Inadequação calórica e proteica e fatores associados em pacientes graves

Autores

  • Mariana de Melo Alves SANTANA Universidade Federal de Goiás
  • Liana Lima VIEIRA Universidade Federal de Goiás
  • Daniela de Araújo Medeiros DIAS Centro Universitário Unieuro
  • Cinthya Costa BRAGA Universidade Federal de Goiás
  • Raphaela Moiana da COSTA Universidade Federal de Goiás

Palavras-chave:

Cuidados críticos, Ingestão de energia, Necessidade energética, Nutrição enteral, Terapia nutricional

Resumo

Objetivo

Investigar a adequação calórico-proteica de pacientes em terapia nutricional enteral exclusiva internados nas Unidades de Terapia Intensiva de um hospital universitário.

Métodos
Estudo longitudinal realizado entre abril e novembro de 2014 nas Unidades de Terapia Intensiva de um hospital universitário. Foram avaliados no período de 14 dias: percentual de adequação calórico-proteica, calculada pelas médias dos valores prescritos e administrados; condições clínicas (unidade e diagnóstico de internação, escore prognóstico Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II, estado nutricional, tempo de internação); complicações gastrointestinais; e motivo de interrupção da dieta. Valores inferiores a 80% de adequação calórica e proteica foram considerados inadequados. Realizou-se análise multivariada por Regressão de Poisson com nível de significância de 5%.

Resultados
O estudo contou com uma amostra de 38 pacientes, sendo 52,63% desnutridos. As médias de adequação calórica e proteica foram de 76,47% e 69,11%, respectivamente. A prevalência de inadequação calórica foi de 55,26% e de proteica, 68,42%. O jejum para procedimentos foi a causa mais frequente de interrupção da dieta. O volume residual gástrico e a diarreia foram as complicações gastrointestinais mais comuns. A inadequação calórica associou-se ao tempo de permanência ≤14 dias e ao volume residual elevado. A inadequação proteica associou-se ao tempo de permanência ≤14 dias, ao volume residual gástrico elevado e à saída ou obstrução da sonda.

Conclusão
A prevalência de inadequação calórica e proteica ocorreu em mais da metade dos pacientes avaliados. Estratégias como a elaboração de protocolos por equipe multiprofissional devem ser implantadas para minimizar interrupções da dieta administrada, estabelecer medidas de controle para complicações gastrointestinais e, assim, garantir um aporte nutricional adequado durante o período de internação. 

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Publicado

28-03-2023

Como Citar

de Melo Alves SANTANA, M. ., Lima VIEIRA, L. ., de Araújo Medeiros DIAS, D., Costa BRAGA, C., & Moiana da COSTA, R. . (2023). Inadequação calórica e proteica e fatores associados em pacientes graves. Revista De Nutrição, 29(5). Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/nutricao/article/view/8106

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS