A relação entre estilos intelectuais, inteligência e estratégias de aprendizagem
Palavras-chave:
Ensino fundamental, Psicologia cognitiva, Inteligência, AprendizagemResumo
Os estilos intelectuais compreendem a preferência das pessoas para usar suas habilidades cognitivas a fi m de resolver problemas. Assim, o objetivo deste trabalho é investigar a relação entre os estilos intelectuais, a inteligência verbal e as estratégias de aprendizagem no ensino fundamental. Participaram da pesquisa 470 alunos do segundo ao nono ano do ensino fundamental de uma cidade do Paraná. Foram utilizados o Inventário de Estilos Intelectuais – Revisado II, a Escala de Avaliação das Estratégias de Aprendizagem e a Escala Wechsler de Inteligência Abreviada. A aplicação foi realizada de forma individual para a Escala Wechsler, em uma amostra restrita a 45 alunos. Foram obtidas relações positivas entre o escore do inventário de estilos intelectuais e as estratégias de aprendizagem. Os dados apontaram a necessidade de mais estudos nacionais a fim de avaliar e confirmar essas correlações, haja vista que os trabalhos com a população brasileira são incipientes.
Downloads
Referências
Alcará, A. R., & Santos, A. A. A. (2013). Compreensão de leitura, estratégias de aprendizagem e motivação em universitários. Psico, 44 (3), 411-420. Recuperado de http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistapsico/article/view/12258/0
Bzuneck, J. A. (2004). Aprendizagem por processamento da informação: uma visão construtivista. In E. Boruchovitch & J. A. Bzuneck (Eds.), Aprendizagem: processos psicológicos e o contexto social na escola (pp.17-54). Rio de Janeiro: Vozes
Corso, H. V., Sperb, T. M., Jou, G. I., & Salles, J. F. (2013). Metacognição e funções executivas: relações entre os conceitos e implicações para a aprendizagem. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 29(1), 21-29. Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/ptp/v29n1/04.pdf
Cunha, N. B., & Boruchovitch, E. (2012). Estratégias de aprendizagem e motivação para aprender na formação de professores. Interamerican Journal of Psychology, 46(2), 247-254. Recuperado de http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=28425280008
Cypel, S. (2006). O papel das funções executivas nos transtornos da aprendizagem. In N. T. Rotta, L. Ohlweiler, & R. S. Riesgo (Eds.), Transtornos da aprendizagem: abordagem neurobiológica e multidisciplinar (pp.375-390). Porto Alegre: Artmed.
Dembo, M. H.(1994). Applying educational psychology. New York: Longman.
Dembo, M. (2000). Motivation and learning strategies for college success: a self-management approach. Mahwah: Lawrence Erlbaum Associates Publishers.
Frison, L. M. B. (2016). Autorregulação da aprendizagem: abordagens e desafios para as práticas de ensino em contextos educativos. Revista de Educação PUC-Campinas, 21(1), 1-17. Recuperado de http://periodicos.puc-campinas.edu.br/seer/index.php/reveducacao/article/view/2992
Galvão, A., Câmara, J., & Jordão, M. (2012). Estratégias de aprendizagem: reflexões sobre universitários. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, 93(235), 627-644. Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/rbeped/v93n235/06.pd
Gomes, C. M. A., & Golino, H. F. (2012). O que a inteligência prediz: diferenças individuais ou diferenças no desenvolvimento acadêmico? Psicologia: Teoria e Prática, 14(1), 126-139. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ptp/v14n1/v14n1a10.pdf
Gomes, C. M. A., Marques, E. L. L., & Golino, H. (2014). Validade incremental dos estilos legislativo, executivo e judiciário em relação ao rendimento escolar. Revista Eletrônica de Psicologia, Educação e Saúde, 3(2), 31-46. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ptp/v14n1/v14n1a10.pdf
González-Pienda, J. A., Núñez, J. C., González-Pumariega, S., Álvarez, L., Roces, C., Sales, P. S. (2004). Estilos de pensamiento: Análisis de su validez estructural através de lãs respuestas de adolescentes al Thinking Styles Inventory. Psicothema, 16(1), 139-148. Recuperado de http://www.psicothema.com/psicothema.asp?id=1173
Grillo, M. (2003). Construção da avaliação: estratégias metacognitivas. In C. M. G. Turra, D. Euricone, E. T. Faria, I. R. V.
Hernandez, M. Grillo, & M. A. Almeida (Eds.), Avaliação: uma discussão em aberto (pp.73-82). Porto Alegre: Edipucrs.
Grigorenko, E., & Sternberg, R. J. (1997). Styles of thinking, abilities, and academic achievement. Exceptional Children, 63, 295-312. Retrieved from http://www.sagepub.com.ez78.periodicos.capes.gov.br
Inácio, F. F. (2016). Memória, estilos intelectuais, estratégias de aprendizagem: estudando os transtornos do neurodesenvolvimento em alunos do ensino fundamental e percepção de seus professores (Dissertação de mestrado não-publicado). Universidade Estadual de Londrina. Recuperado de http://www.uel.br/pos/mestredu/images/stories/downloads/dissertacoes/2016/2016__INACIO_Francislaine_Flamia.pdf
Inácio, F. F., Oliveira, K. L., & Santos, A. A. A. (2018). Memory and intellectual styles: Performance of students with learning disabilities. Estudos de Psicologia (Campinas), 35(1), 65-75. http://dx.doi.org/10.1590/1982-02752018000100007
Joly, M. C. R., & Dias, A. S. (2012). Metacompreensão e inteligência: um estudo correlacional com estudantes do ensino fundamental. Estudos de Psicologia (Natal), 17(1), 43-52. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-294X2012000100006
Marini, J. A. S., & Boruchovitch, E. (2014). Estratégias de aprendizagem de alunos brasileiros do ensino superior: considerações sobre adaptação, sucesso acadêmico e aprendizagem autorregulada. Revista Eletrônica de Psicologia,
Educação e Saúde, 4(1), 102-126. Recuperado de https://revistaepsi.com/wp-content/uploads/artigos/2014/Ano4-Volume1-Artigo5.pdf
Martins, A. A., Alves, A. F., & Almeida, L. S. (2015). A estrutura da inteligência na infância: desenvolvimento e diferenciação cognitiva. INFAD Revista de Psicologia, 1(1), 57-66. Recuperado de http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/ 35754/1/A%20Estrutura%20da%20Intelig%C3%AAncia%20na%20Inf%C3%A2ncia_ Desenvolvimento%20e%20Diferencia%C3%A7%C3%A3o%20Cognitiva.pdf
Martins, A. A., Soares, D. L., Brito, L., Lemos, G. C., Alves A. F., & Almeida, L. S. (2017). A diferenciação cognitiva na infância: um estudo de perfis cognitivos aos 5, 7 e 9 anos. Estudos de Psicologia (Campinas), 34(1), 87-85. http://dx.doi.org/10.1590/1982-02752017000100009
Nielsen, T. (2014). Intellectual style theories: Different types of categorizations and their relevance for practitioners. Springer Plus, 3(737), 1-10. http://dx.doi.org/10.1186/2193-1801-3-737
Oliveira, K. L. (2008). Escala de estratégia de aprendizagem para o ensino fundamental: análise de suas propriedades psicométricas (Tese de doutorado não-publicado). Universidade Estadual de Campinas. Recuperado de http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000446919&fd=y
Oliveira, K. L., Boruchovitch, E., & Santos, A. A. A. (2010). Escala de Avaliação das estratégias de aprendizagem para o Ensino Fundamental - EAVAP-EF. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Oliveira, K. L., Santos, A. A. A., & Scacchetti, F. A. P. (2016). Medidas de estilos de aprendizagem para o ensino fundamental. Psicologia Escolar e Educacional, 20(1), 127-136. http://dx.doi.org/10.1590/2175-3539/2015/0201943.
Pascualon-Araujo, J. F., & Schelini, P. W. (2013). Escala de Avaliação da Metacognição Infantil: evidências de validade e análise semântica. Avaliação Psicológica, 12(2). Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S167704712013000200006&script=sci_arttext&tlng=en
Prates, K. C. R., Lima, R. F., & Ciasca, S. M. (2016). Estratégias de aprendizagem e sua relação com o desempenho escolar em crianças do ensino fundamental I. Revista Psicopedagogia, 33(100), 19-27. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psicoped/v33n100/03.pdf
Rotta, N. T., Ohlweiler. L., & Riesgo, R. S. (2016). Transtorno de aprendizagem: abordagem neurobiológica e multidisciplinar. (2ed). Porto Alegre: Artmed.
Simão, A. N. P., Lima, R. F., Natalin J. C., & Ciasca, S. M. (2010). Comparação do desempenho de estudantes em instrumentos de atenção e funções executivas. Revista Psicopedagogia, 27(83), 171-80. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psicoped/v27n83/03.pdf
Sternberg, R. J. (1990). Intellectual styles: Theory and classroom implications. In B. Z. Presseisen (Eds.), Learning and thinking styles: Classroom interaction (pp.18-42). Washington: NEA.
Sternberg, R., J. (2010). Psicologia cognitiva. (5ed). Porto Alegre: Artmed.
Sternberg, R. J., Castejón, J. L., & Bermejo, M. R. (1999). Estilo intelectual y rendimiento académico. Revista de Investigación Educativa, 17(1). Recuperado de http://revistas.um.es/rie/article/view/122261/114901.
Sternberg, R. J., Wagner, R. K., & Zhang, L. -F. (2007). Thinking Styles Inventory: Revised II. Somerville: Tufts University.
Teixeira, A. R., & Alliprandini, P. M. Z. (2013). Intervenção no uso de estratégias de aprendizagem diante de dificuldades de aprendizagem. Psicologia Escolar e Educacional, 17(2), 279-288. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-85572013000200010
Valentini, F., & Laros, J. A. (2014). Inteligência e desempenho acadêmico: revisão de literatura. Temas em Psicologia, 22(2). http://dx.doi.org/10.9788/TP2014.2-02
Veiga Simão, A. M., & Frison, L. M. B. (2013). Autorregulação da aprendizagem: abordagens teóricas e desafios para as práticas em contextos educativos. Cadernos de Educação, 42(3). Recuperado de https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/caduc/article/view/3814/3061.
Wechsler, D. (2014). WASI: Escala Wechsler Abreviada de Inteligência. São Paulo: Casa do Psicólogo. Xie, Q., Gao, X., & King, R. B. (2013). Thinking styles in implicit and explicit. Learning and Individual Differences, 23, 267-271. http://dx.doi.org/10.1016/j.lindif.2012.10.014.
Zampieri, M., & Schelini, P. W. (2013). O uso de medidas intelectuais da análise do monitoramento metacognitivo de crianças. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 29(2), 177-193. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-37722013000200007
Zhang, L. F. (2015). Fostering successful intellectual styles for creativity. Asia Pacific Education Review, 16, 183-192. http://dx.doi.org/10.1007/s12564-015-9378-5
Zhang, L., & Sternberg, R. J. (2005). A threefold model of intellectual styles. Educational Psychology Review, 17, 1-53. http://dx.doi.org/10.1016/J.PAID.2004.11.009
Zhang, L., Sternberg, R. J., & Fan, J. (2013). Revisiting the concept of ‘style match’. British Journal of Educational Psychology, 83, 225-237. http://dx.doi.org/10.1111/bjep.12011
Zumbrunn, S. K., & Bruning, R. (2013). Improving the writing and knowledge of emergent writers: The effects of self-regulated strategy development. Reading and Writing: An Interdisciplinary Journal, 26, 91-110. http://dx.doi.org/10.1007/s11145-012-9384-5
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Angélica Polvani TRASSI, Katya Luciane de OLIVEIRA, Acácia Aparecida Angeli dos SANTOS
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.