Fatores associados ao Bem-Estar Subjetivo em pessoas casadas e solteiras

Autores

  • Fabio SCORSOLINI-COMIN Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais, Departamento de Psicologia
  • Anne Marie Germaine Victorine FONTAINE Universidade do Porto, Centro de Psicologia, Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação.
  • Sabrina Martins BARROSO Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais, Departamento de Psicologia.
  • Manoel Antônio dos SANTOS Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Departamento de Psicologia.

Palavras-chave:

Bem-estar subjetivo, Relações conjugais, Satisfação com a vida

Resumo

O objetivo deste estudo foi investigar os fatores associados ao Bem-Estar Subjetivo em pessoas casadas e solteiras. Participaram três grupos independentes (casados, solteiros que namoram e solteiros que não namoram), selecionados por critérios de conveniência (n = 374). Instrumentos: Escala de Bem-estar Subjetivo, Questionário de Conjugalidade dos Pais e Escala Fatorial de Satisfação com o Relacionamento de Casal. Foram realizadas análises descritivas, correlacionais, de regressão linear múltipla e comparação entre os grupos. A satisfação quanto à atração física e sexualidade está associada ao Bem-Estar Subjetivo nos casados. A percepção sobre a conjugalidade dos pais é o fator mais associado a esse bem-estar nos solteiros e na amostra geral. Embora a conjugalidade dos pais revele-se importante na estruturação do bem-estar na vida adulta, a experiência conjugal pode diminuir o impacto das experiências na família de origem, remalhando os vínculos iniciais considerados negativos. Novos estudos são necessários para dar suporte a essas conclusões.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Albuquerque, A. S., & Tróccoli, B. T. (2004). Desenvolvimento de uma escala de bem-estar subjetivo. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 20(2), 153-164.

Albuquerque, I., Lima, M. P., & Matos, M. (2012). Personality and subjective well-being: What hides behind global analyses? Social Indicators Research, 105(3), 447-460.

Associação Brasileira dos Institutos de Pesquisa de Mercado. (2008). Critério de classificação socioeconômico do Brasil. São Paulo: Autor.

Benghozi, P. (2010). Malhagem, filiação e afiliação – psicanálise dos vínculos: casal, família, grupo, instituição e campo social. São Paulo: Vetor.

Díaz Llanes, G. (2001). El bienestar subjetivo: actualidad y perspectivas. Revista Cubana de Medicina e Genética Integral, 17(6), 572-579.

Diener, E., Gohm, C., Suh, E., & Oishi, S. (2000). Similarity of the relations between marital status and subjective well-being across cultures. Journal of Cross-Cultural Psychology, 31(4), 419-436.

Diener, E., & Lucas, R. E. (2000). Explaining differences in societal levels of happiness: Relative standards, need fulfillment, culture and evaluation theory. Journal of Happiness Studies, 1(1), 41-78.

Diener, E., & Seligman, M. E. P. (2003). Very happy people. Psychological Science, 13(1), 81-84.

Dush, C. M. K., & Amato, P. R. (2005). Consequences of relationship status and quality for subjective well-being. Journal of Social and Personal Relationships, 22(5),607-627.

Galinha, I. C. (2008). Bem-estar subjectivo: factores cognitivos, afectivos e contextuais. Coimbra: Quarteto.

Hong, L., & Duff, R. (1997). Relative importance of spouses, children, and friends in the life satisfaction of retirement community residents. Journal of Clinical Geropsychology, 3, 275-282.

Layous, K., & Zanon, C. (2014). Avaliação da felicidade subjetiva: para além dos dados de autorrelato. In C. S. Hutz (Org.), Avaliação em Psicologia positiva (pp.23-41). Porto Alegre: Artmed.

Lucas, R. E., & Diener, E. (2010). Personality and subjective well-being. In O. P. John, R. W. Robins, & L. A. Pervin (Eds.), Handbook of personality (3rd ed., pp.795-814). New York: The Guilford Press.

Lykken, D. T., & Tellegen, A. (1996). Happiness is a stochastic phenomenon. Psychological Science, 7(3),186-189.

McCullough, G., Heubner, E., & Laughlin, J. (2000). Life events, self-concept, and adolescent’s positive subjective well-being. Psychology in the Schools, 37(3), 281-291.

Myers, D. (1999). The pursuit of happiness: Who is happy and why? New York: William Morrow.

Montgomery, D., Vining, G., & Peck, E. A. (2001). Introduction to linear regression analysis. New Jersey: John Wiley Profession.

Moraes, S. A., & Souza, J. M. P. (1998). Metodologia casocontrole em epidemiologia de doenças cardiovasculares. Revista de Saúde Pública, 32(1), 82-88.

Nunes, C. H. S., Hutz, C. S., & Giacomoni, C. H. (2009). Associação entre bem-estar subjetivo e personalidade no modelo dos cinco grandes fatores. Avaliação Psicológica, 8(1), 99-108.

Pasquali, L. (Org.). (2001). Técnicas de exame psicológico: manual. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Pestana, M. H., & Gageiro, J. M. (2005). Análise factorial. In M. H. Pestana & J. M. Gageiro. Análise de dados para ciências sociais: a complementaridade do SPSS (pp.487-531). Lisboa: Sílabo.

Scorsolini-Comin, F., Fontaine, A. M. G. V., Koller, S. H., & Santos, M. A. (2013). From authentic happiness to well-being: The flourishing of positive Psychology. Psicologia: Reflexão e Crítica, 26(4), 663-670.

Scorsolini-Comin, F., Fontaine, A. M. G. V., & Santos, M. A. (2015). Conjugalidade dos pais: percepções de indivíduos casados e solteiros. Avaliação Psicológica, 14(2), 223-231.

Scorsolini-Comin, F., & Santos, M. A. (2011). Relações entre bem-estar subjetivo e satisfação conjugal na abordagem da Psicologia positiva. Psicologia: Reflexão e Crítica, 24(4), 658-665.

Scorsolini-Comin, F., & Santos, M. A. (2012a). A medidapositiva dos afetos: bem-estar subjetivo em pessoas casadas. Psicologia: Reflexão e Crítica, 25(1), 11-20.

Scorsolini-Comin, F., & Santos, M. A. (2012b). Correlations between subjective well-being, dyadic adjustment and

marital satisfaction in Brazilian married people. The Spanish Journal of Psychology, 15(1), 166-176.

Seligman, M. E. P. (2011). Florescer: uma nova compreensão sobre a natureza da felicidade e do bemestar. Rio de Janeiro: Objetiva.

Snyder, C. R., & Lopez, S. J. (2009). Psicologia positiva: uma abordagem científica e prática das qualidades humanas. São Paulo: Artmed.

Souza, L. K., & Duarte, M. G. (2013). Amizade e bem-estar subjetivo. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 29(4), 429-436.

Suhail, K., & Chaudhry, H. R. (2004). Predictors of subjective wellbeing in an Eastern Muslim culture. Journal of Social and Clinical Psychology, 23(3), 359-376.

Wachelke, J. F. R., Andrade, A. L., Souza, A. M., & Cruz, R. M. (2007). Estudo complementar da validade fatorial da escala fatorial de satisfação em relacionamento e predição de satisfação global com a relação. Psico-USF, 12(2), 221-225.

Woyciekoski, C., Stenert, F., & Hutz, C. S. (2012). Determinantes do bem-estar subjetivo. Psico (Porto Alegre), 43(3), 280-288.

Zanon, C., & Hutz, C. S. (2014). Escala de afetos positivos e negativos (PANAS). In C. S. Hutz (Org.), Avaliação em Psicologia positiva (pp.63-67). Porto Alegre: Artmed.

Ziviani, C., Féres-Carneiro, T., & Magalhães, A. S. (2011). Sons and daughters’ perception of parents as a couple: Distinguishing characteristics of a measurement model. Psicologia: Reflexão e Crítica, 24(1), 28-39.

Ziviani, C., Féres-Carneiro, T., Scorsolini-Comin, F., & Santos, M. A. (2015). Avaliação dos relacionamentos amorosos na contemporaneidade: o construto percepção dos filhos sobre a conjugalidade dos pais. In S. M. Barroso, F.Scorsolini-Comin, & E. Nascimento (Orgs.), Avaliação psicológica: da teoria às aplicações (pp.154-186). Petrópolis: Vozes.

Downloads

Publicado

2023-03-21

Como Citar

SCORSOLINI-COMIN, F., FONTAINE, A. M. G. V., BARROSO, S. M., & SANTOS, M. A. dos. (2023). Fatores associados ao Bem-Estar Subjetivo em pessoas casadas e solteiras. Estudos De Psicologia, 33(2). Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/7881

Edição

Seção

PSICOLOGIA DA SAÚDE