Mãe é a que cria: o significado de uma maternidade substituta

Autores/as

  • Cinthia Mendonça CAVALCANTE Universidade Estadual do Ceará
  • Maria Salete Bessa JORGE Universidade Estadual do Ceará

Palabras clave:

Adolescente, Criança, Comportamento de apego, Acolhimento familiar, Saúde mental

Resumen

O objetivo deste estudo foi compreender o significado da figura materna na promoção de saúde mental em uma relação mãe-filho, provisória e substituta, como o estabelecido em programa de família acolhedora. Participaram dessa pesquisa quatro das seis mulheres que compõem o universo de mães substitutas do Programa de Famílias Acolhedoras, promovido pela Secretaria da Ação Social do Estado do Ceará, e as crianças e adolescentes acolhidos por elas. A metodologia caracterizou-se por realização de grupo focal com as mães acolhedoras, complementada pelo uso de desenho com as crianças e adolescentes. Para a composição dos dados dos sujeitos, utilizaram-se documentos da instituição coordenadora do programa, e para a análise dos discursos, adotou-se a hermenêutica fenomenológica de Paul Ricoeur. A relação estabelecida entre a mãe acolhedora e a criança ou adolescente cuidado foi compreendida como uma relação geradora de vínculo e fundamentada em sentimentos afetuo

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Publicado

2008-06-30

Cómo citar

CAVALCANTE, C. M. ., & JORGE, M. S. B. . (2008). Mãe é a que cria: o significado de uma maternidade substituta. Estudos De Psicologia, 25(2). Recuperado a partir de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/6994