O arranjo arquivístico como escrita: uma reflexão sobre a narrativa em imagens a partir do Fundo Pedro Miranda no Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto

Autores

  • Eduardo Ismael MURGUIA Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
  • Tânia Cristina REGISTRO Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto

Palavras-chave:

imagem e informação, fotografia, arquivos fotográficos, coleções, arquivo público e histórico de Ribeirão Preto, José Pedro Miranda

Resumo

Reflete sobre algumas questões importantes para o arranjo de fotografias em arquivos. Considera-se aqui o arranjo arquivístico um ato de comunicação e, como tal, se estrutura através do enunciado narrativo da vida e obra de José Pedro Miranda, intelectual e historiador que na segunda metade do século XX produziu e acumulou vasta documentação sobre Ribeirão Preto, em especial um número significativo de fotografias. E através deste propõe-se analisar a narrativa circunscrita no âmbito das fotografias coletadas por José Pedro Miranda. Para tanto se discute o estatuto documental da fotografia, destacando que em um ambiente de arquivo a fotografia adquire significado na série além da unidade, e que portanto, os conjuntos fotográficos construídos por José Pedro Miranda tornam-se expressão e materialidade de sua compreensão e produção intelectual. Interpretações sobre a construção de bibliotecas como narrativas são utilizadas como alusão a uma possibilidade de entendimento dos arquivos pessoais.

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Publicado

25-03-2006

Como Citar

Ismael MURGUIA, E. ., & REGISTRO, T. C. . (2006). O arranjo arquivístico como escrita: uma reflexão sobre a narrativa em imagens a partir do Fundo Pedro Miranda no Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto. Transinformação, 18(1), 1–12. Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/transinfo/article/view/6328

Edição

Seção

Artigos