INTERDISCIPLINARIDADE: CATEGORIA DE AÇÃO E/OU DE CONHECIMENTO?
Resumo
A leitura do livro de lvani trouxe-me lembranças de expe riência vivida numa escola pública da rede do Ensino Vocacional do Estado de São Paulo no final da década de 60. Não empregá vamos o termo interdisciplinaridade, mas falávamos de integração curricular que significava a organização curricular como reelaboração da cultura. Assim sendo, "o currículo deve levara uma visão antropológica da cultura e criar condições para que os jovens se preparem para a intervenção social" (Renov. 1970, p. 48)(*). A organização do currículo como reelaboração da cultura elimina as linhas divisórias dos diversos campos de especializa ção da ação humana e da ciência. O currículo exige a flexibilidade correspondente à circulação das noções culturais e dos conceitos pelas várias áreas do conhecimento, bem como a vivência de situações e experiências formadoras de atitudes numa dimensão de universalidade. A dinamicidade do currículo deve permitir o aproveitamento ou a inclusão de problemas e situações sempre novas, valorizando uma metodologia baseada na indagação e no enfrentamento de situações-problemas. São estudados os pro blemas universais que estão presentes no cotidiano. No procedi mento metodológico não se deve focalizar somente o cotidiano, ou as situações dos alunos, ou as questões emergentes, mas sim, procurar seus significados nos grandes problemas universais. A colocação dos problemas transforma-se numa verdadeira linha evolutiva de estimulação do pensamento e da aprendizagem.
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Referências
Fazenda, lvani C. Arantes. Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. 2. ed. Campinas, SP: Papirus,1995.
Vaideanu, Georges. A interdisciplinaridade no ensino: esboço de síntese. ln: Antropologia li. Projeto Mathesis. Lisboa: Grafis, 1992.