Pequenas elevações nos níveis de creatinina plasmática como marcador prognóstico na insuficiência cardíaca
Palabras clave:
cardiology, creatinine, chronic heart failure, agedResumen
Objetivo
O estudo tem por objetivo verificar a relação entre pequenas elevações dos níveis plasmáticos de creatinina com hospitalizações e/ou mortalidade em pacientes portadores de insuficiência cardíaca congestiva.
Métodos
Foram avaliados 122 pacientes (67 homens e 55 mulheres; idade média de 73,9 ± 6,89 anos) portadores de insuficiência cardíaca congestiva, classificados de acordo com a Associação de Cardiologia de Nova Iorque. Os pacientes foram divididos da seguinte maneira: grupo A - valores de creatinina normais (homens
:s;1,3mg%; mulheres :c:;1,0mg%), com 67 pacientes; e grupo B - valores de creatinina pouco alterados (homens 2'.1,4mg%; mulheres 2'. 1,1mg% e <2, 1mg% para ambos os sexos), com 55 pacientes. Verificaram-se as freqüências de hospitalizações e de mortalidade entre esses grupos no período de dezoito meses Uaneiro de 2001 a julho de 2002).
Resultados
Na população do estudo, catorze pacientes (30%) do grupo A foram hospitalizados, contra 24 pacientes (70%) do grupo B (p=0,02). Dois pacientes do grupo A e dez do grupo B faleceram (p=0,008). A presença de alteração da função renal foi maior no sexo feminino (31 feminino versus 24 masculino; p=0,008) e nos pacientes com idade superior a 65 anos (41 pacientes; p=0,001).
Conclusão
Conclui-se que discretas elevações dos valores de creatinina plasmática estiveram associadas à morbimortalidade na insuficiência cardíaca congestiva. As elevações desses níveis foram mais freqüentes em mulheres e idosos. Os autores ressaltam a importância de pequenas elevações nos níveis de creatinina plasmática como marcador prognóstico na insuficiência cardíaca, independente do valor de clearance de creatinina.
Descargas
Citas
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