Percepção docente sobre genes e comportamentos

Autores

Palavras-chave:

Ambiente educacional, Comportamento, Genes, Percepção social, Professores escolares

Resumo

Conhecer a percepção docente colabora para compreender as atitudes do professor diante do comportamento de seus alunos. A percepção de 501 professores acerca da influência genética e ambiental sobre comportamentos considerados relevantes no ambiente educacional foi avaliada por meio de um questionário original do Reino Unido, adaptado à língua portuguesa do Brasil. Os professores apontaram: equilíbrio de influências genéticas e ambientais sobre a personalidade e as dificuldades de aprendizagem; maior influência genética sobre a inteligência e as doenças mentais; e maior influência ambiental sobre os problemas de comportamento. A maioria dos professores declarou que ter um aluno com dificuldade de aprendizagem geneticamente influenciada afetaria seu método de instruí-lo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Ackerman, P. L. (2014). Nonsense, common sense, and science of expert performance: Talent and individual differences. Intelligence, 45(1), 6-17. http://dx.doi.org/10.1016/j.intell.2013.04.009

Alves, L., Batista, A. A. G., Ribeiro, V. M., & Érnica, M.(2015). Seleção velada em escolas públicas: práticas, processos e princípios geradores. Educação e Pesquisa, 41(1), 137-152.

Antonelli-Ponti, M. (2016). Percepção de professores sobre a influência genética e ambiental em comportamentos relevantes no processo educacional (Dissertação de mestrado não-publicada). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.

Asbury, K., & Plomin, R. (2013). G is for genes: The impact of genetics on education and achievement (Vol. 24). Chichester: John Wiley and Sons.

Borsa, J. C., Damásio, B. F., & Bandeira, D. R. (2012). Adaptação e validação de instrumentos psicológicos entre culturas: algumas considerações. Paidéia, 22(53),423-432.

Brambilla, L. H., & Júlio, A. A. (1999). Percepção do professor sobre o processo de alfabetização. Estudos de Psicologia (Campinas), 16(2), 28-36.

Briley, D. A., & Tucker-Drob, E. M. (2014). Genetic and environmental continuity in personality development: A meta-analysis. Psychological Bulletin, 140(5), 1303. http://dx.doi.org/10.1037/a0037091

Bronfenbrenner, U. (1996). A ecologia do desenvolvimento humano: experimentos naturais e planejados. Porto Alegre: Artes Médicas.

Carey, N. (2011). The epigenetics revolution: How modern biology is rewriting our understanding of genetics disease and inheritance. London: Icon Books.

Castéra, J., & Clément, P. (2014). Teachers’ conceptions about the genetic determinism of human behaviour: A survey in 23 countries. Science and Education, 23(2), 417-443.

Chechia, V. A., & Andrade, A. D. S. (2005). O desempenho escolar dos filhos na percepção de pais de alunos com sucesso e insucesso escolar. Estudos de Psicologia (Natal), 10(3), 431-440.

Cohen, R. J., Swerdlik, M. E., & Sturman, E. D. (2014). Testagem e avaliação psicológica. Porto Alegre: Artmed.

Da Silva, J. A. (2005). Inteligência: resultado da genética, do ambiente ou de ambos? Ribeirão Preto: Lovise.

Haworth, C. M., Davis, O. S., & Plomin, R. (2013). Twins Early Development Study (TEDS): A genetically sensitive investigation of cognitive and behavioral development from childhood to young adulthood. Twin Research and Human Genetics, 16(01), 117-125.

Human Genetics Commission. (2001). Public atitudes to human genetic information: People’s panel quantitative study conducted for the Human Genetics Commission. London: Human Genetics Commission.

Ireland, V. (Coord.). (2007). Repensando a escola: um estudo sobre os desafios de aprender, ler e escrever. Brasília: Ministério da Educação.

Jacquard, A., & Kahn, A. (2001). 100% inné, 100% acquis. In A. Jacquard, A. Kahn. L’avenir n’est pas écrit. Paris: Bayard.

Kampourakis, K., Reydon, T. A., Patrinos, G. P., & Strasser, B. J. (2014). Genetics and society educating scientifically literate citizens: Introduction to thethematic issue. Science and Education, 23(2), 251-258.

Keller, J. (2005). In genes we trust: The biological component of psychological essentialism and its relationship to mechanisms of motivated social cognition. Journal of Personality and Social Psychology, 88(4), 686.

Luckesi, C. C. (2011). Avaliação da aprendizagem: componente do ato pedagógico. São Paulo: Cortez.

Martinelli, S. D. C., & Schiavoni, A. (2009). Percepção do aluno sobre sua interação com o professor e status sociométrico. Estudos de Psicologia (Campinas), 26(3), 327-336. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-166X2009000300006

Moore, D. S. (2013). Current thinking about nature and nurture. In D. S. Moore. The philosophy of biology. Amsterdam: Springer.

Osti, A., & Martinelli, S. D. C. (2014). Desempenho escolar: análise comparativa em função do sexo e percepção dos estudantes. Educação e Pesquisa, 40(1), 49-59.

Pinker, S. (2002). The blank slate: The modern denial of human nature. London: Penguin Books.

Plomin, R., Shakeshaft, N. G., McMillan, A., &Trzaskowski, M. (2014). Nature, nurture, and expertise. Intelligence, (45), 46-59. http://dx.doi.org/10.1016/j.intell.2013.06.008

Plomin, R., DeFries, J. C., Knopik, V. S., & Neiderhiser, J. M. (2016). Top 10 replicated findings from behavioral genetics. Perspectives on Psychological Science, 11(1), 3-23.

Polderman, T. J., Benyamin, B., De Leeuw, C. A., Sullivan, P. F., Van Bochoven, A., Visscher, P. M., & Posthuma, D. (2015). Meta-analysis of the heritability of human traits based on fifty years of twin studies. Nature Genetics, 47(7), 702-709.

Poropat, A. E. (2009). A meta-analysis of the five-factor model of personality and academic performance. Psychological Bulletin, 135(2), 322-338.

Rattan, A., Savani, K., Naidu, N. V. R., & Dweck, C. S. (2012). Can everyone become highly intelligent? Cultural differences in and societal consequences of beliefs about the universal potential for intelligence. Journal of Personality and Social Psychology, 103(5), 787.

Ridley M. (2004). O que nos faz humanos. Rio de Janeiro: Record.

Rindermann, H., Becker, D., & Coyle, T. R. (2016). Survey of expert opinion on intelligence: Causes of international differences in cognitive ability tests. Frontiers in Psychology, 7(339), 1-9.

Snyderman, M., & Rothman, S. (1988). The IQ controversy, the media and public policy. New Brunswick: Transaction Publishers.

Thomas, A. J., & Sarnecka, B. W. (2015). Exploring the relation between people’s theories of intelligence and beliefs about brain development. Frontiers in Psychology, (6), 1-12. http://dx.doi.org/10.3389/fpsyg.2015.00921

Tucker-Drob, E. M., & Briley, D. A. (2014). Continuity of genetic and environmental influences on cognition across the life Span: A meta-analysis of longitudinal twin and adoption studies. Psychological Bulletin, 140(4), 949-979.

Walker, S. O., & Plomin, R. (2005). The nature–nurturequestion: Teachers’ perceptions of how genes and the environment influence educationally relevant behaviour. Educational Psychology, 25(5), 509-516.

Wesseldijk, L. W., Bartels, M., Vink, J. M., van Beijsterveldt, C. E. M., Lightard, L., Boomsma, D. I., & Middeldorp, C. M. (2017). Genetic and environmental influences on conduct and antisocial personality problems in childhood, adolescence, and adulthood. European Child & Adolescent Psychiatry, 26(1), 1-10. http://dx.doi.org/10.1007/s00787-017-1014-y

World Bank Group (2015). World Development Report 2015: Mind, Society, and Behavior. Washington, DC: World Bank.

Downloads

Publicado

2023-02-24

Como Citar

ANTONELLI-PONTI, M., VERSUT, F. M., & DA SILVA, J. A. (2023). Percepção docente sobre genes e comportamentos. Estudos De Psicologia, 35(4). Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/7477

Edição

Seção

PSICOLOGIA EDUCACIONAL