Dieta cetogênica no tratamento das epilepsias graves da infância: percepção das mães

Autores

  • Alexsandra TOMÉ Universidade Federal do Paraná
  • Suely Teresinha Schmidt Passos de AMORIM Universidade Federal do Paraná
  • Deise Regina Baptista MENDONÇA Universidade Federal do Paraná

Palavras-chave:

dieta cetogênica, epilepsia, atuação profissional, criança

Resumo

Este estudo teve como propósito perceber os sentimentos e dificuldades de mães de crianças com epilepsia resistente ao tratamento medicamentoso em relação à adoção e ao seguimento da dieta cetogênica, bem como auxiliar a influência dessa dietoterapia na rotina familiar. A metodologia utilizada foi a da pesquisa qualitativa, tendo como técnica de coleta de dados a entrevista semi-estruturada, realizada com três mães atendidas pelo Centro de Neuropediatria do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Em virtude das características da dieta cetogênica, os resultados mostram que o período inicial, o da sua adoção, é bastante difícil, tanto para a criança como para toda a sua família. Entretanto, com a diminuição das crises
epilépticas e a adaptação ao tratamento, uma mudança de sentimentos é observada. O estudo revela também a importância da atuação de profissionais, não apenas com competência técnica mas também com sensibilidade e empatia, no apoio às famílias das crianças em tratamento.

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Publicado

25-06-2003

Como Citar

TOMÉ, A. ., Schmidt Passos de AMORIM, S. T. ., & Baptista MENDONÇA, D. R. . (2003). Dieta cetogênica no tratamento das epilepsias graves da infância: percepção das mães. Revista De Nutrição, 16(2). Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/nutricao/article/view/9132

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS