Re-interpretando os objetos de museu: da classificação ao devir

Autores

  • Bruno BRULON

Resumo

O presente texto tem o objetivo de introduzir uma reflexão sobre os enquadramentos tradicionalmente impostos aos objetos de
museu questionando a sua sustentação empírica na Contemporaneidade. A vida museal do objeto, que acontece dentro ou fora
das instituições formais, é produtora de diferentes enquadramentos classificatórios e informacionais. Estes, por vezes, os estigmatizam ligando-os às categorias criadas socialmente e que são cada vez mais percebidas como suplantáveis pelas Ciências Contemporâneas. Por meio de uma revisão bibliográfica detalhada, o artigo chama a atenção para uma mudança de percepção sobre os musealia em função, principalmente, de dois fenômenos distintos, quais sejam: (1) o novo sentido conferido ao objeto artístico pela Arte Contemporânea, atuando na reordenação dos enunciados sobre os objetos e os valores neles investidos; e (2) o advento dos ecomuseus, que relegam ao segundo plano do discurso museal os objetos materiais voltando-se para a musealização das relações do humano com o seu meio. Em ambos os casos, as categorias classificatórias que comportam os objetos nos museus tradicionais são perturbadas levando à concepção de uma nova categoria de pensamento que propomos chamar de
objeto-devir.

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Publicado

25-03-2016

Como Citar

BRULON, B. (2016). Re-interpretando os objetos de museu: da classificação ao devir. Transinformação, 28(1). Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/transinfo/article/view/6016

Edição

Seção

Originais