Práticas decoloniais no ensino de Língua e Literaturas
uma pesquisa com professores(as)
DOI:
https://doi.org/10.24220/2318-0870v29a2024e10495Palavras-chave:
Decolonialidade, Diversidade cultural, Educação, Inovação curricular, Pensamento críticoResumo
Este artigo baseia-se em uma pesquisa que analisa práticas pedagógicas decoloniais adotadas por professores(as) de Língua Portuguesa e Literatura na educação básica, abrangendo tanto a rede pública, quanto a privada no contexto educacional brasileiro. O foco da análise está em estratégias que desafiam abordagens tradicionais, como a sequenciação cronológica dos estilos literários. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa qualitativa, que utilizou questionários e entrevistas semiestruturadas como instrumentos de coleta de dados. O recorte da pesquisa foi direcionado a professores(as) com formação avançada, que atuam predominantemente no Ensino Fundamental e Médio. Estes(as) docentes, selecionados(as) com base em seu alinhamento com a epistemologia decolonial, demonstraram, por meio de um questionário específico, incorporar perspectivas decoloniais em suas práticas, promovendo uma educação que transcende o eurocentrismo e desafia estruturas estabelecidas. As conclusões revelam a criação de alternativas ao ensino de Língua e Literatura, promovendo práticas pedagógicas críticas e inclusivas de caráter decolonial. Além disso, o estudo examina como estas práticas contribuem para a formação de alunos(as) conscientes e críticos(as) em relação a questões sociais e culturais, propondo uma reconfiguração do ensino de Língua e Literatura para refletir uma abordagem mais contemporânea e diversificada, pautada na lógica subversiva da decolonialidade.
Downloads
Referências
Babbie, E. Métodos de pesquisa de survey. Belo Horizonte: UFMG, 2003.
Ballestrin, L. América Latina e o giro decolonial. Revista Brasileira De Ciência Política, v. 11, p. 89-117, 2013.
Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/rbcp/article/view/2069. Acesso em: 20 set. 2023.
Costa, B. R. L. Bola de Neve Virtual: O Uso das Redes Sociais Virtuais no Processo de Coleta de Dados de uma Pesquisa Científica. Revista Interdisciplinar de Gestão Social, v. 7, n. 1, p. 15-37, 2018.
Dussel, E. Ética da libertação na idade da globalização e da exclusão. 2. ed. São Paulo: Paulus, 2000.
Machado, R. C. M.; Soares, I. B. Por um ensino decolonial de literatura. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, v. 21, n. 3, p. 981-1005, 2021. Doi: https://doi.org/10.1590/1984-6398202116960.
Mannheim, K. O Homem e a sociedade: estudos sobre a estrutura social moderna. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1962.
Mignolo, W. Desobediencia epistémica: retórica de la modernidad, lógica de la colonialidad y gramática de la descolonialidad Argentina: Ediciones del Signo, 2010.
Mignolo, W. The Darker Side of Western Modernity: Global Futures, Decolonial Options. Durham: Duke University Press, 2011.
Rendeiro, M. Como a Ficção Pós-Colonial Pode Contribuir Para uma Discussão Sobre Reparação Histórica: Leitura de As Telefones (2020) de Djaimilia Pereira de Almeida. Comunicação e Sociedade, v. 41, p. 43-59, 2022. Doi: https://doi.org/10.17231/comsoc.41(2022).3681
Russell, E. S. O ensino de língua e literaturas em perspectivas decoloniais?: o que dizem os professores e as professoras. Tese (Doutorado em Educação) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 2023.
Silva, M. J. L. Um aspecto da função ideológica da escola: o currículo oculto. Boletim Técnico do SENAC, v. 22, n. 2, 1996. Disponível em: https://oei.int/oficinas/secretaria-general. Acesso em: 10 nov. 2023.
