LINGUAGENS DO PODER O empreendimento como mediação sígnica do poder totalitário com a massa
Palavras-chave:
Poder, convenções, linguagens, empreendimentos, recepçãoResumo
Com base em Michel Foucault, esse estudo afirma que o poder não tem apenas a função de reprimir, mas é uma rede produtiva que se tece por meio de sistemas de signos e atravessa o corpo social para conseguir o apoio das massas. Observa que isso se faz por meio de grandes empreendimentos, linguagens convencionais (terceiridade) do poder, para mediação com as massas, que sentem na recepção dos signos o impacto previsível (primeiridade), por causa da grandiosidade do monumento, que acaba por ocultar os desmandos do totalitarismo. Exemplifica com obras realizadas por Hitler, Vargas e pela Ditadura Militar. Conclui, questionando Foucault, que a História que nos determina é de sentidos que se modificam (mais que belicosa) usados em favor da legitimação do poder.
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