Circunferência do pescoço, risco cardiometabólico e escore de risco de Framingham: estudo de base populacional

Autores

  • Virgínia Vinha ZANUNCIO Universidade Federal de Viçosa
  • Milene Cristine PESSOA Universidade Federal de Minas Gerais
  • Patrícia Feliciano PEREIRA Universidade Federal de Viçosa
  • Giana Zarbato LONGO Universidade Federal de Viçosa

Palavras-chave:

Antropometria, Resistência à insulina, Pescoço, Obesidade, Risco

Resumo

Objetivo
Investigar a associação da circunferência do pescoço com fatores de risco cardiometabólico e escore de risco de Framinghan.


Métodos
Estudo transversal de base populacional com 948 adultos (522 mulheres), de 20 a 59 anos. Fatores sociodemográficos, antropométricos, de composição corporal, comportamentais, bioquímicos e hemodinâmicos foram mensurados. Associação entre circunferência do pescoço, variáveis antropométricas, de composição corporal e fatores de risco cardiometabólico foi avaliada por regressão linear múltipla, ajustada por fatores sociodemográficos e comportamentais.


Resultados
Foram apresentados como coeficientes β, erros-padrão e intervalos de confiança de 95% com nível de significância de 0,05. Circunferência do pescoço associou-se positivamente com triglicerídeos, índice de resistência a insulina, ácido úrico, pressão arterial sistólica e diastólica, proteína C-reativa, circunferência da cintura, índice de massa corporal e gordura corporal total estimada pela absorciometria por dupla emissão de raios-X. Circunferência do pescoço e lipoproteinas de alta densidade colesterol apresentaram associação negativa. Estas associações permaneceram significativas mesmo após ajuste por fatores sociodemográficos e comportamentais. Indivíduos com circunferência do pescoço abaixo do ponto de corte para predição de risco cardiometabólico (39,5cm para homens e 33,3cm para mulheres), apresentaram menor probabilidade de evento coronariano em 10 anos que aqueles com circunferência do pescoço acima do ponto de corte.


Conclusão
A circunferência do pescoço é uma alternativa para estimar a gordura corporal, podendo ser usado como instrumento adicional de triagem durante a avaliação de pacientes assintomáticos com risco cardiovascular.

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Publicado

10-03-2023

Como Citar

Vinha ZANUNCIO, V., PESSOA, M. C. ., Feliciano PEREIRA, P. ., & Zarbato LONGO, G. . (2023). Circunferência do pescoço, risco cardiometabólico e escore de risco de Framingham: estudo de base populacional. Revista De Nutrição, 30(6). Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/nutricao/article/view/7729

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS