A noção de estrutura e os registros de informação dos sistemas documentários

Autores

  • Cristina Dotta ORTEGA Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Ciência da Informação.
  • Marilda Lopes Ginez de LARA Universidade de São Paulo, Escola de Comunicações e Artes, Departamento de Biblioteconomia e Documentação.

Palavras-chave:

Bases de dados, Estrutura, Registros de informação, Sistemas documentários

Resumo

Partindo da constatação de que os princípios e os métodos para construção e gestão dos sistemas documentários são dispersos e  carecem de sistematização, este artigo levanta a hipótese de que a noção de estrutura, ao pressupor relações mútuas entre os seus elementos, confere maior organicidade aos sistemas e garante maior qualidade e consistência na recuperação da informação frente às questões dos usuários. Desse modo, objetiva explorar fundamentos, a partir da noção de estrutura, dos registros de informação e dos sistemas documentários. Para tanto, são apresentados conceitos básicos e questões relativas aos sistemas documentários e aos registros de informação. Posteriormente, elenca aportes teóricos sobre a noção de estrutura, tratados por Benveniste, Ferrater Mora, Hjelmslev, Lévi-Strauss, Lopes, Peñalver Simó, Saussure, além de Ducrot, Fávero e Koch, para então tratar das apropriações já realizadas pela Documentação por Paul Otlet, García Gutiérrez e Moreiro González. Con-clui-se que a noção de estrutura adotada para tornar explícita uma hipótese de sistematização do real, a partir de um modelo, assegura maior organicidade aos sistemas, bem como confere referência pedagógica ao fazer documentário.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ABADAL, E.; CODINA, L. Bases de datos documentales: carac-terísticas, funciones y método. Madrid: Síntesis, 2005.(Biblioteconomía y Documentación).

BENVENISTE, É. Problemas de lingüística geral, I. Campinas: Pontes, 1991.

BOTTOMORE, T. Estruturalismo. In: OUTHWAITE, W.; BOTTOMORE, T. (Ed.). Dicionário do pensamento social do sé-culo XX. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1996.

COHEN, D.M. O consumidor da informação documentária: o usuário de sistemas documentários visto sob a lente da análise documentária. 1995. Dissertação (mestrado) - Escola de Comu-nicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1995.

FÁVERO, L.L.; KOCH, I.G.V. Lingüística textual: introdução. 4.ed. São Paulo: Cortez, 1998.

FERRATER MORA, J. Dicionário de filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

GARCÍA GUTÍERREZ, A.L. Lingüística documental: aplicación a la documentación de la comunicación social. Barcelona: Mitre, 1984.

GARRIDO ARILLA, M.R. Teoría e historia de la catalogación de documentos. Madrid: Síntesis, 1996.

GREEN, R. Relationships in knowledge organization. Knowledge Organization, v. 35, n. 2/3, p.150-9, 2008.

LARA, M.L.G. Representação documentária: em jogo a signifi-cação. 1993. Dissertação (mestrado) - Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1993.

LOPES, E. Fundamentos da lingüística contemporânea. São Paulo: Cultrix, 1987.

MEYRIAT, J. Document, documentation, documentologie. Schéma et Schématisation, n.14, p.51-63, 1981.

MOREIRO GONZÁLEZ, J.A. El contenido de los documentos textuales: su análisis y representación mediante el lenguaje na-tural. Gijón: Trea, 2004. (Biblioteconomía y Administración Cultural, 97).

MOREIRO GONZÁLEZ, J.A. Introducción al estudio de la información y la documentación. Medellín: Editorial Universidad de Antioquia, 1998. (Colección Medios y Mensajes).

ORTEGA, C.D. Os registros de informação dos sistemas documentários: uma discussão no âmbito da representação des-critiva. 2009a. Tese (doutorado em Ciência da Informação) -Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.

ORTEGA, C.D. A Documentação como uma das origens da Ciência da Informação e base fértil para sua fundamentação. Brazilian Journal of Information Science, v. 3, n.1, p.3-35, 2009b. Disponível em: <http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/bjis>. Acesso em: 26 jun. 2010.

OTLET, P. El tratado de documentación: el libro sobre el libro: teoría y práctica. Bruxelles: Mundaneum, 1934.

PAVEAU, M.A.; SARFATI, G.-É. As grandes teorias da lingüística: da gramática comparada à pragmática. São Carlos: Claraluz, 2006.

PEÑALVER SIMÓ, M. La lingüistica estructural y las ciencias del hombre. Buenos Aires: Nueva Visión, 1972.

RÍOS HILARIO, A.B. Nuevos horizontes en el análisis de los regis-tros y la normativa bibliográfica. Gijón: Trea, 2003.

SAUSSURE, F. Curso de lingüística geral. São Paulo: Cultrix; 1969.

TÁLAMO, M.F.G.M. Linguagem documentária. São Paulo: APB, 1997. (Ensaios APB, 45).

Downloads

Publicado

25-03-2010

Como Citar

Dotta ORTEGA, C., & Lopes Ginez de LARA, M. (2010). A noção de estrutura e os registros de informação dos sistemas documentários. Transinformação, 22(1). Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/transinfo/article/view/6192

Edição

Seção

Artigos