Polinização em área urbana: o estudo de caso de Jacaranda mimosifolia D. Don (Bignoniaceae)

Autores/as

  • Gustavo Rodrigues Alves
  • Aline Peruchi
  • Kayna Agostini

Palabras clave:

Jacarandá-mimoso, Espécie exótica, Visitantes florais, Melitofilia, Pilhadores

Resumen

Jacaranda mimosifolia D. Don (Bignoniaceae) é nativa da Argentina, Bolívia e Paraguai e exótica no estado de São Paulo. Essa espécie é ornamental e utilizada na arborização urbana. O objetivo deste estudo foi analisar a biologia floral e sistema reprodutivo e verificar os visitantes florais de J. mimosifolia em área urbana de Piracicaba (SP), no período de setembro a novembro de 2008. As flores dessa espécie são tubulares com quatro estames e um estaminódio desenvolvido. Durante a antese as flores são roxas, com odor suave e os osmóforos estão localizados no estaminódio. Néctar foi o recurso utilizado pelos visitantes florais. Jacaranda mimosifolia é autoincompatível. As visitas florais iniciaram-se às 6h30min e diminuíram às 17h30min. Entre os visitantes florais de J. mimosifolia, as abelhas de grande porte apresentaram comportamento de polinizadores, realizando visitas legítimas. Eulaema nigrita foi a mais abundante, com 14,8% das visitas, e apresentou comportamento de polinizador. Houve ainda um grande número de pilhadores de néctar, e Apis mellifera foi a espécie pilhadora com maior número de visitas (15,7%). Mesmo sendo uma espécie exótica, J. mimosilofia possui polinizadores nativos responsáveis pela polinização cruzada, porém apenas as abelhas de médio e grande porte atuam como polinizadores efetivos.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Bawa, K.S. (1990). Plant-pollinator interactions in tropical forests. Annual Review of Ecology and Systematics, 21:399-422.

Biondi, D. & Pedrosa-Macedo, J.H. (2008). Plantas invasoras encontradas na área urbana de Curitiba (PR). Revista Floresta, 38(1):129-44.

Bittencourt Jr, N.S. (2003). Autoincompatibilidade de ação tardia e outros sistemas reprodutivos em Bignoniaceae. Campinas. Tese, Programa de Pós­ Graduação em Biologia Vegetal, Universidade Estadual de Campinas.

Bittencourt Jr., N.S.; Gibbs, P.E. & Semir, J. (2003). Histological study of post pollination events in Spathodea campanulata Beauv. (Bignoniaceae), a species with late­ acting self-incompatibility. Annals of Botany, 91(7):827- 34.

Correia, M.C.R.; Pinheiro, M.C.B. & Lima, 'H.A. (2005). Biologia floral e polinização de Arabidaea conjugata (Vell.) Mart. - Bignoniaceae. Acta Botanica Brasilica, 19(3):501- 10.

Dafni, A. (1992). Pollination ecology: praticai approach. Oxford: Oxford University Press.

Dafni, A.; Kevan, P.G. & Husband, B.C. (2005). Practical pol!ination biology Ontário: Enviroquest.

Develey, P.F. & Endrigo, E. (2004) Aves da Grande São Paulo, guia de campo. São Paulo: Aves e Fotos Editora.

Outra, J.C.S. & Machado, V.L.L. (2001). Entomofauna visitante de Stenolobium stans (Juss.) Seem (Bignoniaceae), durante seu período de floração. Neotropical Entomology, 30(1):43-53.

Endress, P.K. (1994). Oiversity and evolutionary biology of tropical flowers. Cambridge: Cambridge University Press.

Faegri, K. & van der Pijl, L. (1980). The principie of pol!ination ecology. New York: Pergamon Press.

Faeth, S.H.; Warren, P.S.; Shochat, E. & Marussich, W.A. (2005). Trophic dynamics in urban communities. BioSience, 55(5):399-407.

Figueiredo, R.A.; Oliveira, A.A.; Zacharias, MA; Barbosa, S.M.; Perieira, F.F.; Cazela, G.N.; Viana, J.O. & Camargo,

R.A. (2008). Reproductive ecology of the exotic tree

Muntingia calabura L. (Muntingiaceae) in Southeastern Brazil. Revista Árvore, 32(6):993-9.

Galleto, L. & Bernadello, G. (2005). Rewards in flowers: nectar. ln: Dafni, A.; Kevan, P.G. & Husband, B.C. (Ed ). Practical pol!ination biology. Ontário: Enviroquest.

Gentry, A.H. (1974a). Flowering phenology and diversity in tropical Bignoniaceae. Biotropica, 6(1):64-8.

Gentry, A.H. (1974b). Coevolutionary patterns in Central American Bignoniaceae. Annals of Missouri Botanical Garden, 61:728-54.

Gentry, A.H. (1980). Bignoniaceae. Part 1. 25. New York: The New York Botanical Garden. Flora Neotropica, Monograph.

Gentry, A.H. (1990) Evolutionary patterns in Neotropical Bignoniaceae. Memoirs of the New York Botanical Garden. 55, 118-29.

Gentry, A.H. (1992). Bignoniaceae. Part 1. 25. New York: The New York Botanical Garden. Flora Neotropica, Monograph

Gobatto-Rodrigues, A.A. & Stort, M N.S. (1992) Biologia floral e reprodução de Pyrostegia venusta (Ker-Gawl.) Miers (Bignoniaceae). Revista Brasileira de Botânica, 15(1):37-41

Guimarães, E.; Stasi, L.C. & Maimoni-Rodella, R.C.S. (2008) Pollination Biology of Jacaranda oxyphylla with an Emphasis on Staminode Function. Annals of Botany, 102(5):699-711.

Janzen, D.H. (1971). Euglossine bees as long-distance pollinators of tropical plants. Science, 171(3967):203-5.

Kornerup, A. & Wanscher, J.H. (1963). Taschenlexikon der Farben. Deutschland: Musterschmidt Verlag.

Lorenzi, H.; Souza, H.M. & Torres, M.A.V. (2003). Árvores exóticas do Brasil: madeireiras, ornamentais e aromaticas. São Paulo: Instituto Plantarium de Estudos da Flora.

Milet-Pinheiro, P.; Carvalho, A.T.; Kevan, PG. & Schlindwein, C. (2009). Permanent stigma closure in Bignoniaceae: mechanism and implications for fruit set in self-incompatible species. Flora, 204(1):82-8.

Milet-Pinheiro, P. & Schlindwein, C. (2009). Pollination in Jacaranda rugosa (Bignoniaceae): euglossine pollinators, nectar robbers and low fruit set. Plant Biology, 11(2):131- 41.

Morawetz, W. (1982) Morghologisch-ókologische Differenzie-rung, Biologie, Systematik und Evolution der Netropischen Gattung Jacaranda (Bignoniaceae). ósterreichische Akademie der Wissenschaften. Math­ Naturwissenchaften Denkschriften, 123:1-184.

Newstrom, L.E.; Frankie, G.W. & Baker, H.G. (1994). A new classification for plant phenology based on flowering patterns in lowland tropical rain forest trees at La Selva, Costa Rica. Biotropica, 26(2):141-59.

Owen, J. (1991). The ecology of a garden: the first fifteen years. Cambridge: Cambridge University Press.

Polatto, L.P. & Alves Jr, V.V.A. (2008) Utilização dos recursos florais pelos visitantes em Sparattosperma leucanthum (Vell.) K. Schum. (Bignoniaceae). Neotropical Entomology, 37(4):389-98.

Primack, R.B. (1985). Longevity of inidividual flowers.

Annual Review of Ecology and Systematics, 16:15-37.

Radford, A.E.; Dickinson, W.C.; Massey, J.R. & Bell, C.R. (1974). Vascular plant systematics. New York: Harper & Row.

Roubik, D.W. (1992). Ecology and natural history of tropical bees. Cambridge: Cambridge University Press.

Socolowski, F. & Takaki, M. (2004). Germination of Jacaranda mimosifolia (D. Don - Bignoniaceae) seeds: effects of light, temperature and water stress. Brazilian Archives of Biology and Technology, 47(5):785-92.

Souza, DAS.; Lenzi, M. & Orth, A.I. (2004). Contribuição a ecologia da polinização de Tabebuia pulcherrina

(Bignoniaceae) em área de restinga, no sul de Santa Catarina. Biotemas, 17(2):47-66.

Souza, V.C. & Lorenzi, H. (2005). Botânica Sistemática.

São Paulo: Instituto Plantarium de Estudos da Flora.

Stout, J.C.; Parnell, J.A.N.; Arroyo, J. & Crowe, T.P (2006). Pollination ecology and seed production of Rhododendron ponticum in native and exotic habitats. Biodiversity and Conservation, 15(2):755-77.

Vieira, M.F.; Meira, R.M.S.; Queiroz, L.P & Meira-Neto, J.AA (1992) Polinização e reprodução de Jacaranda caroba (Vell.) De. (Bignoniaceae) em área de cerrado do sudeste brasileiro. Anais do 8º Congresso da SBPC. São Paulo.

Webb, C.J. & Lloyd, D.G. (1986) The avoidance of interference between the presentation of pollen and stigmas in angiosperms. li. Herkogamy. New Zealand Journal of Botany, 24:163-78.

Publicado

2010-06-30

Cómo citar

Alves, G. R., Peruchi, A., & Agostini, K. (2010). Polinização em área urbana: o estudo de caso de Jacaranda mimosifolia D. Don (Bignoniaceae). Bioikos – Título não-Corrente, 24(1). Recuperado a partir de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/bioikos/article/view/571

Número

Sección

Artigos