Religião e paz: virtude e ação para uma ética da convivência | Religion and peace: virtue and action for an ethics of coexistence
DOI:
https://doi.org/10.24220/2525-9180v4n12019a4640Palavras-chave:
Paz. Religião. Virtude.Resumo
A partir de uma interpretação política da Ethica Nicomachea, procurou-se investigar a influência da isocracia ateniense, ou democracia participativa, no pensamento do filosófo de Estagira e sua contribuição ao mundo ocidental. Mediadas pela phronesis, as virtudes moral e intelectual permitem o estabelecimento de critérios deliberativos para os processos decisórios na ágora, garantindo a felicidade na pólis, mas não a paz na cena internacional. Enquanto a felicidade se apresenta como um “estado de espírito”, a paz, por sua vez, depende de arranjos no campo da política internacional, firmados ao longo dos tempos em ideais iluministas, liberais ou dos direitos humanos. A presença das religiões no espaço público moderno aparece como importante elemento de tensão ou legitimação do próprio estado-nação e de seu ordenamento jurídico, considerando ainda que elas devem ser levadas em conta quando se pleiteia uma paz mais duradoura.
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Referências
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