O PROCEDIMENTO DE DESENHOS - ESTÓRIAS EM PACIENTES ESQUIZOFRÊNICOS HOSPITALIZADOS: ESTUDO DE VALIDADE.

Autores

  • Sonia M. M. E. Mestrine USP

Resumo

O presente trabalho trata de um estudo de validade simultânea do Procedimento de Desenhos - Estórias (D-E) utilizando-se como critério o diagnóstico psiquiátrico. Os objetivos deste trabalho foram: testar se o D-E diferencia sujeitos esquizofrênicos hospitalizados de "normais", e deste modo estender o uso do D-E a adultos. Utilizaram-se 80 sujeitos, adultos, masculinos, de nível sacio-econômico e nível cultural baixos, todos com mais de 10 pontos no Teste de Raven. Quarenta eram esquizofrênicos hospitalizados há 3 meses ou mais em dois hospitais e constituíram o Grupo I. Quarenta sujeitos, pertencentes a cursos de 1º grau, constituíram o Grupo II. Os grupos I e II foram emparelhados quanto à faixa de idade e ao nível intelectual. Três juízes, psicólogos com experiência profissional, classificaram os 80 protocolos do D-E em uma de 5 alternativas: E1 (esquizofrênico, com pouca convicção), E2 (esquizofrênico, com convicção), N1 (normal, com pouca convicção), N2 (normal, com convicção) e NS (não sei). Para cada juiz correlacionaram-se as frequências de julgamentos do D -E nas categorias N e E com as frequências de diagnósticos psiquiátricos nas categorias N e E, através do coeficiente de contingência (C). Para os 3 juízes foi aceita a hipótese alternativa de que o julgamento do D-E é correlacionado com o diagnóstico psiquiátrico num nível de significância de 0,01. Os 3 juízes puderam discriminar pacientes esquizofrênicos hospitalizados de "normais" com sucesso.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 1978. Os transtornos mentais, classificação de doenças - Manual de classificação estatística internacional de doenças, lesões e causas de óbito, vol. I, capo V, pág. 179 -215, Centro OMS para classificação de doenças em Português, S. P. Brasil.

SIEGEL, S. 1956. Now parametric statistics: forthe behavioral sciences. MCGraw - Hill Book Company, New York, 312 págs.

STEPHANECK, P. et al. 1973. Padronização do teste de Matrizes Progressivas de Raven - escala geral, com sujeitos de ambos os sexos que cursavam a 1ª fase de cursos de alfabetização de adultos, Comunicação pessoal, Ribeirão Preto.

TRINCA, W. 1976. Investigação clínica da Personalidade - o desenho livre como estímulo de apercepção temática. Ed. Interlivros, Belho Horizonte, M. G., 174 págs.

Downloads

Publicado

1986-08-31

Como Citar

M. M. E. Mestrine, S. . (1986). O PROCEDIMENTO DE DESENHOS - ESTÓRIAS EM PACIENTES ESQUIZOFRÊNICOS HOSPITALIZADOS: ESTUDO DE VALIDADE. Estudos De Psicologia, 3(1-2), 106–111. Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/7772