Mudanças na frequência do consumo alimentar de adultos/idosos segundo a situação de insegurança alimentar
evidências a partir de um estudo longitudinal no semiárido nordestino, Brasil, 2011-2014
Palavras-chave:
Consumo de alimentos, Segurança alimentar, SazonalidadeResumo
Objetivo
Analisar prospectivamente mudanças na frequência do consumo alimentar individual de adultos/idosos segundo diferentes desfechos de insegurança alimentar no tempo.
Métodos
Estudo longitudinal de base populacional realizado em 2011 (358 indivíduos) e 2014 (301 indivíduos) em um município do semiárido nordestino. Foi avaliada a frequência de consumo alimentar de 37 alimentos em adultos/ idosos por Questionário de Frequência Alimentar e a insegurança alimentar pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. Foram calculadas as diferenças na proporção da frequência de consumo de cada alimento no baseline (2011) e follow-up (2014) segundo categorias longitudinais de mudança na insegurança alimentar. Foi aplicado o teste de McNemar para amostras pareadas para estimar diferenças entre 2011 e 2014.
Resultados
Dentre os indivíduos estudados, 38,9% e 30,6% foram classificados em segurança e insegurança alimentar nos dois tempos (2011 e 2014), respectivamente, e 23,2% mudaram da insegurança alimentar em 2011 para segurança alimentar em 2014. Houve aumento na frequência dos alimentos consumidos nos três grupos de desfechos da insegurança alimentar. Apenas no grupo insegurança alimentar nos dois tempos, observou-se aumento na frequência alimentar de refrigerantes e sucos industrializados. Nos três grupos, ao comparar 2011 e 2014, houve aumento no consumo de alimentos da vocação agrícola local, como manga, batata-doce e diminuição do consumo de jerimum/abóbora.
Conclusão
A superação da insegurança alimentar resulta em mudanças positivas no consumo de alimentos, e a sazonalidade é um fator promotor e limitante do consumo de alimentos.
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