Monstros e grotescos no México colonial e no Renascimento italiano

estudo a partir de Serge Gruzinski

Autores

  • Etienne Alfred Higuet Pesquisador autônomo

DOI:

https://doi.org/10.24220/2447-6803v50a2025e15410

Palavras-chave:

Grotescos, Mestiçagem, México, Monstros, Mural, Pintura, Renascimento

Resumo

Este artigo visa reconhecer e interpretar a presença de monstros na arte mural do México da época da conquista espanhola. Os monstros aparecem em geral em forma de “grotescos”, uma moda artística inspirada na pintura do Renascimento italiano e espanhol, herdada da antiguidade greco-romana. Depois de apresentar algumas informações introdutórias, analisarei alguns murais do início da época colonial no México, dentro de um contexto de mestiçagem étnica, cultural e religiosa em relação à pintura de grotescos no Renascimento italiano. Depois de reconhecer que houve hibridação das imagens nos dois sentidos, da Europa para o México e do México para a Europa, procurarei estabelecer relações entre as análises dos afrescos de Puebla, Ixmiquilpan e Acolman e as teorias da mestiçagem e dos monstros. A minha principal referência será o livro de Serge Gruzinski, “O pensamento mestiço” (La pensée métisse).

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Publicado

2025-10-30

Como Citar

Alfred Higuet, E. (2025). Monstros e grotescos no México colonial e no Renascimento italiano: estudo a partir de Serge Gruzinski. Reflexão, 50. https://doi.org/10.24220/2447-6803v50a2025e15410

Edição

Seção

Dossiê: Os rastros do monstruoso no sagrado