Enxameação ao infinito como uma prática revolucionária: desejo nas escolas, a produção de singularidades e de potência de agir
DOI:
https://doi.org/10.24220/2318-0870v21n2a2931Keywords:
Produção de desejo como criação, Potência de agir, Singularidades, Educação e liberdadeAbstract
Este artigo explora a produção do desejo, embebido pelas defesas de Deleuze e Guattari em experimentação em uma Rede Municipal de Ensino ao longo de quatro anos. Nela encontrou-se o desejo como produção, como potência, como criação. Marca a proposta de um processo revolucionário, nômade, que se instaurou nas escolas em seus múltiplos espaços-tempo, se enxameou a partir de lutas pontuais, que resultou na singularidade, na potência e na ausência de busca de totalidade ou de unidade despotencializadora em cada escola de uma Rede Municipal de Ensino, em experimentações com seus cerca de 60 mil alunos, quase 5 mil professores e funcionários, e que não são regidos nem do ponto de vista ideológico, nem da dominação partidária ou, sequer, da lógica de mercado da lei, do contrato ou da instituição.
Palavras-chave: Produção de desejo como criação. Potência de agir. Singularidades. Educação e liberdade.
Downloads
References
Deleuze, G. Espinosa e os signos. Porto: Rês, 1976.
Deleuze, G. Post scriptum sobre sociedade de controle. In: Deleuze, G. Conversações. Rio de Janeiro: Editora 34, 1992. p.219-226.
Deleuze, G. Diálogos/Gilles Deleuze, Claire Parnet. São Paulo: Escuta, 1998.
Deleuze, G. Spinoza y el problema de la expression. Barcelona: Atajos, 1999.
Deleuze, G. A ilha deserta: e outros textos. São Paulo: Iluminuras, 2006a.
Deleuze, G. Pensamento nômade (1973). In: Deleuze, G. A ilha deserta: e outros textos. São Paulo: Iluminuras, 2006b. p.319-330.
Deleuze, G. Deseo y prazer. In: Deleuze, G. Dos regimenes de locos: textos y entrevistas (1975-1995). Valencia: Pretextos, 2007. p.121-129.
Deleuze, G. Ocupar sen contar: Boulez, Proust y el tiempo. In: Deleuze, G. Dos regimenes de locos: textos y entrevistas (1975-1995). Valencia: Pre-textos, 2007. p.263-271.
Deleuze, G. Proust e os signos. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010.
Deleuze, G.; Foucault, M. Os intelectuais e o poder (1972). In: Deleuze, G. A ilha deserta: e outros textos. São Paulo: Iluminuras, 2006. p.265-274.
Deleuze, G.; Guattari, F. O anti-Édipo, capitalismo e esquizofrenia. Lisboa: Assírio & Alvim, 1966.
Deleuze, G.; Guattari, F. Capitalismo e esquizofrenia. Rio de Janeiro: Editora 34, 1995. p.11-16. v.1.
Deleuze, G.; Guattari, F. Como criar para si um corpo sem órgãos. In: Deleuze, G.; Guattari, F. (Org.). Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. Rio de Janeiro: Editora 34, 1996. p.11-33. v.3.
Deleuze, G.; Guattari, F. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. Rio de Janeiro: Editora 34, 1997. v.5.
Deleuze, G.; Guattari, F. Sobre o capitalismo e o desejo (1973). In: Deleuze, G. A ilha deserta: e outros textos. São Paulo: Iluminuras, 2006. p.331-344.
Espinosa, B. Ética: Parte III. Lisboa: Relógio D´Água, 1992.
Foucault, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1982.
Foucault, M. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 1983.
Foucault, M. La vida de los hombres infames. Madrid: La Piqueta, 1990.
Foucault, M. Genealogia del racismo. Madrid: La Piqueta, 1992.
Foucault, M. Repensar a política. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010. (Ditos e escritos, 6).
Forst, R. Os limites da tolerância. Novos estudos CEBRAP, n.84, 2009. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0101-33002009800200002>. Acesso em: 15 dez. 2014.
Habermas, J. Entre naturalismo e religião: estudos filosóficos. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2007.