Equivalência semântica do Questionário Pediatric Subjective Global Nutritional Assessment para triagem nutricional em pacientes pediátricos com câncer

Autores

  • Danúbia da Cunha Antunes SARAIVA Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Wanélia Vieira AFONSO Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Nivaldo Barroso de PINHO Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Wilza Arantes Ferreira PERES Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Patricia de Carvalho PADILHA Universidade Federal do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

Avaliação nutricional, Comparação transcultural, Neoplasias, Pediatria, Triagem

Resumo

Objetivo
Realizar a equivalência semântica da Avaliação Nutricional Subjetiva Global Pediátrica e sua adaptação para a língua portuguesa para aplicação em pacientes pediátricos hospitalizados com câncer.

Métodos
O processo de equivalência semântica envolveu as seguintes etapas: tradução, síntese das traduções, retrotra[1]dução, discussão com comitê de especialistas e pré-teste, etapas que aconteceram na Universidade Federal do Rio de Janeiro e no Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. O questionário foi pré-testado em 32 pacientes pediátricos com câncer, de 2 a 18 anos, para verificar sua adequação nessa população.

Resultados
Todas as etapas fundamentaram a equivalência semântica do instrumento. Foram necessárias discretas alterações no instrumento Avaliação Nutricional Subjetiva Global Pediátrica para o contexto brasileiro. Na avaliação das 56 assertivas traduzidas para o português, 81% das respostas dos especialistas classificaram como “inalterado” o significado geral. Evidenciou-se uma boa equivalência semântica entre a tradução e a retrotradução e a versão original.

Conclusão
A versão brasileira da Avaliação Nutricional Subjetiva Global Pediátrica foi bem compreendida pela população do estudo e mostrou-se adequada para seguir com as demais etapas de adaptação transcultural e validação da ferramenta para posterior aplicação na população pediátrica hospitalizada com câncer.

 

Referências

Selwood K, Ward E, Gibson F. Assessment and management of nutritional challenges in children’s cancer care: A survey of current practice in the United Kingdom. Eur J Oncol Nurs. 2010; 14(5):439-46. http://dx.doi.org/10.1016/j.ejon.2010.04.004

Sala A, Rossi E, Antillon F, Molina AL, Maselli T, Bonilla M, et al. Nutritional status at diagnosis is related to clinical outcomes in children and adolescents with cancer: A perspective from Central America. Eur J Cancer. 2012; 48(2):243-52. http:// dx.doi.org/10.1016/j.ejca.2011.06.006

Secker DJ, Jeejeebhoy KN. Subjective Global Nutritional Assessment for children. Am J Clin Nutr. 2007; 85(4):1083-9.

Cao J, Peng L, Li R, Chen Y, Li X, Mo B, et al. Nutritional risk screening and its clinical significance in hospitalized children. Clin Nutr. 2014; 33(3):432-6. http://dx.doi.org/10.1016/j.clnu.2013.06.009

Raslan M, Gonzalez MC, Dias MCG, Paes-Barbosa FC, Cecconello I, Waitzberg DL. Applicability of nutritional screening methods in hospitalized patients. Rev Nutr. 2008; 21(5):553-61. http://dx. doi.org/10.1590/S1415-52732008000500008

Kondrup J. ESPEN Guidelines for Nutrition Screening 2002. Clin Nutr. 2003; 22(4):415-21.

Secker DJ, Jeejeebhoy KN. How to perform Subjective Global Nutritional assessment in children. J Acad Nutr Diet. 2012; 112(3):424-31.e6. http:// dx.doi.org/10.1016/j.jada.2011.08.039

Beaton DE, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Guidelines for the process of cross-cultural adaptation of self-report measures. Spine. 2000; 25(24):3186-91.

Reichenheim ME, Moraes CL. Operacionalização de adaptação transcultural de instrumentos de aferiçãousados em epidemiologia. Rev Saúde Pública. 2007; 41(4):665-73. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-8 9102006005000035

Reichenheim ME, Moraes CL, Hasselmann MH. Equivalência semântica da versão em português do instrumento Abuse Assessment Screen para rastrear a violência contra a mulher grávida. Rev Saúde Pública. 2000; 34(6):610-6. http://dx.doi.org/10. 1590/S0034-89102000000600008

Streiner DL, Norman GR. Health measurement scales: A practical guide to their development and use. 2nd ed. Oxford: Oxford University Press; 1995.

Guillemin F, Bombardier C, Beaton D. Cross-cultural adaptation of health-related quality of life measures: Literature review and proposed guidelines. J Clin Epidemiol. 1993; 46(12):1417-32. http://dx.doi. org/10.1016/0895-4356(93)90142-N

Herdman M, Fox-Rushby J, Badia X. A model of equivalence in the cultural adaptation of HRQoL instruments: The universalist approach. Qual Life Res Int J Qual Life Asp Treat Care Rehabil. 1998; 7(4):323-35. http://dx.doi.org/10.1023/A:10249 85930536

Aires MT, Werneck GL. Tradução e adaptação cultural para o português do instrumento “The Bowel Disease Questionnaire”, utilizado para a avaliação de doenças gastrointestinais funcionais. Arq Gastroenterol. 2006; 43(2):138-53. http:// dx.doi.org/10.1590/S0004-28032006000200015

Luz LL, Santiago LM, Silva JFS, Mattos IE. Primeira etapa da adaptação transcultural do instrumento The Vulnerable Elders Survey (VES-13) para o Português. Cad Saúde Pública. 2013; 29(3):621-8. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2013000 700019

Silva HRS, Areco KCN, Bandiera-Paiva P, Galvão PVM, Garcia ANM, Silveira DX, et al. Avaliação da equivalência semântica da versão em português (Brasil) da Online Cognition Scale. Cad Saúde Pública. 2014; 30(6):1327-34. http://dx.doi.org/ 10.1590/0102-311X00153413

Downloads

Publicado

23-03-2023

Como Citar

da Cunha Antunes SARAIVA, D. ., Vieira AFONSO, W. ., Barroso de PINHO, N., Arantes Ferreira PERES, W. ., & de Carvalho PADILHA, P. . (2023). Equivalência semântica do Questionário Pediatric Subjective Global Nutritional Assessment para triagem nutricional em pacientes pediátricos com câncer. Revista De Nutrição, 29(2). Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/nutricao/article/view/8009

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS