado em parques urbanos estrategicamente escolhidos na cidade para o atendimento às eventuais catástrofes. A proposta de um desses equipamentos urbanos hipoteticamente poderia estar localizada junto ao Parque do Ibirapuera, que poderia ser utilizado para a pesquisa e produção de outros equipamentos médicos, difusão de tecnologia da informação e para ações voltadas à saúde em seu nível primário. Nas situações emergenciais, entretanto, este equipamento seria passível a preparação rápida do local para transformação em ambiente pré-hospitalar e atendimento às vítimas de catástrofes.