Fontes e razões de variância para estimar a ingestão de energia e nutrientes de uma amostra de adolescentes de escolas públicas

Autores

  • Severina Carla Vieira Cunha LIMA Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Clélia Oliveira LYRA Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Karine Cavalcanti Maurício SENA-EVANGELISTA Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Liana Galvão Bacurau PINHEIRO Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Célia Márcia Medeiros MORAIS Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Betzabeth SLATER Universidade de São Paulo
  • Lucia Fatima Campos PEDROSA Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Palavras-chave:

Adolescente, Ingestão de energia, Consumo de alimentos, Nutrientes

Resumo

Objetivo
O objetivo deste estudo foi descrever as fontes de variância da dieta, determinar as razões de variâncias e o número de dias necessários para estimar a dieta habitual em adolescentes.

Métodos
A ingestão de energia, macronutrientes, ácidos graxos, fibra e colesterol foram estimadas por meio de dois recordatórios de 24 horas, aplicados em 366 adolescentes de escolas públicas de Natal, Rio Grande do Norte. A razão de variância foi calculada entre o componente da variância intrapessoal e interpessoal, determinada pela Análise de Variância. A definição do número de dias para a estimativa da ingestão habitual de cada nutriente foi obtida considerando a correlação hipotética de (r)≥0,9, entre a verdadeira ingestão de nutrientes e a observada.

Resultados
As fontes de variância interpessoal foram maiores para todos os nutrientes e em ambos os sexos. As razões de variâncias foram <1 para todos os nutrientes, e mais elevadas no sexo feminino. Dois dias de recordatórios de 24 horas seriam suficientes para avaliar com precisão o consumo de energia, carboidratos, fibra, ácidos graxos saturados e monoinsaturados, exceto para proteínas, lipídeos, ácidos graxos poliinsaturados e o colesterol, que necessitariam de três dias.

Conclusão
A variância interpessoal da dieta dos adolescentes foi maior do que a intrapessoal, para todos os nutrientes, repercutindo em uma razão de variância menor que 1. Para estimar a dieta habitual nesta população, uma variação de dois a três dias é necessária considerando o sexo e o nutriente avaliado. 

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Publicado

20-04-2023

Como Citar

Vieira Cunha LIMA, S. C. ., Oliveira LYRA, C. ., Cavalcanti Maurício SENA-EVANGELISTA, K., Galvão Bacurau PINHEIRO, L., Medeiros MORAIS, C. M., SLATER, B., & Campos PEDROSA, L. F. . (2023). Fontes e razões de variância para estimar a ingestão de energia e nutrientes de uma amostra de adolescentes de escolas públicas. Revista De Nutrição, 26(2). Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/nutricao/article/view/8406

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS