O PROCEDIMENTO DE DESENHOS - ESTÓRIAS EM PACIENTES ESQUIZOFRÊNICOS HOSPITALIZADOS: ESTUDO DE VALIDADE.
Resumo
O presente trabalho trata de um estudo de validade simultânea do Procedimento de Desenhos - Estórias (D-E) utilizando-se como critério o diagnóstico psiquiátrico. Os objetivos deste trabalho foram: testar se o D-E diferencia sujeitos esquizofrênicos hospitalizados de "normais", e deste modo estender o uso do D-E a adultos. Utilizaram-se 80 sujeitos, adultos, masculinos, de nível sacio-econômico e nível cultural baixos, todos com mais de 10 pontos no Teste de Raven. Quarenta eram esquizofrênicos hospitalizados há 3 meses ou mais em dois hospitais e constituíram o Grupo I. Quarenta sujeitos, pertencentes a cursos de 1º grau, constituíram o Grupo II. Os grupos I e II foram emparelhados quanto à faixa de idade e ao nível intelectual. Três juízes, psicólogos com experiência profissional, classificaram os 80 protocolos do D-E em uma de 5 alternativas: E1 (esquizofrênico, com pouca convicção), E2 (esquizofrênico, com convicção), N1 (normal, com pouca convicção), N2 (normal, com convicção) e NS (não sei). Para cada juiz correlacionaram-se as frequências de julgamentos do D -E nas categorias N e E com as frequências de diagnósticos psiquiátricos nas categorias N e E, através do coeficiente de contingência (C). Para os 3 juízes foi aceita a hipótese alternativa de que o julgamento do D-E é correlacionado com o diagnóstico psiquiátrico num nível de significância de 0,01. Os 3 juízes puderam discriminar pacientes esquizofrênicos hospitalizados de "normais" com sucesso.
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Referências
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