O Messias matemático: Benjamin e Scholem no Verão de 1916

Autores

  • Peter Fenves

Palavras-chave:

Messianismo, matemática, teoria da história, teoria da linguagem

Resumo

No verão de 1916, Benjamin propõe um “difícil comentário” como base para uma teoria messiânica da história: os anos podem ser
contados mas não numerados. Para ajudá-lo a desenvolver essa teoria, Benjamin convida Scholem, um estudante de matemática, para
participar em prolongadas discussões. Scholem responde propondo sua própria “teoria matemática da verdade”, na qual o messias é simultaneamente místico e matemático. A crítica de Benjamin sobre um prévio ensaio de Heidegger indica as linhas gerais de sua enviesada teoria: quando os anos podem ser contados, só podem ser arbitrariamente numerados; quando podem ser apropriadamente numerados, já não há mais anos a contar. No entanto, o impasse que Benjamin encontra ao desenvolver seu “difícil comentário” em uma teoria da história foi produtivo: deu forma à sua teoria da linguagem, e forneceu o ímpeto para sua análise da forma dramática.

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Publicado

2015-07-07

Como Citar

Fenves, P. (2015). O Messias matemático: Benjamin e Scholem no Verão de 1916. Reflexão, 33(94). Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/reflexao/article/view/3037

Edição

Seção

Artigos