RÓTULOS DE ALIMENTOS INFANTIS: ALGUNS ASPECTOS DAS PRÁTICAS DE MARKETING NO BRASIL MARKETING NO BRAS

Autores

  • Tereza Setsuko TOMA Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo
  • Marina Ferreira REA Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo

Palavras-chave:

alimentos infantis, rotulagem de alimentos, substitutos do leite humano, aleitamento materno

Resumo

Foi realizado um estudo com o objetivo da avaliar como as indústrias tem se adaptado à Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes no que diz respeito à rotulagem e embalagem de seus produtos. Em 32 cidades de 13 estados brasileiros no período de 1995 a 1996, cerca de 125 produtos compreendendo mamadeiras, bicos, chupetas, alimentos infantis, fórmulas e leites fluidos foram analisados. Observou-se alguma tentativa de adequação à Norma, comparado a avaliações similares realizadas anteriormente. No entanto, diversos produtos permaneceram com rótulos em desacordo com as regras em todos os tipos estudados, destacando-se o caso de mamadeiras e chupetas. Nos produtos onde se exige “advertência”, as vezes estas são observadas, mas precisam ser revistas devido ao não destaque que elas recebem. Monitoramentos como este devem ser periódicos para que os órgãos fiscalizadores da vigilância Sanitária recebam subsídios para um trabalho continuado e necessário de proteção contra o marketing inapropriado de substitutos do leite materno.

Referências

BARROS, F.C. et al. Use of pacifiers is associated with decreased breastfeeding duration. Pediatrics, Evanston, v.95, n.4, p.497-499, 1995.

CHETLEY, A. The politics of baby, foods: successfull challenges to an international marketing strategy. London: Frances-Pinter, 1986. 189p.

DALY, F.H. Condensed milk. Lancet, London, v.2, p.653, 1872.

DOBBING, J. (Ed.) Infant feeding: anatomy of a controversy 1973-1984. Berlin: Springer-Verlag,1988. 169p.

GOLDENBERG, P. Repensando a desnutrição como questão.social. Campinas : UNICAMP,1988.159p.

GREINER,T. The promotion of bottle feeding by multinational corporations. Ithaca : Cornell University, 1975. 82p. (Cornell International Nutrition Monography, series n.2).

INTERNATIONAL BABY ACTION NEWTWORK. Breaking the rules. Cambridge UK, 1994. 42p. (Baby Milk Action).

INTERNATIONAL CODE DOCUMENTATION CENTRE. ICDC Update. Penang, Malásia,1996. 4p. (July).

INSTITUTO NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO. Norma Brasileira para Comercialização de Alimentos para Lactentes. 2.ed. Brasília: Ministério da Saúde,1993.20p.

JELLIFFE, D.B. Commerciogenic malnutrition. Nutrition Review, NewYork, v.30, n.9, p.199-205, 1972.

KUCINSKI, B., LEDOGAR, R.J. Fome de lucros. São Paulo: Brasiliense,1977. 254p.

MARTINES, J.C. et al. Breast feeding in the first six months: no need for extra fluids. British Medical Jornal, v.304, p.1068-1069, April 1992.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE/LlMCEF.Código internacional de comercialização de substitutos do leite materno. Genebra,1981. 38p.

______________. Proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno: o papel especial dos serviços materno-infantis. Genebra, 1989. 32p.

PALMER, G. The politics of breast feeding. London : Pandora Press, l988. 304p.

PLATT, W.H. Condensed milk and artificial feeding. Lancet, London, v.2, p.695,1872. REA, M.F. Substitutos do leite materno: passado e presente. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v.24, n.3, p.241-249,1990.

TOMA, T.S. (Coord.) Violando a norma 1996: relatório nacional das violações à Norma Brasileira para Comercialização de Alimentos para Lactentes. São Paulo: IBFAN/UNICEF, 1996. 38p.

VICTORA, C.G. et al. Evidence for protection by breastfeeding against infant deaths from infectious diseases in Brazil. Lancet, London, p.319-322, Aug. 1987.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Resolution WHA 39, 28,16 May 1996. Geneva,1996. (39/vr/15).

Downloads

Publicado

25-12-1997

Como Citar

Setsuko TOMA, T. ., & Ferreira REA, M. . (1997). RÓTULOS DE ALIMENTOS INFANTIS: ALGUNS ASPECTOS DAS PRÁTICAS DE MARKETING NO BRASIL MARKETING NO BRAS. Revista De Nutrição, 10(2). Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/nutricao/article/view/8550

Edição

Seção

Comunicação