Circunferência do pescoço, risco cardiometabólico e escore de risco de Framingham: estudo de base populacional
Palavras-chave:
Antropometria, Resistência à insulina, Pescoço, Obesidade, RiscoResumo
Objetivo
Investigar a associação da circunferência do pescoço com fatores de risco cardiometabólico e escore de risco de Framinghan.
Métodos
Estudo transversal de base populacional com 948 adultos (522 mulheres), de 20 a 59 anos. Fatores sociodemográficos, antropométricos, de composição corporal, comportamentais, bioquímicos e hemodinâmicos foram mensurados. Associação entre circunferência do pescoço, variáveis antropométricas, de composição corporal e fatores de risco cardiometabólico foi avaliada por regressão linear múltipla, ajustada por fatores sociodemográficos e comportamentais.
Resultados
Foram apresentados como coeficientes β, erros-padrão e intervalos de confiança de 95% com nível de significância de 0,05. Circunferência do pescoço associou-se positivamente com triglicerídeos, índice de resistência a insulina, ácido úrico, pressão arterial sistólica e diastólica, proteína C-reativa, circunferência da cintura, índice de massa corporal e gordura corporal total estimada pela absorciometria por dupla emissão de raios-X. Circunferência do pescoço e lipoproteinas de alta densidade colesterol apresentaram associação negativa. Estas associações permaneceram significativas mesmo após ajuste por fatores sociodemográficos e comportamentais. Indivíduos com circunferência do pescoço abaixo do ponto de corte para predição de risco cardiometabólico (39,5cm para homens e 33,3cm para mulheres), apresentaram menor probabilidade de evento coronariano em 10 anos que aqueles com circunferência do pescoço acima do ponto de corte.
Conclusão
A circunferência do pescoço é uma alternativa para estimar a gordura corporal, podendo ser usado como instrumento adicional de triagem durante a avaliação de pacientes assintomáticos com risco cardiovascular.
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