Propostas pedagógicas na Educação Infantil: questões sobre o tempo, a leitura e a contação de histórias | Educational proposals in early childhood education: Issues on time, reading and storytelling
DOI:
https://doi.org/10.24220/2318-0870v23n3a3982Palabras clave:
Contação de histórias. Cultura Escolar. Educação Infantil. Enfoque histórico-cultural. Leitura. Organização do tempo.Resumen
O artigo tem como objetivo discutir o papel e o valor da organização do tempo nas rotinas da Educação Infantil, bem como o lugar e o tempo para os momentos de leitura e de contação de histórias como atividades essenciais para o desenvolvimento infantil. As ideias tecidas consideram dados de pesquisas de mestrado de Mariana Natal Prieto e Mariana Sampaio, cujos objetivos centrais foram respectivamente: compreender aspectos indicativos da organização do tempo da instituição e do tempo da criança em Escolas de Educação Infantil municipais de Avaré (SP), focando os impactos dessa organização no processo de humanização na infância; e compreender se há indícios de que os momentos de leitura e de contação de histórias se constituem como atividades, capazes de motivar aprendizagens promotoras de desenvolvimento humano, em turmas de crianças da Educação Infantil, a partir de princípios e teses da Teoria Histórico-Cultural. Nas escolas de Educação Infantil, a organização temporal exige planejamento intencional e consciente, a fim de articular o tempo institucional e o tempo individual de cada criança de forma que um não sobreponha o outro. Ao vivenciar o tempo institucional, a criança necessita viver também seu tempo individual como elemento motivador das possibilidades de atividades infantis. Assim, são ressaltadas as atividades de leitura e de contação de histórias como motivadoras de aprendizagens promotoras de desenvolvimento humano, de modo a contribuir para o aperfeiçoamento e sofisticação de capacidades psicológicas em níveis superiores.
Descargas
Citas
Angotti, M. Desafios da Educação Infantil para atingir a condição de direito e de qualidade no atendimento. In: Angotti, M. (Org.). Educação Infantil: da condição de direito à condição de qualidade no atendimento. Campinas: Alínea, 2009. p.131-149.
Arena, D.B. Função e estrutura em atos de leitura. In: Reunião Anual da Anped, 32., 2009, Caxambu. Anais eletrônicos... Rio de Janeiro: Anped, 2009. p.1-15. Disponível em: <http://32reuniao.anped.org.br/arquivos/trabalhos/GT10-5111--Int.pdf>. Acesso em: 1 jul. 2015.
Barbosa, M.C.S. Por amor e por força: rotinas na Educação Infantil. 2000. 283 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2000. p.43-125.
Bataus, V. Leitura, literatura infantil e estratégias de leitura no contexto escolar: concepções e práticas. 2013. 157 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual Paulista, Marília, 2013.
Becchi, E.; Bondioli, A. (Org.). Avaliando a Pré-escola: uma trajetória de formação de professores. Campinas: Autores Associados, 2003.
Bondioli, A. (Org.). O tempo no cotidiano infantil: perspectivas de pesquisa e estudo de caso. São Paulo: Cortez, 2004. p.44.
Campos, M.M. Educar e cuidar: questões sobre o perfil do profissional de educação infantil. In: Brasil. Por uma política de formação do profissional de educação infantil. Brasília: MEC, 1994. p.33-42.
Colombo, F.J. A literatura infantil como meio para a formação da criança leitora. 2009. 211 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Estadual Paulista, Marília, 2009.
Dahlberg, G.; Moss, P.; Pence, A. Construindo a Primeira Infância: o que achamos que isso seja? In: Dahlberg, G.; Moss, P.; Pence, A. Qualidade na educação da primeira infância: perspectivas pós-modernas. Porto Alegre: Artmed, 2003.
Dornelles, L.V.; Horn, M.G.S. A organização das atividades no tempo rotina. In: Craidy, C.M. (Org.). O educador de todos os dias: convivendo com crianças de 0 a 6 anos. Porto Alegre: Mediação, 2004. p.20-25.
Escolano, A. Tiempo y educación: notas para genealogia del almanaque escolar. Revista de Educación, n.298, p.55-79, 1992.
Escolano, A. Tiempo y educación: la formación del cronosistema. Horário em la escuela elemental (1825-1931). Revista de Educación, n.301, p.127-163, 1993.
Foucambert, J. O ângulo da teoria. In: Foucambert, J. A criança, o professor e a leitura. Porto Alegre: Artmed, 1997. p.89-130.
Foucambert, J. O que é ler? In: Foucambert, J. Modos de ser leitor: aprendizagem e ensino de leitura no ensino fundamental. Curitiba: UFPR, 2008. p.61-103.
Leontiev, A.N. Uma contribuição à teoria do desenvolvimento da psique Infantil. In: Vigotskii, L.S.; Luria, A.R.; Leontiev, A.N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. 11. ed. São Paulo: EdUSP, 2010. p.59-83.
Lima, E.A. Re-contextualizando o papel do educador: o ponto de vista da escola de Vigotski. 2001. 159f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual Paulista, Marília, 2001.
Lima, E.A. Infância e teoria histórico-cultural: (des)encontros da teoria e da prática. 2005. 276f. Tese (Doutorado em Ensino da Educação Brasileira) – Universidade Estadual Paulista, Marília, 2005.
Lima, E.A.; Girotto, C.G.G.S. Leitura e literatura infantil: organização de espaços, acervos e materiais na escola. In: Miguel, J.C.; Reis, M. (Org.). Formação docente: perspectivas teóricas e práticas pedagógicas. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2015. p.47-66.
Lima, E.A.; Valiengo, A. Literatura infantil e caixas que contam histórias: encantamentos e envolvimentos. In: Chaves, M. (Org.). Práticas pedagógicas e literatura infantil. Maringá: EdUEM, 2011. p.55-67.
Maricato, A. O prazer da leitura se ensina. Revista Criança do Professor de Educação Infantil, v.3, n.40, p.18-26, 2005. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/eduinf/revcrian40.pdf>. Acesso em: 28 mar. 2015.
Mello, S.A. Concepção de criança e democracia na Escola da Infância: a experiência de Reggio Emilia. Cadernos da F.F.C., v.9, n.1, p.83-93, 2000.
Mello, S.A. O espaço da creche e a imagem da criança. Marília: Unesp, 2002. Mimeografado. p.33.
Mello, S.A. A escola de Vygotsky. In: Mello, S.A.; Carrara, K. (Org.). Introdução à psicologia da educação: seis abordagens. São Paulo: Avercamp, 2004. p.135-155.
Mello, S.A. A literatura infantil e a formação da atitude leitora nas crianças pequenas. In: Chaves, M. (Org.). Práticas pedagógicas e literatura infantil. Maringá: EdUEM, 2011. p.41-54.
Mukhina, V. Psicologia da idade pré-escolar: um manual completo para compreender e ensinar a criança desde o nascimento até os sete anos. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
Prieto, M.N. A organização do tempo em escolas de educação infantil: contribuições para o processo de humanização na infância. 2016. 157f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual Paulista, Marília, 2016.
Ribeiro, A.E.M. As relações na escola da infância sob o olhar do enfoque histórico cultural. 2009. 181f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual Paulista, Marília, 2009.
Ribeiro, A.L. Teoria histórico-cultural e pedagogia Freinet: considerações sobre a mediação entre teoria e prática no processo de aquisição da escrita. 2004. 123f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Universidade Estadual Paulista, Marília, 2004.
Rosemberg, F. Do embate para o debate: educação e assistência no campo da Educação Infantil. In: Machado, M.L.A. (Org.). Encontros e desencontros em Educação Infantil. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2011. p.63-78.
Sampaio, M. Leitura e contação de histórias na Educação Infantil: um estudo sob a perspectiva da Teoria Histórico-Cultural. 2016. 156f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual Paulista, Marília, 2016.
Vieira, A.M. Produções de espaço-tempo no cotidiano escolar: um estudo de marcas e territórios na Educação Infantil. 2000. 155f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2000.
Vieira, E.R. A reorganização do espaço da sala de educação infantil: uma experiência concreta à luz da Teoria Histórico-Cultural. 2009. 123f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual Paulista, Marília, 2009.
Vigotski, L.S. Obras escogidas. Madrid: Visor, 1995. v.3.
Vigotski, L.S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins, 2001.
Vigotski, L.S. Imaginação e criação na infância: ensaio psicológico. São Paulo: Ática, 2009.
