A relação fé e ciência no século XIII e o papel das universidades

Autores

  • Rogério Miranda de Almeida Pontifícia Universidade Católica do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.24220/2447-6803v40n2a3296

Palavras-chave:

Ciência, Fé, Filosofia, Razão, Teologia

Resumo

O principal objetivo destas reflexões é explorar as relações entre fé e razão, fé e ciência, no pensamento escolástico, mais especificamente, no século XIII. Na verdade, essa problemática remonta aos primeiros séculos da era cristã com um acento, porém, na relação entre “sabedoria cristã” e “sabedoria pagã”. No século XI, Anselmo de Aosta aprofundará a questão da intelecção da fé ao mostrar que fé e razão não se contradizem nem se identificam, mas se completam. No século XII, Pedro Abelardo dará à teologia o status de ciência, apresentando-a como um estudo sistemático do conjunto da doutrina da fé cristã. No século XIII, com a fundação das universidades e a entrada de Aristóteles no Ocidente latino, essa problemática, colocada agora em termos de fé e ciência, tenderá a acirrar-se e a complexificar-se em meio à tensão e ao conflito entre aristotelismo e platonismo ou, mais exatamente, neoplatonismo.

 

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Biografia do Autor

Rogério Miranda de Almeida, Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Escola de Educação e Humanidades, Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Rua Imaculada Conceição, 1155, Prado Velho, 80215-901, Curitiba, PR, Brasil.

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Publicado

2015-11-10

Como Citar

Almeida, R. M. de. (2015). A relação fé e ciência no século XIII e o papel das universidades. Reflexão, 40(2), 179–191. https://doi.org/10.24220/2447-6803v40n2a3296