Padrões alimentares e fatores de risco cardiometabólicos em funcionários de uma instituição pública federal na região norte do Brasil
Palavras-chave:
Adultos, Doenças cardiovasculares, Consumo alimentar, Fatores de riscoResumo
Objetivo
Identificar padrões alimentares em uma população adulta e avaliar a associação com fatores de risco cardiometabólico.
Métodos
Estudo transversal realizado com 130 funcionários entre 20 e 59 anos de uma universidade do Tocantins, Brasil. Os padrões alimentares foram identificados por análise de componentes principais com base em um questionário de frequência alimentar. Foram mensurados índice de massa corporal, perímetro da cintura, pressão arterial, glicemia de jejum, triglicerídeos, lipoproteínas de baixa densidade e lipoproteínas de alta densidade. As associações dos padrões com os fatores de risco cardiometabólico foram determinadas por regressão logística multinomial.
Resultados
Três padrões foram identificados que explicaram 78.74% da variância total: saudável, ocidental e fit. No modelo ajustado, a maior adesão ao padrão saudável foi associada com menores valores de glicemia de jejum (OR: 0.89; 95% IC: 0.82-0.97; p=0.009) e com maiores concentrações de lipoproteína de baixa densidade colesterol (OR: 1.02; 95% IC: 1.00-1.04; p=0.024); o padrão ocidental foi associado com maiores valores de glicemia de jejum (OR: 1.06; 95% IC: 1.00-1.13; p=0.05) e o padrão fit foi associado com menores concentrações de lipoproteína de baixa densidade colesterol (OR: 0.98; 95% IC: 0.97-0.99; p=0.048).
Conclusão
A alimentação constituiu um importante fator de risco e de proteção para alterações cardiometabólicas
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