Fontes e razões de variância para estimar a ingestão de energia e nutrientes de uma amostra de adolescentes de escolas públicas
Palavras-chave:
Adolescente, Ingestão de energia, Consumo de alimentos, NutrientesResumo
Objetivo
O objetivo deste estudo foi descrever as fontes de variância da dieta, determinar as razões de variâncias e o número de dias necessários para estimar a dieta habitual em adolescentes.
Métodos
A ingestão de energia, macronutrientes, ácidos graxos, fibra e colesterol foram estimadas por meio de dois recordatórios de 24 horas, aplicados em 366 adolescentes de escolas públicas de Natal, Rio Grande do Norte. A razão de variância foi calculada entre o componente da variância intrapessoal e interpessoal, determinada pela Análise de Variância. A definição do número de dias para a estimativa da ingestão habitual de cada nutriente foi obtida considerando a correlação hipotética de (r)≥0,9, entre a verdadeira ingestão de nutrientes e a observada.
Resultados
As fontes de variância interpessoal foram maiores para todos os nutrientes e em ambos os sexos. As razões de variâncias foram <1 para todos os nutrientes, e mais elevadas no sexo feminino. Dois dias de recordatórios de 24 horas seriam suficientes para avaliar com precisão o consumo de energia, carboidratos, fibra, ácidos graxos saturados e monoinsaturados, exceto para proteínas, lipídeos, ácidos graxos poliinsaturados e o colesterol, que necessitariam de três dias.
Conclusão
A variância interpessoal da dieta dos adolescentes foi maior do que a intrapessoal, para todos os nutrientes, repercutindo em uma razão de variância menor que 1. Para estimar a dieta habitual nesta população, uma variação de dois a três dias é necessária considerando o sexo e o nutriente avaliado.
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